quarta-feira, dezembro 12, 2007

A greve que estragou minha vida

Estou puta. Desde que eu tenho uns 10 ou 11 anos minha vida é regulada pelos seriados que eu assisto. Anos Incríveis, Amazing Stories, Party of Five, Arquivo X, 24, Lost, Heroes... dia de seriado sempre foi o melhor dia da semana e fim de temporada é sempre quando eu entro em depressão.
Quando apareceu Heroes, que passa exatamente quando Heroes e 24 estão de folga, achei que era a minha salvação. Isso até os filhos da puta dos roteiristas de Hollywood entrarem de férias. E agora, essa é a primeira semana sem Heroes por causa da greve. E enquanto ela continuar, não dá pra saber quando terei 24 ou se Lost só vai ter oito episódios e parar também.
E agora, o que eu faço da minha vida? Será que eu vou ter que beber mais? Assistir a seriados antigos (mas um episódio por semana)? Arranjar um namorado qualquer só pra preencher o tempo livre? Começar a ver novelas japas? Vou até Los Angeles pra dar porrada em todos os roteiristas até eles voltarem a trabalhar?
Não sei o que fazer... mas sei que estou bem puta. E triste... ô, vidinha besta...

Alice

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Menina freak dentuça

Gente, sei que não costumamos entrar aqui só para postar links, mas achei que valia a pena mencionar este filme. Lembrei de vocês, não sei por que.

Naftalina.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Para um certo São Paulino:

Eu sou corinthiana. Detesto futebol, soh vejo jogo da copa do mundo (e olhe lá!), nunca vi um jogo no estádio e não assisti a um unico minuto das partidas desse último capeonato brasileiro. Nao sei os nome dos craques, sejam do meu time ou de outros.

Mas sou corinthiana. Se tinha alguma dúvida disso, ela sumiu ontem com o final do campeonato e o rebaixamento do meu time para a sugunda divisão. Digam o que quiserem, eu realmente acreditava que o corinthians ia escapar dessa. Por que o corinthians faz essas coisas. Ele patina, faz merda, se fode todo, mas no último minuto escapa. No ultimo minuto se classifica. No último minuto ganha.

Mas não dessa vez.

Fiquei triste ontem a tarde. Muito mais triste do que achei que ia ficar. Sei que o corinthians já vinha cavando a propria cova faz bastante tempo, e que esse resultado não surpreendeu nenhum são paulino ou palmeirense. Mas pra mim, o corinthians ia dar uma de corinthians e se salvar do rebaixamento. Tinha certeza disso.

Não quero discutir os meritos nem as culpas desse resultado, mesmo por que (como não entendo nada de futebol) jamais saberia nem por onde começar. Só sei que fiquei triste, chateada mesmo, e isso me deu certeza absoluta de ser corinthiana. Com uma pontinha de orgulho, até...

Talvez o corinthians volte em 2009. Talvez não. Talvez ganhemos o campeonato brasileiro, a libertadores, quem sabe até um mundial algum dia desses. Talvez não. É nessa incerteza de não ser "o melhor", de nunca ganhar nem garantir nada com cinquenta rodadas de antecedencia, que mora a alegria e emoção de ser corinthiana.

Hoje não há alegria. Mas há a certeza de que, sendo o corinthians o time que é, terei as emoçoes e incertezas de sempre, pra sempre.

Digam o que quiserem, eu adoro isso. E amo ser corinthiana.

Monica

segunda-feira, novembro 12, 2007

10 coisas sobre o melhor festival do mundo

A gente tá tão acostumada com coisa ruim e malfeita, que quando aparece uma coisa boa é até esquisito. Foi assim naquele festival Planeta Terra. Eu não dava nada, e achei que seria mais um ajuntamento de shows mal-organizado, entupido e cansativo, com garrafinhas de água a R$5. Mas foi tão tão tão bom que eu precisava listar isso em algum lugar.

