segunda-feira, outubro 08, 2001

Sem-cama

O melhor de voltar para a casa da mamãe é ter um lugar quentinho, gostoso para dormir. Acordar de manhã e ter café pronto, barulho de gente na casa, refrigerante na geladeira, elma chips na despensa (sei que os dois últimos são porcarias, mas... eu não resisto: adoro comer porcarias, e me sentir imatura). São um monte de coisas que a gente só percebe depois que perde.
Dia desses de madrugada, entrei, fui ao banheiro e joguei o chiclete fora. Estranho... havia algo de estranho no apartamento. Será que eu estava no lugar certo? Milhões de caixas empilhadas, minha cama desmontada e jogada num canto, minhas roupas cheias de poeira, misturadas aos milhões de papeizinhos de bala que eu não consigo jogar fora. Aaaaaaah! Era o caos para uma menina que sempre gostou de ter as coisas no lugar.
No começo, foi terrível. Depois ficou pior. Mas, no fim, acho que estou me adaptando a viver em quatro metros quadrados (sério! acho que, se abrir os braços, derrubo alguma coisa), e meus livros perdidos em algum lugar da bagunça. Mas... isso pode até ter um lado bom. Quem sabe? Posso ficar menos apegada às coisas, aprendo a viver com menos. Ou não, e acabo decidindo acampar em algum cantinho da faculdade.

Naftalina
As Naftalinas naftalinae, para quem não sabe, são seres branquinhos e muito felizes que vivem dentro dos guarda-roupas. Para os humanos, elas parecem bolinhas sem vida, mas isso é somente porque, assim como na história da barbie assassina e dos brinquedos daquele filme da Disney, elas se fingem de mortas quando há alguém olhando. Elas têm também um super poder que usam para fugir de predadores, transportar-se para outros lugares ou simplesmente para isolar-se do mundo e meditar... Sumir.

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