quarta-feira, outubro 31, 2001

Sanhaim

Para os celtas hoje é Sanhaim, dia de cultuar os mortos, preparar-se para o inverno e comemorar o último dia do ano - no seu calendário amanhã é o primeiro dia do ano.
E hoje vou fazer um ritual de Sanhaim: acender uma vela laranja e queimar em suas chamas um pedido. Há cinco anos eu peço a mesma coisa, que nunca se realizou, mas hoje o pedido será outro. Percebi que aquilo já não era mais importante e que agora tenho algo mais urgente, mais verdadeiro, mais forte, para desejar. Dessa vez vou pedir algo que realmente pode mudar minha vida.
Por favor, torçam para que a Deusa ouça meu pedido e que ele se realize. Eu realmente preciso disso.

Alice das Fadas
Lugar Nenhum

Faz tempo que não escrevo aqui. Sou de lua. De repente, acordo com vontade de falar um monte de coisas e com todas as pessoas que aparecem na minha frente. Todas mesmo! Nesse dias, a maior curtição é encontrar alguém que começa a puxar uma conversa do nada. Isso até que acontece freqüentemente comigo. Conheci pessoas muito legais desse jeito, sem uma condição que favorecesse uma amizade, como ver o cara todo dia ou estudar no mesmo lugar, por exemplo. Nada disso. Apenas a coincidência de estar no mesmo lugar naquele instante é necessária. Esse tipo de coisa a gente não planeja, não corre atrás e nem cria expectativas. Sai natural, por isso é tão bom.
Mas, aqueles que naqueles instantes pareciam tão próximos, agora não vejo mais. Só ficaram lembranças e boas risadas. E quando começo a pensar em algum que tenha me marcado mais, aparece outro, e outro... e por aí vai. No fundo, parecem todos iguais. As diferenças ficam menos perceptíveis e vira tudo uma coisa só.

Mulher do Padre
Bizarro

Estou no labri e adivinha o que começou a tocar? Weezer, The Sweater Song!!!! Hahaha, não acredito. Duas vezes no mesmo dia uma música que quase ninguém conhece...
Foi eleita a música do dia.
If you want to destroy my sweater
Hold this thread as I walk away
Watch me unravel I'll soon be naked
Lying on the floor, I've come undone



Alice
If you want to destroy my sweater...

Meu, essa semana a MTV está especialmente boa de madrugada. Depois daquela seleção ótima de segunda, hoje tocou de uma tacada só: Wallflowers, Stereophonics, Weezer e Dido. Cara, queria saber quem é que está escolhendo os clipes desse horário. Da hora.
E ouvindo o Weezer percebi que o The Sweater Song é uma puta metáfora... nunca tinha pensado nessa música dessa maneira, mas hoje era tudo que eu tava sentindo, alguém puxando o fio da minha blusa aos poucos até me deixar nua e caída no chão. Lindo!

Alice
You oughta know

A Deusa Alanis sempre sabe o que dizer:

There was a slap in the face how quickly i was replaced

Alice

terça-feira, outubro 30, 2001

TÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉDIO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Na boa, acho que vou morrer de tédio. Não que eu não tenha nada pra fazer, mas ultimamente, meu pique está a zero. Eu deveria estar em aula agora, ou indo pro cursinho, ou estudando pro vestibular (ta, podem rir). Mas não, estou matando meu precioso tempo, escrevendo um texto sem total conteúdo, desesperadamente procurando agém pra falar qualquer merda e fumando como uma condenada por pura falta de vontade de fazer outra coisa. Mas tudo bem, acontece.
Preciso de motivação pra fazer as coisas, e isso é um saco. To sem motivação até pra sair da cama...

Calliope

segunda-feira, outubro 29, 2001

MTV

Hoje e a MTV voltou a ser boa. Pelo menos nos 10 minutos que pude assitir entre as 5h30 e às 6h da manhã. De uma vez só passou cilpes do Radiohead, Pixies e Blur (e nem era Song 2, mas sim Charmless Man!!!). Foi lindo. Depois de tanto tempo sem ligar no canal porque só estava passando coisas ruins, foi maravilhoso ver clipes bons de novo, clipes não comerciais, ver que talvez a MTV que eu gostava não estava morta. Tá certo que era de madrugada, na hora em que ninguém assiti, mas foda-se. Essa seleção fez com que eu tivesse esperanças de que a MTV volte a ser boa, volte a ser a emissora que eu assisto desde sempre, que cresceu comigo.

Alice
De lhamas e trufas

Estou descobrindo que sou bizarra, também.
Dia desses, descobri que, quando ando, tenho a elegância de uma lhama. A comparação é minha, mas foi uma amiga deste blog (mas eu não vou dizer que foi a Kit), que chamou a minha atenção para a bizarrice.
Pouco tempo depois, tive que ouvir da minha irmã que eu estava estranha. Quando perguntei porque, a pérola: "É que você está muito normal!"...
E eu, que sempre fui a pessoa mais pacífica do mundo, estou aprendendo a ser chata. Falando ontem com o meu engenheiro, ele disse que sentia-se num interrogatório policial, porque eu questionava tudo o que ele dizia. "Por quê?", "Como assim?","Onde você quer chegar?"...
E ele: "Em lugar nenhum! Que paranóia...". No fim, não chegamos a nenhuma conclusão. Ele, bravo de um lado, e eu, arrependida... Mas nem tanto, que discutir também pode ser divertido (se você for o meu engenheiro, por favor, eu não estou falando sério).
É como já diria a tia da trufa... Eu sou uma encrenqueira. Pode?

Naftalina

ps. Para quem não sabe, as Lhamas são animais grandes e peludos (parecem um tapete com patas), com uma cara enrugada e pacífica. Elas vivem em montanhas (do Peru, acho) e andam de focinho empinado, balançando o corpo para cima e para baixo. As Lhamas não tem amortecedor nas patas.

sábado, outubro 27, 2001

Natal

Cara, já estão colocando decoração de Natal nos shoppings!!! Desesperador. Me lembra que em breve o ano acaba e, pior, que logo vai chegar o Natal. Odeio essa data. Sem maiores explicações. Vou pegar emprestados versos do Belle & Sebastian:
I don't love anything
Not even Christmas
Especially not that

Alice
Pertence ou não pertence?

Esses dias ando pensando muito sobre o que eu sou, sobre as coisas com as quais me identifico, sobre pertencer a grupos. E cheguei à conclusão que não pertenço a grupos, flutuo por eles. Não me sinto inserida de verdade em nenhum, mas, de certa forma, faço parte de vários. É como quando você tem um conjunto que contém um subconjunto. Eu faço parte do mega-conjunto, que é o conjunto dos "outsiders", ou das pessoas "anormais", como já me classificaram. Aí criaram uma série de subgrupos dentro do meu conjunto e acabei inserida em alguns deles: os nerds fãs de Arquivo X, de Star Trek, de RPG, de Tolkien, de Animes, de quadrinhos, os "intelectuais", os indies, e por aí vai... Estou contida nesses subgrupos mas pertenço a algo maior. Legal isso, faz com que eu não tenha que usar rótulos, ou que tenha vários que eu troco sempre. Acho que não fazer parte de nenhum grupo te deixa mais livre. Aliás, esses pensamentos sobre grupo são muito pertinentes em época de Mostra de Cinema. Todos os dias encontrei alguém conhecido no cinema. Parece que eu vou apenas aos lugares que as pessoas que eu conheço vão.
Mas deixa isso pra lá, já estou com sono e meio bêbada. Acho que vou dormir.
Só queria agradecer a você pelo lance dos conjuntos. Hoje eu estava pensando sobre isso e vi que a comparação é realmente muito boa. É por isso que vc faz parte daquele grupo de meia dúzia de pessoas (margem de erro de + ou - 1).

Alice

sexta-feira, outubro 26, 2001

B&S

Grandaddy já vai começar a tocar. E eu não tô lá. Que merda de Free Jazz... eu só queria ver o Belle & Sebastian mas fiquei sem ingresso... buááááá

Alice

quinta-feira, outubro 25, 2001



Não, Akasha, nem é isso! Eu primeiro parei de falar com ela e depois outras pessoas pararam de falar comigo, entende? E quando li tudo aquilo não tive vontade de voltar a falar com ela. Na verdade o que senti foi um certo incômodo por ela ainda ter tanto em comum comigo. Me senti roubada da minha individualidade. Entende? Por isso fiquei tão revoltada. Queria nunca mais ter que me lembrar disso, dela, de quanto me magoei. Mas não posso fugir de algumas coisas que eu sou e algumas dessas coisas nos unem. Quem sabe isso também não é um pouco de orgulho meu, de não querer dar o braço a torcer? Quem sabe daqui a dez anos eu não me arrependa, pegue um cortador de grama e vá vê-la? Nobody knows.... Mas hoje é isso que faz sentido para mim...

Alice


Eu

Que merda, ela fala de mim... "Enquanto havia mágoa, parecia muito certo. Mas depois veio a ausência e isso pesa. Do mesmo jeito que a xxx" (sou eu, mas não posso pôr meu nome, right?).

Alice
Why does it always rain on me?