1. Era um lugar mega grande, cheio de galpões.
2. Eram dois palcos separados.
3. Os shows começaram na hora, sem aquela enrolação entre um e outro. Dava até pra saber que horas ir de um palco a outro para pegar tal e tal banda.
4. Não estava muito cheio. Consegui ficar lá na frente no show do Rapture sem morrer de esmagamento. Dava até para fazer dancinhas com as mãos -e olha que se eu me esticasse, podia até encostar na grade.
5. Tinha praça de alimentação com várias opções. Até pipoca e algodão doce. E as comidas e bebidas tinham um preço bem normal.
6. Tinha sorvete Rochinha, com o Rochinha gritando no meio da multidão "Rochinharochinharochinhaaa!". Foi lindo ver um carrinho de sorvete com o guarda-sol no meio de um monte de gente assistindo o show do Pato Fu.
7. Para amenizar o fedor, colocaram galhos de alecrim em toda a área dos banheiros! Ficou cheirosinho e fofo.
8. Tinha vááários lugares para sentar e descansar: pufe fofinho ao ar livre, pufe fofinho em um galpão coberto (com um monte de tvs para ver clipes sobre a programação) e um monte de área com grama.
9. Todo mundo ganhou um folhetinho com a programação para pendurar no pescoço e também um porta-bituca (!).
10. Tinha latas de lixo (reciclável e não-reciclável) e um monte de pessoas recolhendo os copos e bitucas (!!!) do chão. E eles eram fofos: vi um três mocinhos dançando empolgados enquanto cuidavam da limpeza.

Naftalina.

segunda-feira, novembro 05, 2007

Aflição

Eu tenho uma aflição gigante de quem escreve o meu nome errado! Não dos não sabem como escreve, porque esses não têm culpa nem obrigação de saber. Mas no orkut, email etc., onde meu nome está escrito lá CLARAMENTE com Z, e não S, tem sempre alguma anta que vai lá e faz questão de trocar as letras. Não sei se é burrice, desleixo ou se fazem só pra me irritar. Eu acho que é burrice. E esse tipo de gente cai uns 70 pontos no meu conceito cada vez que comete o erro. Será que sou muito chata? Bem, eu acho que não :P

Kit

quarta-feira, outubro 31, 2007

Ecochatice

Vou ao banheiro na empresa X. Naquele porta-toalhas-de-enxugar-a-mão, um adesivo:

"UMA TOALHA É SUFICIENTE."

Ok, tá certo, penso eu. Não preciso desperdiçar papel à toa. Quando viro para o espelho, outro adesivo:

"COM A MESMA TOALHA QUE VOCÊ ENXUGOU AS MÃOS, LIMPE A PIA."

Olha, que boa idéia, não é mesmo? Assim o banheiro fica sempre limpinho! Só que... a pia tá encharcada! Quando eu tento enxugar a pia com a toalhinha de papel (que já está molhada e não seca mais coisa nenhuma), acabo só espalhando a água e molhando de novo a minha mão. Mas tudo bem, ok, penso eu. Não preciso secar a mão. Basta chacoalhar um pouquinho e o meio-ambiente agradece. A pia não ficou tão seca assim, mas com o tempo seca sozinha.

Vou jogar fora o papel-toalha e...

"APENAS LIXO NÃO RECICLÁVEL."

Eita! Papel molhado é reciclável ou não é? Bom, mas não tem outro lixo. Deve ser aqui, mesmo.
Saio batendo as mãos na minha perna (para secar) e, em cima do interruptor:

"ANTES DE SAIR, OLHE PARA TRÁS. ESTÁ TUDO LIMPO E ARRUMADO?"

Argh!!!


