domingo, outubro 07, 2001

Não podia deixar isso quieto

Calliope, a última coisa de que eu preciso agora é alguém me dizendo o óbvio: que uma hora o que está me machucando tanto vai arrefecer e machucar menos. Mas isso não muda o fato de que fui eternamente maculada pelo que aconteceu. Não digo que esse foi o amor da minha vida: só poderei dizer qual foi o amor da minha vida quando chegar ao fim dela, mas tenho certeza de que me fechei um pouco e nunca mais vou estar apta a me entregar como fiz. Sexta eu estava conversando com um amigo sobre dores e sobre criar defesas, e sei que acabei de criar uma barreira que não vai deixar com que eu fique tão dependente, tão apaixonada, tão vulnerável... nunca mais...
Eu não disse que isso era insuportável. Talvez fosse insuportável para quem eu era, mas no momento em que se deu a ruptura eu mudei. Agora não sou mais a mesma, é difícil mas não insuportável. E à medida que estou mudando mais e mais, logo vai deixar de doer tanto.
Calliope, eu não sou burra, não sou mais uma adolescentezinha boba que acha que vai morrer porque terminou com o namorado. Minha vida e eu vamos além disso.
Não estou brigando com você, longe disso, mas não gostei da sua resposta, sorry.

Alice

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