Sim, Callipe, muito bom. Hand in my Pocket é muito foda-se. Só não me conformo que eu, ultra-fã da moça, não me lembrei dessa música (na verdade tinha me passado outra pela cabeça, Not The Doctor, mas achei que nem era tanto assim).
Hoje eu queria falar das minhas novas resoluções, do meu reencontro comigo mesma, mas cara... acabou de me acontecer a coisa mais bizarra do mundo. Sim, coisas bizarras vivem acontecendo comigo, mas essa foi demais.
Deixa eu tentar explicar, porque estou sentindo uma coisa tão estranha que nem sei se consigo escrever direito. Bem, agora entrei na page do blogger para escrever aqui e naqueles blogs que ficam em destaque vi um que me chamou a atenção pelo título: Sweet Dreams. Pensei que podia ter algo a ver com o Sandman. E tinha. Assim que abri a page, duas coisas me chamaram a atenção. 1ª, o lay-out é igual ao nosso (mas sem as mudanças de cor, claro). 2ª, naquele textinho que fica no canto estava escrito o seguinte: "... coisas não precisam aconter pra ser verdade. Contos e sonhos são verdades sombrias que resistirao enquanto meros fatos são pós e cinzas, e esquecidos." Calliope, vc sabe de onde é isso né? Sandman. Sim. Daí comecei a ler o resto, já me interessando, achando que tinha encontrado outro apaixonado por Morpheus. É quando atento para o endereço do blog. Não vou mencionar aqui, mas digo que tem a ver com a rainha dos Elfos em Senhor do Anéis. Que merda, nessa hora eu percebi que aconteceu o mais impossível de acontecer. Achei o blog da minha ex-melhor amiga sem querer, simplesmente pq ainda temos muitos gostos em comum.
Ainda não acredito. Estou me sentindo péssima. Inexclusiva. Pô, até o lay-out da page dela é igual ao da minha! E ela cita um trecho de uma música da Madonna. E M&Ms, e Sandman, e American Gods, e Arquivo X, e as pessoas que deixei pra trás por causa dela. Que merda!!!!!
Pronto, conseguiu estragar meu dia. E nem ouvir Travis tá me ajudando... Why does it always rain on me?

Alice

quarta-feira, outubro 24, 2001

Cinco músicas sobre foda-se (agora sim!)

1 - I Will Survive - Gloria Gaynor
2 - Nothing else matters - Metalica
3 - Time of your life - Green Day
4 - O Mundo - Capital Inicial
5 - Hand in my Pocket - Alanis Morisette

Calliope e Alice

terça-feira, outubro 23, 2001

Continuando a história da Kit

Já jogaram Once Upon a Time? Bem, se não jogaram também não estou com saco pra ficar explicando o que é, mas vou continuar a história da Kit nos moldes da brincadeira supracitada. Lá vai:
Na maioria das vezes elas se davam bem. Mas tinha dias que aconteciam coisas bizarras. A Kit, por exemplo, podia ficar brava com a Calliope porque ela espirrou água no seu rosto. Como ver a Kit brava não é uma coisa comum, todo mundo acha que vai ser o fim do mundo. Daí a Naftalina simplesmente some, porque ela nem curte presenciar brigas. A Mulher do Padre, como sempre, vai tentar fazer todo mundo ficar zen com um daqueles papos sobre amizade, tolerância e vai pedir pra todo mundo meditar. A Akasha vai começar a contestar - porque ela adora uma discussão - e as duas nem vão mais prestar atenção na Kit e na Calliope, mergulhadas demais em sua conversa. A Alice vai começar a achar um porre o papo das duas e ridículo a Kit ter ficado brava por tão pouco. Nessa hora chega a Bradamante. Ela não entende nada e começa a ficar histérica porque não suporta ver as pessoas discutindo sem que ela saiba o que está acontecendo. E procura pela Naftalina. Alguém conta que ela foi embora e a Bradamante acha uma super falta de consideração da parte dela ter fugido num momento de crise. Nessa hora as seis garotas estão morrendo de vontade de se estapear. Akasha, Alice e Calliope começam a lembrar de Tyler Durden e não acham má idéia distribuir socos. Cria-se uma nuvem de tensão à sua volta...
O resto da história? Você decide. Ou algumas das meninas resolve contar...

Alice
A história sem fim (nem meio)

Quer dizer que estamos caindo no ibope? Então vou dar o ar de minha graça pra levantar um pouco a nossa bola, hahahaha!
Aí vai uma historinha.
Num planeta distante habitavam apenas sete seres. O engraçado era que eles eram de espécies diferentes, sendo um mais estranho que o outro. Mas o mais legal era que, apesar das diferenças gritantes, todos se davam muito bem. Ou nem sempre, mas na maioria das vezes sim.
E essa história vai ficar sem final (nem meio) pq tenho que ir fazer uma matéria! Foi mal... Um dia eu termino, quem sabe, hehehe.

Kit

segunda-feira, outubro 22, 2001

As duas semanas mais felizes do ano

... Definitivamente são estas últimas de outubro. Além de estar acabando esse mês que eu odeio, tem a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (que agora se chama Mostra BR de Cinema, pode??).
Eu já vi seis filmes até agora, um melhor que o outro. Hoje vou ver mais três. Minha meta é bater o recorde do ano passado (quando eu vi 21).
O mais frustrante é saber que tem mais de 200 filmes passando. A quantidade de filmes que eu vou conseguir assistir é tão pequena perto disso... Muito triste.

Indicações de filmes totalmente show de bola que eu vi (caso alguém queira dar uma passadinha na mostra)

- A Princesa e o Guerreiro (não se deixem levar pelo título, o filme é bom)
- A Caverna (começa chato, mas o final é totalmente inesperado)
- A Última Ceia ou Como dois loucos fizeram um filme
- Hedwig: Rock, Amor e Traição
- Metrópolis (para quem gosta de anime. Roteiro de Katsuhiro Otomo, baseado nos quadrinhos de Osamu Tezuka)

Bem, por hoje é só. Vou correndo começar minha maratona cinefila de hoje.

Calliope
Minha paixão pela primavera ou eu não sei mesmo dar títulos

Essa é a melhor época do ano. Já não faz muito frio, as flores amarelas e roxas começam a cair das árvores, os pés de amora e pitanga ficam carregados. É quase perfeito.
Acabei de descobrir um pé de pitanga que em um ano e meio de USP eu nunca tinha visto. Acho que quase ninguém conhecia aquela árvore, porque ela estava cheinha de pitangas maduras, lindas, deliciosas, de desmanchar na boca. E por causa da chuva que caiu esta noite elas estavam úmidas. Tive um momento de epifania devorando aquelas frutinhas. Quase fui pro céu. O gostinho meio doce e meio azedo se desfazendo entre meus dentes, aquela sensação mágica... nossa! Sabe por que pitanga é tão bom? Porque só dá uma vez por ano e não vende em lugar nenhum. Você só consegue comer pitanga nessa época do ano e se encontrar um pé. Eu adorava manga, passava o ano inteiro esperando para comer, mas depois que inventaram a manipulação genética dos vegetais dá para encontrar manga o ano inteiro. Perdeu a graça. Mas enquanto ninguém se preocupar em fazer isso com as pitangas também elas vão continuar sendo especiais.
As amoras entram na mesma categoria das pitangas: frutas que só se come uma vez por ano e no pé. E apesar de não ter um sabor muito marcante, podemos dizer que é até sem graça, a amora tem um charme especial por ser difícil de conseguir. Nessa temporada elas estão mais sem graça ainda. Talvez por falta de chuvas ou por não ter feito frio suficiente, as amoras estão xoxas, secas, muito azedas. Mas mesmo assim não pude resistir a comer uma porção delas quando vi o pé carregado de frutinhas já roxas. Parecia uma afronta, uma falta de respeito deixá-las lá.
Tem coisa mais linda do que deitar na grama forrada por florzinhas amarelas e depois ir comer frutinhas direto do pé? Mais completo que isso só depois que as flores vermelhas, tão vermelhas que até dá vontade de comer, começarem a abrir.
Cara, eu adoro a primavera.

Alice
O silêncio

Outro dia me disseram o seguinte: "O homem nunca é tão dono de si mesmo quanto no silêncio; fora dele, parece derramar-se, por assim dizer, para fora de si e dissipar-se pelo discurso; de modo que ele pertence menos a si mesmo do que aos outros"

Sei que isso é verdade, mas não consigo deixar de falar e não entendo o porque dessa minha necessidade de me derramar, de me colocar pra fora. Falo demais, escrevo demais, me exponho demais. Outro dia eu estava pensando na razão pela qual eu tenho essa maldita dificuldade em dar títulos, seja para os meus posts no blog, para as redações de escola, para os textos que escrevo, para as matérias do jornal. Acho que tem a ver com o fato de não saber sintetizar as idéias em poucas palavras. Eu sempre preciso de muito, sempre exagero nas palavras. Quem sabe não é mal de jornalista?
Mas eu gostaria de saber calar mais. Às vezes estrago tudo por dizer o que não deveria ser dito ou que eu não gostaria de dizer. Gostaria de me dar menos, me resguardar, ter mais controle sobre mim.
No mundo moderno as pessoas têm muita necessidade de se mostrar porque a identidade passou a ser controlada por "o que os outros pensam de mim". Talvez não seja mal da modernidade, mas sim da humanidade. Gostaria de fugir disso. Será que eu consigo? E se quero mesmo fugir disso, por que continuo escrevendo nesse blog?