Naftalina.

segunda-feira, outubro 22, 2007

Minha foto nos tablóides

Depois de dois livros do James Ellroy na sequência (Crime Wave e My Dark Places) comecei a pensar seriamente em quais são as minhas chances de ser sequestrada e morta por algum maluco. Fiquei com medo. Eu vou a bares, às vezes sozinha. Fico bêbada. Converso com pessoas desconhecidas. Posso conhecer algum cara que pareça superlegal e sair do bar com ele. Posso ser estuprada e morta em alguma ruazinha escura. Meu corpo seria jogado no meio de alguma plantação, numa rodovia ou no cemitério de Roppongi. O assassino seria um estrangeiro, com passagem marcada pro seu país no dia seguinte. Nunca seria achado. Meu nome ia entrar pra lista de crimes não solucionados. A foto do meu corpo ia ser publicada no Agora e censurada pela TV japonesa. Fiquei com mais medo quando lembrei de duas ocasiões em que isso poderia realmente ter acontecido.
Talvez eu achasse glamuroso virar um famoso caso de assassinato, mas ainda assim acho que vou parar de beber sozinha e falar com estranhos. Acho que estou ficando meio pirada.

Alice

segunda-feira, outubro 15, 2007

Duas coisas muito japas

1. Agradecer exaustivamente por qualquer coisa, por mais besta e insignificante que seja. Até nos momentos mais íntimos, como ir ao banheiro, acontece o seguinte: termina o papel higiênico e vem escrito no rolinho "毎度ありがとうございます" (maido arigatougozaimasu), que seria o nosso "Muito obrigado pela preferência". Scary.

2. Alimentar manias e neuroses com invenções meigas e bizarras. A mais recente foi um chaveirinho com bolhinhas que imitam o plástico bolha. A diferença é que você pode estourá-las ad infinitum!!! Adorei e quero um! Vejam aqui: http://www.asovision.com/putiputi/movie.html

Kit

quinta-feira, outubro 04, 2007

ELLEN!

(Trriiim de telefone)

- (atendo com meu nome)
- ellen!
- ellen?
- ellen!
- quem?
- ellen!
- não é ellen, é (meu nome).
- ellen!
- cara, vc tá ligando erradooo!!!
- ligando errado? aí não tem ellen?
- não.
- então me passa pra recepção.
- eu não sei como. liga no ramal tal.
- é assim assado. liga lá.
- ...

Arghquegentemaleducada.

Naftalina.

segunda-feira, outubro 01, 2007

Namoro 2.0

Gente, eu adoro o excel. E depois que descobri o Google docs and Spreadsheets não consigo mais viver sem. Tenho doc de anotação de coisas pra comprar, planilha de gastos do mês, diário de dor de cabeça... Tudo online, acessível de qualquer lugar.

E como o bofe também um baita nerd, a gente vivia se mandando e-mail para combinar as coisas da semana e do fim de semana. Daí que TCHARAM! resolvemos criar uma planilha online com a programação de coisas a fazer, separada por dia e tipo. Daí a gente pode ficar atualizando, acrescentando várias coisas e comentando, tudo ao mesmo tempo. Ele sugere um filme da mostra, eu coloco um comentário na frente, e posso vetar ou aprovar.

Não é lindo? Ou eu tô muito nerd?

Naftalina.

quinta-feira, setembro 20, 2007

Cocô mobile matinal

Ok. Mais um da série sobre colegas de trabalho toscos e adoráveis.

Todo dia de manhã eu chego, como meu pãozinho e depois vou escovar dente e dar uma ajeitada no cabelo, que esqueci de pentear antes de sair. Daí eu ouço, vindo de uma das cabininhas:

"...mas foi isso. Cheguei aqui umas oito e quinze. ... Não, não demorou muito. ... Vou sair e começar a trabalhar agora. Tem muita coisa hoje. ... Ah, eu também. Beijo. .... [CHUÁÁÁÁÁÁÁ DE DESCARGA] Tá bom. ... Eu também. Se cuida. Me liga. ... Tchau."

Daí seguem mais uns 15 telefonemazinhos românticos durante o dia. E como essa coleguinha é muito adorável, nós gostamos de imaginar alguns temas de conversa para ela ter assunto com o namorido:

"Ai, cai meu post-it."
"Irc! Queimei a língua com o café."
"Ui, tô me limpando agora."

