sexta-feira, setembro 22, 2006

Ninguém quer trabalhar!

Gente, que história é essa de que não tem emprego por aí? Tem, sim! O que falta é ter gente decente pra trabalhar. Eu tenho uma vaga permanente aqui. E nunca consigo preencher. Já nem posso mais contar nos dedos da mão o número de estagiários toscos que já conheci.

O último ficou dois dias. No fim do segundo, a clássica frase, pelo msn: "podemos conversar na salinha?". A desculpa foi a melhor: "eu não tô acostumado a trabalhar 8 horas. Fiquei tão cansaaaado..." Tem dó! Achei até que tinha conseguido convencer o menino a ficar, porque ele tinha potencial, que trabalho era puxado em tudo quanto é lugar mesmo, que ele tinha sorte de trabalhar num ambiente legal e tudo. Mas ontem o maldito simplesmente não apareceu, e me manda um e-mail repetindo a ladainha de que não era o ambiente ideal pra ele e nhénhénhé. Gente, que é que acontece com as crianças de hoje em dia? Era um moço de boa índole, boa faculdade (pública!), que precisava da grana porque se sustentava aqui e não tinha oportunidade melhor que essa em vista. Mesmo assim, desencanou.

O que é que acontece, meu Deus? Será que o problema sou eu? Só sei que precisamos benzer o escritório, aqui. Cada gente louca que aparece. Só pra fazer uma listinha rápida, dos mais recentes (tomara que algum deles veja isso, e se toque):

1. Preguiçoso que bateu o recorde: apenas 2 dias de permanência no cargo!
2. Semi-gay paranóico que não entendia o que eu falava e demorava 2 minutos para responder se ia almoçar ou não.
3. Heavy-metal fedida que tinha problemas de auto-estima e não aceitava críticas. Pra piorar, comia esfihas fedidas. Mais um clássico das frases ditas em auto-demissões: "Eu sei que vocês precisam de um estagiário, mas agora vão precisar de dois."
4. Cara mais velho e loser que passava as tardes no UOL Esporte e mentia que tinha feito as coisas que não tinha feito. Quando levava bronca, fazia uma cara-de-paisagem-psicopata.
5. Gordinha fefeleca e riquinha, que achava que o nosso trabalho era capitalista demais para ela. Demitiu-se por e-mail, com um "sem mais".
6. Outra heavy-metal, não fedida, mas que gastava horrores da nossa grana ligando pro celular do namorado. Como o outro, também fazia cara-de-paisagem-psicopática.
7. Engomadinho que se achava o chefe, arrastando os pés pelo escritório e fiscalizando o trabalho alheio. Chegou a pronunciar a que virou uma clássica entre a gente: "mas que baita trabalho de estagiário que me dão, hein?". Se demitiu achando que seria demitido. Hahaha.

Ai, ai.
Conhecem alguém pra indicar?

Naftalina

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