Alice

domingo, outubro 21, 2001

A mina do DJ

Cara, muito legal ser a mina do DJ. Enquanto ele tá tocando você fica lá, só de olho, filmando as outras garotas encostarem na cabine para passar um xaveco (isso se o DJ for bonitinho como o meu). Mal sabem elas que a música que ele está tocando é para você... depois que acaba a sessão, você o agarra só para mostrar que todas querem mas só você é quem pode. Faz você se sentir melhor, não sei explicar direito.
Meu, ser DJ dá um mega-poder. Imagina, controlar o que as pessoas vão ouvir, o que vai fazê-las dançar, controlar inclusive o humor da galera. Acho que é por isso que as garotas se sentem atraídas por eles. Eu nunca tinha reparado como isso é mágico. E nunca tinha reparado como os caras ficam muito mais bonitos quando estão atrás da mesa de som.
Eu sempre achei que jardineiros eram legais. Agora os DJ's também entraram para a minha lista de profissões mais sexy.

Alice

sexta-feira, outubro 19, 2001

Atéia

Hoje me tornei atéia de vez. Já não amo mais Zeus.

Alice

quarta-feira, outubro 17, 2001

Sobre a Inveja

Inveja é um negócio que todo mundo tem. Quem diz que não tem está mentindo.
De uns tempos pra cá eu ando tendo motivos de sobra para sentir inveja. De uma forma ou de outra, parece que todos as pessoas a minha volta tem algo que eu gostaria de ter, ou são mais felizes que eu. Eu não estou namorando, não estou na faculdade que quero e tenho amigos que estão em outro tempo que não o meu. Isso trás um sensação de vazio enorme.
Até ai, tudo bem. Já passei por momentos assim antes, e nunca achei que esse tipo de inveja fosse algo ruim. Entendam, querer algo para mim não significa necessariamente tirar do outro.
Mas ultimamente, em um assunto mais específico, essa inveja está se tornando algo destrutivo. Começo a pensar em como a infelicidade do outro pode me trazer satisfação, e me sinto horrível. Sempre me achei uma pessoa boazinha, que dificilmente tinha pensamentos ruins para o resto das pessoas e esse sentimento de inveja destrutiva (não importando se o meu alvo seja alguem bom ou ruim, que tenha me sacaneado ou não. Não é o motivo que importa, sou eu) está trazendo o que há de mais podre em mim. Me destesto nesse momento, mas ainda assim não deixo de sorrir imaginando a decadência desse outro. E dificilmente vou sentir algum tipo de remorso se ela vier a acontecer, seja por culpa minha ou não.

Calliope, achando que precisa de terapia

terça-feira, outubro 16, 2001

Faça o que eu digo, não o que eu faço
Sempre tive medo de planejar as coisas, e decepcionar-me depois. Há algum tempo atrás eu criei, em cima desse medo, uma superstição das mais bobas: nunca marcava na agenda algo que queria que acontecesse. Porque para mim (que já fui muito mais certinha do que sou hoje) era a pior coisa do mundo ter que mudar meus planos... e passar corretivo na agenda. Sempre preferi não esperar nada... E assim era melhor. Não me comprometia, nem me limitava por causa de um caminho já traçado.
Mas, há pouco tempo, comecei a pensar no futuro .
De uns tempos para cá as coisas foram ficando mais constantes, e comecei a fazer planos para a semana que vem, para o próximo mês, as férias... De repente, me peguei sentada em frente à TV, vendo um filme água-com-açúcar, sem prestar atenção no filme, planejando coisas que eu sei que não vão acontecer. Porque não acontecem! Estou me tornando a mais boba das pessoas... do tipo que acha lindo fazer planos para o futuro. Credo! Tudo culpa daquele engenheiro.

Naftalina
Esquecimentos
Como eu fui esquecer o Drácula!! Não foi de propósito que ele ficou fora da lista. Na verdade eu havia feito uma lista mental, que incluia Drácula, mas quando fui passar para o blog acabei me esquecendo dele... Valeu Akasha!!

Alice
Futuro II

Aproveitando que a Kit começou, também acho melhor não fazer planos para o futuro ou mesmo ter certeza do que queremos. Quase sempre que tive certeza, errei. Mas quando não crio expectativas, não planejo, vou no embalo das coisas, situações e pessoas sem pensar muito, dá certo! Talvez porque a frustração seja menor. Para ser sincera, acho melhor não pensar muito mesmo. Quando pensa muito, a gente acaba fazendo besteira, perdendo a espontaneidade, a leveza. É o que eu acho, mas também não tenho certeza! Não tenho certeza de nada, nem de não ter certeza de não ter certeza! Nossa, melhor parar por aqui!

Mulher do Padre
Futuro?

Já que falaram sobre longevidade, resolvi falar sobre o futuro. Eu decidi que não vale a pena ficar planejando o futuro. E a única razão pra isso é porque nunca dá certo mesmo! Então pra quê perder tempo? O futuro pode ser daqui a dez anos ou dez segundos. Você sonha, faz planos, cria projetos, programa o seu dia. Mas sempre tem um imprevisto que mela tudo, e o que sobra? Frustração. Frustração ao descobrir que você não é capaz de concretizar aquilo pra que você viveu em função. Essa história de que querer é poder num tá com nada.
Posso estar sendo mto radical (por influência de vcs! hehehe), mas no momento é assim que eu tô encarando as coisas. Nada impede que amanhã eu mude de opinião. É que por enquanto eu não sei mais o que eu quero.

Kit

segunda-feira, outubro 15, 2001

Voltando às listas...

Estava revendo minha lista dos melhores filmes do Brad Pitt e acho que Telma e Louise tem que entrar. Eu tiro Kalifornia, que fica com uma menção honrosa por conter em seu elenco ninguém menos que David Duchovny.
Bom, depois disso resolvi fazer uma lista dos melhores filmes do Keanu Reaves (esse eu acho muiiito bonito):
1 - Matrix
2 - Advogado do Diabo
3 - Caçadores de Emoções
4 - Bill e Ted
5 - aceito sugestões... pensei em Caminhando nas Nuvens por causa da fotografia... mas ainda não é isso...
Ah, sim, e precisava mencionar a particiapação dele no clipe de Rush, Rush da Paula Abdul. UAU!

E agora estou ouvindo uma lista de músicas indicada pelo meu médico. Travis é legal. "pillars turn to butter,/ butterflying low,/low is where your heart is,/but your heart has to grow".

Alice
Um papo religioso

Ontem à noite, eu, Akasha, Calliope e mais dois amigos tivemos uma conversa sobre essa história da Akasha ter visto Deus. Eu e a Calliope rebatemos que Eric Clapton não poderia ser Deus, pois Deus era Neil Gaiman. O texto que a Akasha escreveu reflete exatamente o que a gente sentiu ao vê-lo pessoalmente. Daí a Akasha disse que nessa hora ela entendeu porque as religiões não conseguem aceitar umas às outras, aceitar que todos os Deuses são um. Para ela é inconcebível pensar que Eric Clapton e Neil Gaiman são o mesmo Deus. Conclusão da Calliope: por isso o politeísmo é melhor. Logo, Eric Clapton é o Deus da Guitarra e Neil Gaiman é o Deus dos Quadrinhos. Alguém a fim de eleger mais algum?

Alice

quarta-feira, outubro 10, 2001

Tempo de por pra fora

You can be anything you want to be. Just turn yourself into anything you think that you could ever be. Be free in your tempo, be free. Surrender your ego, be free, be free to yourself.

Eu até acredito na frase acima, mas vindo de quem veio, foi definitivamente a frase mais hipócrita que eu já ouvi!
Ah, foda-se!!!!!!!!!!!!

Calliope, num momento de raiva
Wanderlust - Nightwish

I want to see where the sirens sing
Hear how the wolves howl
Sail the dead calm waters of the Pacific

Dance in the fields of coral
Be blinded by the white
Discover the deepest jungle

I want to find The Secret Path
A bird delivered into my heart, so

It`s not the end
Not the kingdom come
It is the journey that matters, the distant wanderer
Call of the wild
In me forever and ever and ever forever
Wanderlust

I want to love by the Blue Lagoon
Kiss under the waning moon
Straying, claiming my place in this mortal coil

Riding the dolphins
Asking the mountains
Dreaming Alaska
The Earth can have but Earth

Look into my eyes and see the wanderer
See the mirrors of a wolf behold the pathfinder

___________________

Eu queria escrever sobre o assunto, mas essa música falou melhor. Faz de conta que fui eu que escrevi...

Calliope
Para Akasha

Akasha! Achei legal a sua demontração por absurdo.
Só faltou a conclusão:
"... Logo, eu, Akasha, sou romântica sim! (c.q.d.)"
hehehe...

Kit

terça-feira, outubro 09, 2001

Sim, eu sei que discordar não é ofender. E não espero mesmo que vocês concordem comigo. Mas, discordar é uma coisa, dizer "Não admitem, mas parecem pessoas românticas curtindo uma fossa! Fazendo drama mexicano" é outra, bem mais pesada. Para mim dizer que eu faço drama mexicano é ofensivo.
Eu não queria que ninguém passasse a mão na minha cabeça também, só esperava um pouco mais de respeito pelas minhas idéias, opiniões e sentimentos, e não alguém dizendo que eu tava dando uma de Thalia, entendem?
Estou tentando aprender a levar mais em conta as intenções das pessoas. Aceito que vocês não tenham tido a inteção, levo isso em consideração. Mas fiquei magoada e pronto.
É isso.

Alice
Que merda, lógico que me auto-censurar é terrível. Mas prefiro isso a falar e depois ser tratada como idiota.
E minha história não tem nada a ver com possessão. Claro que gosto dele e quero que ele seja feliz onde for, caramba, ele é meu melhor amigo. Mas isso não exclui eu sentir falta. Sim, é como um membro da minha família, que eu quero bem, mas se for pra longe me faz muita, muita falta. Minha mãe já me deixou por um ano e meio. Nunca a perdoei por isso. Eu queria seu bem, mas senti muita falta, entrei em depressão, foi horrível. E não era uma coisa possessiva, mas sim necessidade, saudade de alguém que você gosta. Caramba, é a mesma coisa. Tudo bem, talvez vocês não entendam, mas pra mim é assim.
Quanto ao romantismo, não vou discutir. Aliás, não vou discutir mais nada. Querem saber? Fiquei magoada sim. E não quero mais comentar nada.

Alice
Só alguns comentários

Valorizar a vida não tem nada a ver com ser romântica.
Não querer prender a pessoa, gostar dela mesmo que não esteja com você, mesmo muito longe, aceitar que ela queira viver com outra, que está feliz sem você, isso é ser egoísta? Se for assim, então tá, sou egoísta.
As palavras não são muito boas para expressar o que pensamos. Pelo menos no meu caso, poucos me entendem e eu acabo achando os seres humanos cada vez mais incompreensíveis. Melhor desligar mesmo. Ir para outra dimensão.
Ah, gostei do que você escreveu, Kit :p

Mulher do Padre
Quando li o texto da Mulher do Padre pela primeira vez, achei... não achei nada. Estou com dor de cabeça, e já esqueci o queria dizer há dois minutos, antes de atender o telefone. Hum... Branco.
Acabei de ler o texto da Alice e não concordo com a auto-censura... Qual é o sentido deste diário-coletivo-virtual se cada não puder dizer o que pensa e o que não pensa? Se eu quiser escrever um texto reflexivo sobre a tabela periódica, vou escrever. E ai de quem questionar a beleza filosófica da química descritiva!
Não vejo mal nenhum em ser romântica. Se ser romântica é viver tudo sem medo de arriscar-se, de ser bom ou ruim demais... então eu também quero ser! Queria me atirar de cara nos relacionamentos ao invés de deixar o tempo passar. Não sou assim, mas queria ter essa coragem. Se for para ser feliz, que seja demais, se for para chorar, que seja compulsivamente, de soluços e falta de ar... Porque cansei de emoções amenas e seguras.
Todas somos românticas no fundo. E eu também. Sou mesmo... Romântica, e ingênua (pura, nem tanto...). Pode ser que eu mude de idéia algum dia, quando me desiludir, e acabar sofrendo. Mas... hoje sou assim. Sou meio boba, e acredito nas pessoas. E, agora, o mais bombástico: acredito em amor (e, para as polêmicas de plantão, já acreditava muito antes de conhecê-lo). Por que é que isso precisa ser bombástico?
Enfim, se ser romântico é ridículo, podem rir de mim, se quiserem.

Naftalina
Processo complicado

Eu não sei falar profundo e metafórico que nem essas minhas amigas do blog. Bem que às vezes eu tento, mas não rola. Então eu vou tentar ser bem simples pra não sair nenhuma caca.
Essa história de desencanar é mesmo um processo complicado. Num dia ele é perfeito. É quem gosta dos seus defeitos, é quem ri das suas piadas sem-graça, é quem te procura pra contar como chapou naquela balada mto lôca (e vc fica puta q num tava lá, mas acha aquilo tudo mto engraçado). É quem espera pelo seu telefonema, é quem te liga e diz q tem saudades. É quem te ensina com paciência, é quem te conhece melhor do q vc mesma. É quem quer ouvir a sua voz antes de dormir, é por quem vc sorri depois de um dia estressante e pra quem vc conta sem querer as coisas de que mais tem vergonha (mas qdo vc percebe, já foi!).
E por mais piegas que seja (e é), a gente sofre qdo ele deixa de ser esse quem.
Concordo com a Mulher do Padre (MP) qdo ela diz que q nossas amigas são românticas. Elas nunca vão admitir, e vão até cair matando em cima disso. Mas qual o problema? No fundo, todo mundo é assim. Inclusive a MP. Só que ninguém gosta de assumir (principalmente pra si mesmo). Pq é brega, pq é coisa de gente fraca.
Acho que vou levar uma mega vaia, mas tudo bem, pq é isso o que eu penso!
Falei!!!

Kit
Atendendo a pedidos

Bem, já que parece que as pessoas não estão a fim de ler coisas que tenham a ver com minha fase melancólica e acabam fazendo comentários que me deixam ainda pior, vou parar de escrever sobre isso. Nada contra as críticas, eu as aceito e acho bom que as pessoas me digam o que pensam. Só que os comentários da Calliope e da Mulher do Padre sobre mim e sobre o que eu ando escrevendo só me fizeram sentir pior. Além de abandonada, parece que sou uma idiota que assite muita novela do SBT e quer fazer papel de sofredora. Olha só, se eu fosse a Thalia pelo menos eu seria rica, apareceria na TV, gravaria CD e seria casada com o ex-marido da Mariah Carrey (olha ela de novo!! Essa mulher tá me perseguindo...) - tá esse último item não é uma vantagem...
Tá bom então, instituída minha auto-censura forçada. Não toco mais nesse assunto.

Alice

P.S.: Qual o problema com o romantismo? Adoro o Álvarez de Azevedo... E quer saber? Prefiro ser tachada de romântica do que ser medrosa e fugir da relação porque ela tá dando certo. E eu não estou supervalorizando os relacionamentos. Mas, depois de dois anos convivendo com uma pessoa ela faz parte da sua vida e quando ela vai embora é como se fosse alguém da sua família que tivesse te abandonado. É alguém com quem você contava, que estava sempre ao seu lado, que te fazia companhia. Isso não é ser encanada. E quanto a você dizer que valoriza mais a vida, por que valorizar as pessoas não é valorizar a vida? O mais importante da vida não são as pessoas que você gosta? Ou você acha que é bom viver egoísticamente só para si mesma? Desculpa, tudo que você disse não colou, só ofendeu... Não sei se tenho o direito de me ofender, porque foi uma opinião e cada um tem a sua. Talvez eu devesse respeitar apenas. Mas me senti menosprezada e não consegui levar numa boa. Sorry.
Não me levem a mal

Essas garotas são muito estranhas mesmo! Não admitem, mas parecem pessoas românticas curtindo uma fossa! Fazendo drama mexicano. Tá, eu sei que essas coisas são complicadas. Vocês até já me disseram que eu sou assim porque nunca gostei de ninguém de verdade. Pois eu digo que gostei. Gostei muito de dois caras em toda a minha vida, o resto foi passageiro. Um não me corrrespondeu, outro sim, mas não me entendeu. Esse último deu tanto certo que eu fiquei com medo e me afastei. Acho que ele pensa que eu não gostei dele, mas penso nele até hoje. Só quis tentar ver a coisa de longe, sem ficar cega, sem me atirar de cara. A gente ainda se fala de vez em quando, mas eu nunca consegui me abrir. Espero que um dia eu consiga falar tudo que sentia. Espero deixar o orgulho (ou seja lá o que for) de lado. Eu sei que um dia a gente vai se encontrar... Se bem que eu tenho curiosidade de saber como anda o outro, aquele que eu falei que não me correspondeu.
Bom, mas voltando ao fato de vocês serem românticas, acho que talvez eu não sofra tanto porque comecei a ver os relacionamentos como algo sem muita importância. Mudei muito nesse últimos anos. Aconteceram várias coisas que me fizeram sofrer e valorizar mais a vida. Talvez por isso vocês me achem tão feliz. Agora digo que não sou assim por acaso. Nem sempre fui desencanada, despreocupada com o que hoje considero probleminhas insignificantes. Tenho muitos motivos que me fizeram ver o mundo de um jeito diferente.
Ah, agora tenho que ir. Depois explico melhor o que quis dizer. Acho que não me expressei direito.

Mulher do Padre
Como NÂO irritar a Kit

Gostei da Lista da Ira da Akasha! E já que, inusitadamente, fui mencionada nela, resolvi acrescentar mais duas coisinhas que me deixam mesmo irada!! Não que eu fique braaava a ponto de brigar... todos sabem q não sou disso. Mas sabe qdo o sangue sobe na cabeça e vc fica esperniando e dá vontade de berrar e socar o ar e chorar e... AIAI! Estressei, sorry! Mas é assim que me sinto qdo, depois de lavarem as mãos, espirram aquela maldita agüinha no meu rosto!! É uma coisa mto desagradável pq sei lá né, a pessoa acabou de sair do banheiro... sabe lá se ela lavou as mãos direito... e a água pode entrar no olho, na boca, enfim!! Ah, tá bom vai, não são motivos convincentes, mas e daí?? Num gosto e pronto!!
As outras duas coisas são mais... digamos... compreensíveis (ou não):
Primeira: NUNCA pise no meu pé, especialmente qdo eu estiver com tênis novo ou de cor clara! Sabe pq? Tênis não é q nem qq peça de roupa q vc lava toda vez depois q usa. Eu, por exemplo, só lavo qdo tá visivelmente mto sujo ou se pisei em alguma coisa (o q graças a Deus nunca aconteceu. Quer dizer, aconteceu, mas aí eu joguei fora). Então, se vem um engraçadinho e pisa no meu pé, eu fico puta, pq sei q ou vou ter trabalho pra lavar ou vou passar um bom tempo calçando um tênis "sujado"!
Segunda: NUNCA aperte as minhas bochechas!!!! Já chorei de dor por causa disso e, acreditem, é uma dor terrível! Fora q acho uma tremenda falta de respeito. Eu sei q elas são irresistíveis, mas por favor, façam um esforço e mantenham-se longe delas.
E assim, Kit agradece =)

Kit
A minha trilha sonora

Esse treco de lista vicia. Tá louco!!
Pensei em fazer uma lista das melhores épocas da minha vida, mas ai ninguém ia enteder nada. Aí resolvi fazer uma lista das músicas que marcaram esses períodos. Aí vai:

1- Monte Castelo (Legião Urbana), dez/96 a fev/97
2- Os Cegos do Castelo (Titãs), dez/97 a fev/98
3- Head over feet (Alanis Morissette), jul/98
4- Wish you were here (Pink Floyd), out/99 a jan/00
5- Independência (Capital Incial), mar/00 a nov/00

Calliope

As 5 melhores histórias em quadrinhos (segundo a minha opinião)

Tudo bem que só a Alice vai entender a lista, mas tudo bem. Sem ordem alguma

1- Sandman, de Neil Gaiman
2- V de Vingança, de Alan Moore
5- Watchman, também de Alan Moore
3- O Corvo, de J. O'Barr
4- Batman: O Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller

Calliope (algém duvidava disso?)
5 melhores filmes do Brad Pitt

Antes de tudo quero deixar claro que não gosto do Brad Pitt. Não acho ele lindo nem nada. E odiei quando a Jennifer Aniston casou com ele, porque dela eu gosto. Mas, tenho de admitir que ele é um bom ator e que escolhe bem os filmes. E achei interessante fazer uma lista com os melhores filmes de um ator que eu não curto. Lá vai:

1 - Entrevista com o Vampiro
2 - Seven
3 - Os 12 Macacos
4 - Kalifórnia
5 - Clube da Luta

Alice
Resposta ao meu amigo

Bem, vc já tinha me falado disso, que prefere levar um pé na bunda pra ser trocado por outra pessoa. Eu não. Sabe porque? Pq enquanto estava comigo ele já se interessou por outra pessoa a ponto de me largar. Eu não fui suficiente, não fui eficiente, não soube fazer direito. Se ele me troca por nada, tudo bem, é problema com ele, ele quer ficar sozinho, ele cansou de mim. Não tem outra pessoa, não vou me sentir pior do que ninguém. Se ele me troca por outra menina pq acha que ela é melhor, que merda, quer dizer que sou inferior: menos bonita, menos inteligente, menos compreensiva, menos legal ou menos qualquer outra coisa.
Por isso prefiro ser trocada por nada. Aliás, ele me disse que foi assim que não tem ninguém. Prefiro desse jeito. Mas entendo quando vc diz que prefere ser trocado por alguma coisa do que por nada. Parece que o vazio é melhor do que vc. Sim, também é ruim. Mas, no fim, é só uma questão de prefiro ser pior do que alguém ou prefiro ser pior do que ninguém.

Alice
Comentário de um "outsider"

Bem, consultei a Calliope e ela disse que eu poderia colocar um comentário de outra pessoa que não nós sete. Pelo que a Akasha falou, acho que ela também não se opõe. Então estou colocando uma coisa que meu amigo não-sei-de-que-cor escreveu. Se as outras garotas não gostarem, eu tiro. Bem, voilá.

"A música, entre tantas melosas do Bon Jovi, é Always. E o melhor dela é q, além do cara levar um pé na bunda,
ele foi trocado por outro, hehehe."

Pois bem, minha opinião masculina (que outros homens já endossaram): "Levar um pé na bunda é, como regra, uma droga. Mas o que mais me dá angústia é tomar o 'pé' sem motivo aparente. Quer dizer, existe um motivo, mas não parece justo. Quando a garota diz 'estou afim de outro cara' é melhor e explico: existe uma razão, ela quer outra pessoa e não eu. Ela está me trocando por alguma coisa que é, relativamente, melhor. Agora quando ela diz 'preciso ficar só' ou 'quero aproveitar a vida' isso é significativamente pior. Estou sendo trocado por nada, ou na melhor das hipóteses, por uma situação incerta."

Alice

segunda-feira, outubro 08, 2001

Sem problema!

Não há o menor problema com o Bon Jovi. Um trecho do Always? Hum... que tal "You see I've always been a fighter, but without you I give up"? Eu gosto disso... Olha só, ter ouvido Bon Jovi não é um passado tão negro assim...
E já que tá brega mesmo, sabe o que faltou na minha lista? Uma música báaasica: I Will Always Love You da Whitney Houston, trilha de O Guarda Costas. "I will think of you every step of the way". Na verdade diz quase a mesma coisa que o Bon Jovi... mas é muiiito mais legal ouvir a Whitney berrando, não acha?
Outra música brega: Agains All Ods, Phill Collins regravado pela Mariah Carrey. "How can you just walk away from me, when all i can do is watch you leave? Cause we've shared the laughter and the pain, and even shared the tears. You're the only one who really knew me at all".
Ah, e Maurício Manieri: "O que eu faço se é vc que eu venero? Ainda te amo, meu amor, ainda te quero. Sem você não vivo nem um segundo, sem teu amor fico perdido no mundo"...
Meeeu, ser brega é tuuuuuudo!!!! Palavra de quem já cantou Fagner no videokê do McDonald's!! Quer saber? Isso tá parecendo é Piores Clipes. Aliás, seria um bom tema para o programa: Piores Clipes de Música sobre Fossa, só ia dar os mano fazendo cara de sofredor, hahahaha. Bom, mas vou parando minha seleção de músicas sobre pé na bunda por aqui que já tá me dando vontade de chorar...

Alice, a #1 no top das abandonadas do ano
Coisas que observo

Ela era amiga de todos e de ninguém. Falava com todo mundo, falava de todo mundo, falava bem, falava mal, falava pelas costas, falava na cara. Era articulada, tinha umas tiradas inteligentes e sempre se divertia com os defeitos alheios.
Eles gostavam dela. Consideravam-na uma amiga, uma pessoa engajada, competente, preocupada com as causas sociais, uma boa pessoa. De certa forma, essa também era minha visão, mas confesso que sempre fiquei com o pé atrás. Não confiava nela. Talvez por instinto, intuição, whatever.
Comecei a perceber coisas que ninguém via (se viam, não queriam demonstrar, como eu). Enquanto o resto via alegria, eu via inveja em seus olhos. Ao invés de uma pessoa preocupada com os outros, sentia frieza, egoísmo, uma certa crueldade. Mais preoucupada com status, em ser admirada por seus atos, sua inteligência, que pelas causas que abraçava.
Passei a ter medo. Não sei do que, talvez de mim, por imaginar demais ou por ver demais. Ver coisas que ninguém ou poucos percebiam. Ver como os seres humanos se mascaram, escondem sua maldade intrínseca. Aquela coisa do lobo vestido de cordeiro. Sábio ditado popular.
Coisas de quem gosta de investigar o ser humano nos seus mínimos detalhes, desvendar seus segredos íntimos, seus defeitos obscuros, aquilo que não se revela, que se esconde, que se esquiva.
Paranóia minha? Pode ser...

Mulher do Padre
Mais uma lista

UAU! Todas as meninas estão escrevendo hoje! Milagre!! Só tá faltando a anônima.
Bem, como até a Kit fez uma lista - que por sinal está divertidíssima, principalmente a parte do Marilyn Manson - resolvi colocar mais uma, dessa vez das dez melhores músicas sobre pé na bunda. Lembrando que a ordem em que elas estão colocadas é aleatória. Lá vai:

1 - I'll Survive (Gloria Gaynor) - É tudo de bom!!!
2 - You were meant for me (Jewel) - Hino para quem se engana... me ajudou a parar de fazer isso.
3 - Da Madonna estou em dúvida entre 3: The Power of Good Bye (é como todos os finais deveriam ser), You'll See (não preciso de você, seu trouxa) e Rain (ele vai voltar, ele prometeu...)
4 - Vingativa (Frenéticas) - The Girl Power!!!!
5 - November Rain (Guns'n Roses) - Ambos sabemos que o coração pode mudar...
6 - You Oughta Know (Alanis) - Promessas quebradas e suas consequências...
7 - Inda Lembro (Marisa Monte) - Tudo muda, num tem jeito...
8 - Don't Speak (No Doubt) - Quando o fim é óbvio mas não queremos aceitar...
9 - Up in Arms (Foo Fighters) - É tudo que eu gostaria que ele me dissesse...
10 - Dos sertanejos, não sei se escolho Leandro e Leonardo com Não Aprendi a Dizer Adeus (se tens que me deixar, que seja então felizzzz...) ou Chitãozinho e Xororó com Nuvem de Lágrimas (jeito triste de ter vc, longe dos olhos e dentro do meu coração...)

É bem brega, é claro, mas em dia feio e chuvoso não consigo pensar em coisas alegres. Aceito comentários sobre minhas listas.

Alice
Sem-cama

O melhor de voltar para a casa da mamãe é ter um lugar quentinho, gostoso para dormir. Acordar de manhã e ter café pronto, barulho de gente na casa, refrigerante na geladeira, elma chips na despensa (sei que os dois últimos são porcarias, mas... eu não resisto: adoro comer porcarias, e me sentir imatura). São um monte de coisas que a gente só percebe depois que perde.
Dia desses de madrugada, entrei, fui ao banheiro e joguei o chiclete fora. Estranho... havia algo de estranho no apartamento. Será que eu estava no lugar certo? Milhões de caixas empilhadas, minha cama desmontada e jogada num canto, minhas roupas cheias de poeira, misturadas aos milhões de papeizinhos de bala que eu não consigo jogar fora. Aaaaaaah! Era o caos para uma menina que sempre gostou de ter as coisas no lugar.
No começo, foi terrível. Depois ficou pior. Mas, no fim, acho que estou me adaptando a viver em quatro metros quadrados (sério! acho que, se abrir os braços, derrubo alguma coisa), e meus livros perdidos em algum lugar da bagunça. Mas... isso pode até ter um lado bom. Quem sabe? Posso ficar menos apegada às coisas, aprendo a viver com menos. Ou não, e acabo decidindo acampar em algum cantinho da faculdade.

Naftalina
As Naftalinas naftalinae, para quem não sabe, são seres branquinhos e muito felizes que vivem dentro dos guarda-roupas. Para os humanos, elas parecem bolinhas sem vida, mas isso é somente porque, assim como na história da barbie assassina e dos brinquedos daquele filme da Disney, elas se fingem de mortas quando há alguém olhando. Elas têm também um super poder que usam para fugir de predadores, transportar-se para outros lugares ou simplesmente para isolar-se do mundo e meditar... Sumir.
Por uma vida menos ordinária
(eu sei, o título não é nada original, plágio mal feito! Tudo bem, eu não ligo)

Ela era normal. Família normal, amigos normais, problemas normais, colégio normal, vida amorosa normal. Tudo dentro dos padrões.
Saía para ir ao cinema, ao shopping, ficava, namorava os carinhas da turma, fazia tratamento para acabar com as espinhas, freqüentava o clube, fazia exercícios, planos para o futuro (casamento, filhos, casa, profissão...).
Uma vida cronometrada. Idade para ir à escola, sair com os amiguinhos, entrar na puberdade, "virar mocinha", ter namorado, prestar vestibular, ir para a faculdade, dedicar-se à vida proficional, namoro sério, noivado, formatura, mais noivado, emprego fixo, salário bom, casamento, gravidez, filhos, família constituída, brigas conjugais, amantes...
Um dia ela acordou com um vazio. Um vazio que sempre a acompanhava, mas que só agora fazia sentido. Acordou e seus filhos não estavam mais lá. Seu marido dormia e roncava como seu pai. O vazio não a deixava em paz. Começou a se tornar desesperador. Nada mais vazia sentido. Uma vida inteira dedicada aos outros, à sociedade. Não sabia quem era. Nunca soube. Sentiu uma vontade súbita de sumir. Foi o que fez. Pegou o carro, decidida a fugir, sem rumo, sem volta. Lembrou que precisava comprar um remédio para a próstata do marido. Entrou na farmácia de sempre, levou o remédio e a certeza de que não podia mais escapar. Já estava tudo formado, cercando seu espírito angustiado por mais, mais vida, mais cor, mais, mais o quê? Não tinha idéia. Achou que era egoísta demais, exigente demais. O que mais queria? Tinha tudo. Tudo que uma pessoa poderia imaginar de uma vida feliz. Sentiu-se culpada por desejar mais e voltou para casa decidida a não pensar mais nisso. Beijou o marido automaticamente, sorriu como de costume e foi assistir tv, o programa de sempre.

Mulher do Padre

A Preguiça

Eu tinha começado um texto sobre a preguiça, mas parei e agora fiquei com preguiça de continuar. Mas vamos lá, vou tentar vai... É que a Preguiça é mesmo uma força que não se pode controlar. Quando ela resolve fazer uma visita (e na minha casa elas são freqüentes), é quase impossível de mandá-la embora. Tem dia q vc tenta, tenta, mas ela simplesmente não se toca. Pede mais um chazinho, conta umas historinhas e acaba mesmo ficando pro jantar. E, lá pela meia-noite, a dona Consciência Pesada aparece com uma roupa de Chapolin Colorado e finalmente consegue expulsá-la (ou só a esconde no armário, vai saber?).
Mas tem dia que vc até curte a companhia dela. Pq não desencanar e deixar ela ficar? Afinal, vc sabe que uma hora, ou um dia, a Consciência vai aparecer pra salvar o dia. Acontece que recentemente a dona Preguiça resolveu se mudar de mala e cuia pra minha casa. Já tá até virando minha melhor amiga. E vai ver a dona Consciência tá de férias, ou muuito doente, ou desencanou mesmo de mim, já que mtas vezes não a deixei cumprir sua obrigação. Só sei que faz tempo que ela não dá mais as caras por aqui, e tô começando a ficar preocupada. E agora, quem poderá me defender??

Kit


Falta do q fazer

Como eu tava sem idéias (e sem o q fazer), a Akasha sugeriu que eu pusesse aqui uma lista das coisas de que eu tenho medo (aproveitando o embalo da Alice). Não que eu seja uma pessoa medrosa, hehe, longe disso... Pra mim são medos mto aceitaveis, e até normais, mas sei lá pq essas freaks fazem disso motivo de risada... Anyway, lá vão:

1- Baratas!!!
2- Monstros, espíritos, essas coisas do mal (do além)
3- Marilyn Manson
4- Pombas (e outras aves tbm, tipo urubu)
5- Insetos em geral (ou tudo que tem patinhas, anteninhas e gosminhas)
6- E... tá bom vai, Joaninhas!! (tá, eu sei que essas se encaixam no item acima, mas acho q as meninas fazem questão que estejam em um item a parte, né?)

Tem tbm a lista das coisas de que eu tenho nojo, mas essa fica pra uma próxima, ou não, pq nem são tão legais assim!

Kit

Top 5 das músicas de chuva

Ainda em clima de Alta Fidelidade:

1 - It's raining men (The Weather Girls)
2 - Rain (Madonna)
3 - Purple Rain (Prince) ou Chove Chuva (Jorge Ben Jor) - estou em dúvida entre as duas
4 - Ritmo da Chuva (Renato e Seus Blue Caps)
5 - Cai a noite (Capital Inicial) - Essa nem é tão boa, mas tem valor sentimental

Alice

domingo, outubro 07, 2001

Não podia deixar isso quieto

Calliope, a última coisa de que eu preciso agora é alguém me dizendo o óbvio: que uma hora o que está me machucando tanto vai arrefecer e machucar menos. Mas isso não muda o fato de que fui eternamente maculada pelo que aconteceu. Não digo que esse foi o amor da minha vida: só poderei dizer qual foi o amor da minha vida quando chegar ao fim dela, mas tenho certeza de que me fechei um pouco e nunca mais vou estar apta a me entregar como fiz. Sexta eu estava conversando com um amigo sobre dores e sobre criar defesas, e sei que acabei de criar uma barreira que não vai deixar com que eu fique tão dependente, tão apaixonada, tão vulnerável... nunca mais...
Eu não disse que isso era insuportável. Talvez fosse insuportável para quem eu era, mas no momento em que se deu a ruptura eu mudei. Agora não sou mais a mesma, é difícil mas não insuportável. E à medida que estou mudando mais e mais, logo vai deixar de doer tanto.
Calliope, eu não sou burra, não sou mais uma adolescentezinha boba que acha que vai morrer porque terminou com o namorado. Minha vida e eu vamos além disso.
Não estou brigando com você, longe disso, mas não gostei da sua resposta, sorry.

Alice
Resposta (um pouco atrasada) sobre espelhos, tempo e outras coisas do gênero

Para Alice e Akasha: Há aproximadamente dois anos eu me separei daquele que foi o grande amor da minha adolescência. Há dois anos eu com certeza seria a próxima a me juntar ao "você escreveu o que eu gostaria de ter escrito", por que eu me sentia exatamente assim. Sem espelho, perdida e achando que podia morrer.
Mas foi há dois anos, e de lá pra cá milhares de coisas aconteceram. Não que eu ache que o tempo cura tudo. O que se passou naquela época é uma ferida que ainda dói e que eu duvido que algum dia pare de vez de doer. Mas o tempo me deu meios de conviver com ela. Eu consegui alguma força para suportar o que há dois anos parecia insuportável. E ainda aprendi umas coisinhas no caminho.
Ta parecendo papo filosófico-religioso-transcedental (ou conversa de bêbado), mas é a verdade, pelo menos do que aconteceu comigo.
Já passaram a mão na minha cabeça dizendo que o tempo curava as feridas, ou que eu estava superdimensionando a minha dor (e eu na época mandei a pessoa à merda). Mas fui muito precipitada em julgar o tempo quando ainda não tinha tempo. Ou de medir a minha dor enquanto ainda estava mergulhada nela. São conclusões que só vêm depois, e bem depois.
Akasha, Alice e qualquer outra pessoa que concorde com elas: eu acho que vocês estão se apressando muito. Não é por que um espelho quebrou que vocês nunca mais vão se enxergar. E os caminhos não acabaram só por que vocês se perderam. Não importa o que aconteça com a gente, vai amanhecer, anoitecer e amanhecer de novo, como sempre tem acontecido. Novas pessoas, objetivos caminhos e espelhos vão aparecer, quer a gente queira quer não.

Calliope, achando que vai ser espancada depois dessa

sábado, outubro 06, 2001

Sobre minha mãe

Acabei de brigar com minha mãe e estou me sentindo o pior dos seres. Estou com uma sensação horrível de que sou um peso pra ela, que ela queria uma outra filha, menos questionadora, mais "comum", mais passiva, mais feliz. E isso eu nunca vou ser e talvez por isso eu não devesse nunca ter nascido. Ou talvez bastasse que eu soubesse me calar de vez em quando (obs para o meu "amigo não-sei-de-que-cor": como vc pode ver, ainda não consegui fazer com que aquele texto deixasse de ser idéias e se materializasse na minha vida). Eu vivo dizendo coisas que não deveria dizer a ela, porque sei que como mãe ela não pode entender. Só agora vejo a crueldade que é uma filha dizer à sua mãe que é infeliz. Ela me deu a vida, ela viveu para me criar, para me dar o melhor possível e eu simplesmente digo que não sou feliz. Eu não tinha esse direito. E agora estou me sentindo um lixo. Ela também não pode me privar do direito de ser infeliz, mas que bosta, eu também não deveria privá-la do direito de acreditar que sua cria tem uma boa vida, de que tudo que ela fez por mim valeu a pena.
Acho que vou lá pedir desculpas, apesar de saber que não vai resolver muita coisa. As palavras já foram ditas e as coisas nunca mais vão ser como eram.
Quero aprender a me calar ainda que isso me sufoque, ainda que eu sinta que vou explodir.É melhor me explodir sozinha do que levar mais gente junto. Hoje eu poderia morrer.

Alice

sexta-feira, outubro 05, 2001

O Espelho
Hoje eu queria escrever sobre olhos e espelhos. Mas não sei se consigo. Há um certo tempo me afastei da escrita e já não tenho mais a prática, preciso voltar a treinar. De qualquer jeito, é agora ou nunca. Quero que ele leia isso. Quero que ele saiba sobre o espelho que eu tinha, um espelho para o qual eu nunca cansava de olhar. No qual eu me via mais completa, mais bonita, mais verdadeira. A distorção desse espelho (porque todos os espelhos distorcem) me fazia mais alegre. Era como se nesse espelho não houvesse mal e tudo de ruim que há em mim desaparecesse.
Só que o espelho de repente se fechou para mim. Morri sufocada no único lugar de onde eu nunca poderia escapar. Agora sou vampira sem reflexo. Uma eterna morta que não abandonou seu corpo.
Eu sempre quis ser vampira, mas nunca tinha parado para pensar como é ruim não poder mais se ver. Você perde o referencial de quem é, passa a ser só fragmentos. E sem um fim, o tempo passa de modo estranho, porque não há objetivos.
Pronto, vou parar por aqui, não importa que seja bruscamente. Disse o que queria dizer, mesmo sabendo que ele não vai entender, mesmo sabendo que não foi suficiente, que ainda há muito mais a ser dito. Mas não há tempo para a palavra final. Nunca haverá.

Alice
The rest is silence

Até ontem a noite eu nunca tinha visto a peça Hamlet. Sim, eu sabia do que se tratava, conhecia a historia e até as citações famosas (Ser ou nao ser..., Há mais coisas entre o Céu e a Terra..., etc), mas nunca tinha lido na íntegra, nem visto o filme. Uma montagem da peça, então, nem pensar.
Isso talvez explique um pouco por que eu faço uma afirmação tão óbvia: Hamlet é lindo. É também intrigante, doloroso, sentimental (não no sentido piegas) e uma lista interminável de outros adjetivos que eu poderia por aqui. Me emocionou em um nível que eu nunca tinha experimentado antes com um filme, uma peça, um livro ou qualquer forma de estória.
Como se pode tomar um homem, chamá-lo de covarde e ao mesmo tempo de herói? Qual é o tamanho do escritor que me fez acompanhar esse covarde, compreende-lo, sentir sua perda, chorar sua morte? Quem me fez entender aquele que é, para mim, o pior dos atos (não é o assassinato ou a vingança, cmo muitos podem pensar), aceitá-lo e até adimirá-lo um pouquinho?
Eu sei que elogiar Shakespeare é chover no molhado. Ele não percisa de mais elogios ou da minha adimiração. Mas é a única coisa que eu posso dar.
Hamlet é, sem dúvida a melhor história que eu já vi. Pena que foi escrita a mais ou menos quinhentos anos. Já estava na hora de surgir outra que lhe superasse.

Calliope
Prólogo:

Eu tinha um professor de filosofia no colegial que usava o seguinte método para dar aulas: Ele destrinchava um filme que, aparentemente não eram lá muito filosóficos (alguns até pareciam ser, mas a maioria não), mas que, devidamente interpretados, traziam um conhecimento interno em outro nível, e uma visão das coisas, no mínimo, diferente (pelo menos para quem pra que se dava ao trabalho de acordar cedo toda quarta-feira).
Pois bem, o Ricardo (que eu inssisto em chamar de professor, apesar de ele não me dar aulas há quase dois anos) resolveu fazer uma "sessão aberta ao público" e analizar uma obra que, além de muito aberta a interpretacões filosóficas, tem uma história complicada comigo.

Fim do prólogo
À Alice

Obrigada por me dar um nome! Não tava a fim de pensar num pseudônimo, mas sabia que dos comenários poderia sair um.
Garotas, a cada texto que leio acho vocês maaais estraaaanhas! Acho que um jogo da velha, se explicado por vocês, viraria uma cabala!

Mulher do Padre
Meu amigo não-sei-de-que-cor
Disse a ele e a vocês que iria falar sobre meu "amigo colorido". Acho que chegou a hora. Antes de tudo, quem inventou essa denominação "amigo colorido" foi a Akasha. Eu achei legal e resolvi adotar a nomenclatura. Mas, agora com essa história de que preto e branco é melhor, já não sei. Levando em conta o que ela disse sobre as cores, meu amigo seria preto e branco, com todos os detalhes realçados, principalmente aqueles que não têm a ver com a visão (não, ele não é feio, muito pelo contrário, mas é que eu dou muito mais valor às outras coisas). Ele tem um cheiro maravilhoso, um beijo macio, um jeito lindo de falar as coisas certas...
Bem, esse meu amigo não-sei-de-que-cor está na minha vida há bastante tempo. Nos conhecemos há uns três anos, começamos a nos falar mais intensamente há uns dois. Ele não é de se abrir muito com qualquer um, mas acho que encontrei um caminho para me aproximar dele, o que me deixa muito orgulhosa.
Ele me disse uma das coisas mais bonitas que já ouvi na vida. Disse que não me entendia, que queria me entender, mas sabia que nunca poderia. Eu quase chorei. Ninguém nunca tinha se esforçado tanto para me entender e nunca tinha me entendido tanto.
Ele fala pouco, mas sabe falar coisas que me fazem sentir especial. E permite que eu seja extremamente sincera.
Nossa relação é boa porque é sincera e despretenciosa. Não quero ser a mulher da vida dele, não quero casar e ter filhos. Só quero estar perto dele porque me sinto à vontade, porque posso falar o que quiser, porque posso simplesmente não querer falar.
E apesar de eu querer e ele querer não estamos conseguindo nos ver. Parece aquelas coisas de "o universo conspira contra nós". Mas, como eu não sei aceitar as coisas passivamente, continuo insistindo. Talvez seja um sinal para que eu desista dele, mas eu não me importo. Não é isso que eu quero, não é isso que eu sinto, então continuo indo atrás, me esforçando para que ele não se perca de mim.
Combinamos de nos ver amanhã e espero que dessa vez dê certo. Sinto falta dele por perto. E ele me deve um prêmio (aliás, se você estiver lendo isso, saiba que vou cobrá-lo).
Acabei de me dar conta de que isso tá muito brega!!! Mas, antes que alguém diga alguma coisa, não estou apaixonada. Amor, tesão e amizade são coisas distintas, que se misturam, é claro, mas dessa vez não é o caso. Acho que é só amizade e tesão. Mas isso já basta, não é mesmo?

Alice

quinta-feira, outubro 04, 2001

À mulher do padre
Ih, achei todos esses "ades" que você atribuiu ao cara puro muito vagos. Ter essas coisas não quer dizer que o cara seja puro, ou melhor, não sei o que você quer realmente dizer com cara puro, mas se for ter esses "ades" não é tão difícil assim. Meu ex (nossa, só agora estou conseguindo me referir a ele assim) tem tudo isso. Meu "amigo colorido" tem muitas dessas características. E meus outros amigos também.
Quanto ao resto que você disse, sobre astrologia e tudo mais. Gostei da idéia de poder mudar, acho que você tem razão. Eu posso mudar como e quando eu quiser e por quem ou o quê eu quiser.

Alice
Memento IV

Se existe reencarnação, por que diabos esquecemos o que fomos, o que fizemos, c que pensávamos? Muito louco pensar que podemos ter esquecido não uma, mas muitas e muitas vidas inteiras! O motivo? Quem sabe nos deram chances de corrigir erros, ou quem sabe quiseram poupar-nos de saber coisas terríveis sobre nós? Talvez não agüentaríamos tantas besteiras da humanidade e o pior, sabermos que os autores foram nós mesmos.
Já pensaram se a Alice descobrisse que foi o autor da caça como esporte? E a Akasha, uma Amélia? A Calliope, uma pessoa normal, que gostava de rotina? A Kit, uma depravada que trabalhava num cabaré de quinta? Já pensaram??? Até que seria cômico!
Vou refletir mais sobre isso.
Mulher do Padre???

Aproveitando o que disseram sobre mim, essa coisa de curtir ser a mulher do padre, vou explicar melhor o que a engraçadinha da Kit quis dizer.
Há um tempo manifestei um desejo (que agora já virou uma meta por influências de pessoas muuito estranhas, vulgo powerfreakgirls!) de conhecer um cara puro. Pois é. Quero conhecer uma pessoa do sexo masculino que seja pura! Missão impossível? Talvez. Agora, o que tem causado confusão e discussões entre essas pessoas estranhas que mencionei é uma pergunta simples: "O que seria um cara puro??". Aí vem uma lista de qualidades indispensáveis a esse cara, se é que ele existe: amabilidade, honestidade, sinceridade, bondade, compaixão, idéia de unidade, fé, tranqüilidade (quanto ade!), sensibilidade (mais um ade!). Ah, acho que é isso. Uma pessoa sem maldade (só prá rimar!). MAS, não podemos confundir um cara puro com aquele que não vê ou conhece as maldades do mundo. Uma pessoa pura pode ser esperta! Por que não???
Aceito dúvidas, sugestões de onde posso encontrar esse cara, reclamações....
Deu vontade (conversa com Alice)

Olá a todos!
Escrevo pela primeira vez porque não funciono sob pressão. Quer dizer, até funciono, mas não curto. E agora eu me sinto completamente livre e leve para escrever.
Confesso que não li todos os textos, mas gostaria de fazer alguns comentários.
O primeiro que me chamou a atenção foi "Dos Astros" (Xii! Agora todas devem saber quem sou!). Alice, eu também acredito em coisas do além, em signo, nos astros influenciando nossas vidas... Até aí tudo bem. Mas eu acho que se a gente tá aqui na terra é para aprender e evoluir (embora muitos regridam!). Bom, mas como evoluir se estamos presos a traços de personalidade do zodíaco?
Não gosto de dizer o que é certo ou errado, mas acredito que nosso caminho é sim influenciado pelos astros. Tá, e daí? Acontece que podemos seguir dois rumos. Uns optam por continuar presos e determinados às suas características zodiacais. Não se questionam e nem pensam em mudar. São os chamados "acomodados" espiritualmente. Outros, no entanto, procuram se aperfeiçoar e acabam desenvolvendo os outros signos. Complicado? Não, é simples. Existe a possibilidade da gente mudar internamente e isso só acontece quando estamos dispostos a isso. Acho que é por isso que existem as diferenças nos signos. Já é batido dizer que aprendemos cm as diferença, só que há uma grande diferenca entre preatica e discurso nesse planeta em que vivemos.
Bom, é melhor parar por aqui, porque daqui há pouco eu saio voando por aí e fica difícil voltar!

ps: Naftalina, você realmente é um mistério!




Ufa! ...

... Não fui a última! Eu só tava enrolando, mas agora que a Naftalina resolveu se pronunciar e só sobramos eu e a ??? achei melhor das as caras por aqui. Como eu já tinha comentado com a Akasha, não queria ser a última a escrever nesse blog. Ia ficar todo mundo pressionando, cobrando e, pior, criando expectativas =P E eu não gosto nada disso! Por isso deixei a preguiça de lado por uns instantes e me (es)forcei a digitar algumas palavrinhas.
O que posso dizer sobre mim? Hmm.. É difícil pq o blog é meio que um "diário", mas que qualquer um, QUALQUER UM pode ler! E isso me assusta um pouco pq não gosto de me expor. Não gosto de deixar as pessoas me conhecerem. O motivo eu não sei... Pode ser insegurança, vai saber? Na verdade, deve ser pq não quero me tornar uma pessoa previsível. Não quero também ser rotulada e ficar presa na identidade criada pelos outros (é meio o que a Akasha falou sobre a imagem). Sei lá! De qq forma, cá estou! E já tô falando demais =P
Agora só falta a ??? escrever! A última é a mulher do padreee..! Ih, mas acho que ela vai até curtir ser a mulher do padre, hehe...
Pronto! Missão cumprida =)

Kit

Olá, mundo!

Resolvi escrever, enfim. Enrolei até agora não sei bem porque. A desculpa para mim mesma era que não conseguia um pseudônimo que não fosse extremamente óbvio.O que não significa que eu pensasse que, com um apelido, ninguém saberia quem (ou o quê) eu sou. Como já percebi algumas vezes (em lugares que não conto onde), não consigo fugir de mim mesma. Toda vez que invento um personagem ou uma história qualquer, ou rabisco um traço no papel é sempre para falar de mim. Por isso, de duas uma: ou vocês saberão de cara quem sou, porque não consigo me esconder, ou eu sou realmente um mistério e ninguém me conhece. E, o pseudônimo... depois penso em coisa melhor.

Naftalina

quarta-feira, outubro 03, 2001

Dos Astros
Tá, pode parecer ridículo, mas eu acredito em astrologia. E isso tem uma explicação: acredito em astrologia porque acredito nas forças da natureza (e isso tem a ver com minha crença em magia também). Por causa disso, hoje eu estava lendo meu mapa astral e me senti um cocô. Sabe, ler aquilo e ver que é você mesmo, que não é uma coisa boba, que é certo demais pra ser mentira. Isso é terrível. De certa forma é acomodador, de certa forma tira a minha culpa: sou assim, fiz isso, porque é o que eu sou desde que nasci sob o signo de Aquário, com a Lua em Gêmeos e Ascendente em Áries. Ao mesmo tempo é determinista demais: por mais que eu tente nunca vou mudar porque é mais forte que eu, vem do Céu, dos Astros.
Não sei se devo acreditar em Destino. Sempre gostei de pensar que algumas coisas são pré-destinadas, que você tem um certo goal, mas que para chegar lá há n caminhos e esses caminhos é você quem escolhe. Hoje já não sei mais.
Há um mês minha vida mudou radicalmente. Tudo que ela e eu érmos em algumas horas deixou de ser. Foi horrível, porque meu ascendente em Áries não me deixa aceitar as mudanças com tranquilidade. E nessa hora em que as coisas mudaram, muito mudou dentro de mim. Principalmente minhas crenças. Abandonei muitas delas. E agora não sei se acredito mais em pré-destinação, em "you were meant for me". Talvez isso seja bom, pois me libertou de acreditar que tenho um objetivo certo na vida. Ao mesmo tempo me tirou um porto seguro. Não estou certa do que eu sou, do que quero ser, de para onde quero ir. Saber que alguém com uma capa longa e um livro acorrentado ao braço já havia escolhido por mim era reconfortante. Mesmo que eu não soubesse o que queria do futuro, haveria um futuro e um propósito para mim.
Agora tudo foi embora. O que eu era e o que eu seria, tudo ruiu. Só me resta me reconstruir.

Alice

P.S.: Segundo meu Mapa Astral, minha Lua em Gêmeos faz com que eu tenha afinidade pela escrita, pelo estudo e pela comunicação.

terça-feira, outubro 02, 2001

Carta a ... (ou se vocês preferiem: O dia que eu pirei de vez)

Eu não deixo de ter a sensação que não deveria estar te escrevendo isso, pelo menos não agora. Mas tenho pressa, quero as coisas hoje, por que o amanhã não existe. E depois, posso perder a coragem...
A primeira coisa é que eu estou abstêmia há muito tempo e isso com certeza pode ter influenciado a minha visão de mundo e percepção das coisas. Eu posso ter enxergado chifre na cabeça de algum cavalo, mas só você sabe se o que eu vi existe de verdade ou não.
A segunda coisa é que eu estou confusa demais. E você sabe exatamente do que eu estou falando. Não se trata de ter o mundo contra ou a favor de mim, mas ter eu mesma contra mim. A voz do mundo é fichinha perto daquela voz interna quando ela nos diz: " Não, isso não!". E essa voz, apesar de verdadeira, está cada vez mais contraditória.
A última coisa é que eu não espero uma resposta. Esta carta é mais um desabafo do que qualquer outra coisa que você possa achar que seja. Talvez você nem leia isso e, se ler, não perceba que é contigo que estou falando. Eu prefiro pensar assim. No fundo, o verdadeiro destinatário desta carta sou eu mesma.

Calliope, firme em seu propósito de ser a pessoa mais bagunçada do mundo ;-)
Para quem um dia foi criança...
...mais precisamente nos anos 80, como eu.

Nesse exato instante estou escrevendo de um labri cheio de pessoas nostálgicas que acabaram de descobrir o site infancia80.com.br e estão surpresíssimas com a quantidade de coisas bizarras que gostavam quando eram criança.
Imaginem a cena: um bando de pretensos jornalistas sérios (menos eu, que não sou nem jornalista nem séria) lembrando que assistiam He-man, compravam disco da Xuxa e pediam para a mãe levar no show do Trem da Alegria. O pior de tudo é que nós adorávamos isso!!!
Lá tem de tudo. Desehos animados e seriados, com seus respectivos resumos, personagens e temas de abertura em Mp3 (!), as bandas que faziam nossa cabeça e suas discografias (!!) e informações sobre o último Encontro Nacional Infância 80 (!!!). Da até para você ver fotos de um povo nessa tenra idade e mandar a sua também. E se a nostalgia for muito grande, você pode se juntar ao e-groups do infancia 80 (!!!!!!!!!!!!!!).
De um jeito ou de outro, entrem no site. Não importa o quão deperssivo você esteja, nem o quão sacal a sua infância foi (a minha não foi das melhores, garanto), você ainda vai dar umas boas risadas e dizer muitos "nossa!!!", "puxa!!" e "eu gostava disso?!?!"
E vai ser divertido.

Calliope