Naftalina.

segunda-feira, setembro 03, 2007

As pessoas mudam

Nem sei se isso merecia um post, mas queria contar pra vocês. Eu sei que as pessoas mudam, e isso é bom. E mudam mais ainda quando conhecem outras pessoas e/ou começam a namorar com elas. O que me irrita é que as pessoas mudem a ponto de abandonar as coisas de que mais gostavam. E não admitam. Porque o mais fácil é falar que estão gostando de ser chatas assim. Sabem?

Tipo: tem esse amigo que sempre gostou de músicas bacanas e Bjork, por exemplo. E de repente, com esse afã todo de comprar ingressos, ele vem falar que não quer ir no Tim Festival. Provavelmente por que tá namorando uma menina que não tá nem aí pra isso nem para coisa alguma. E reparem: não é que ele não vá porque a moça não quer (isso seria demais para ele admitir), Ele fala que não quer. E é capaz até que, de tanto falar isso para os outros, ele chegue a acreditar nisso.

Pode?

Se eu estiver mudando assim (de novo, porque eu sei que já fiz isso antes), alguém me dê um peteleco no ouvido.

Naftalina.

quinta-feira, agosto 30, 2007

Tomei um champange de 3 mil dólares...

... e não achei a menor graça. Um cara chegou no bar com duas minas, hostess/putas/drink back girls (um dia escrevo sobre elas), e pediu um Dom Perignon Gold. Três mil dólares. Eu servi, abri a garrafa (com todo cuidado para não quebrar algo que valia mais do que meu salário) e ele me disse pra pegar uma taça e brindar com eles. Tomei e achei que não é tão melhor que qualquer espumante de ano novo. Tá certo que em geral eu não sou muito fã de champagne, mas não consegui reconhecer nada nesse aí que faça valer o preço. Claro que o cara não dá a mínima pra bebida. Ele só queria comer as minas e eles nem terminaram a garrafa e foram embora (para um hotel/motel, imagino).
O que me faz pensar: será que existem bebidas que realmente valem esse preço absurdo ou será que elas só servem para ajudar os homens a impressionar as mulheres fúteis?

Alice

terça-feira, agosto 28, 2007

Velha demais para essas coisas II

Eu liguei. Duas semanas atras. Ele disse "Estou trabalhando, bastante ocupado, mas jah estou com vontade de te ver de novo" (WTF???) ao que eu respondi "Tah, enão quando vc quiser, me liga e me chama pra sair"

Ele nao ligou. Eu também não. A girl can only take so much. Fui numa balada, fiquei com outro carinha, tentamos sair de novo, nao deu certo mas não importa. A fila andou.

Aih hoje eu recebo um email do primeiro fulaninho. Me ENCAMINHANDO um email de uns amigos em comum chamando pra sair. (Fuck Off!!!)

E assinando com "eu sumi, mas não esqueci"

Devo mandar ele a merda, certo? Alguem tem alguma objeção quanto a isso?

Monica

quinta-feira, agosto 09, 2007

Velha demais pra essas coisas

Sabe quela história? O cara não liga, aih você sabe que não deve ligar, mas fica morrendo de vontade de ligar mesmo assim e perde horas e dias grudada no telefone esperando o bendito telefonema? Checa de cinco em cinco minutos se seu celulat tah com bateria, se não tem msg de texto ou de voz nova? E o filho da puta não liga?

Aih você consegue, depois de um hercúleo esforço de vontade, não ligar, decide de vez que não vai ligar esquece que o fulaninho esxiste e jah começa a pensar em partir pra outra?

Aih o filho da puta liga. ÓDIO MORTAL!!! "To ligando só pra saber como você tah. vc tah legal? que bom! Então essa semana não te liguei pq tava trabalhando/fiquei doente/parente morreu/insira aqui sua desculpa esfarrapada favorita. Mas assim que eu resolver isso te ligo e a gente combina de sair ok?"

e o processo começa todo outra vez...

Isso quando você não cede e acaba ligando. Ou pior, mandando um email/torpedo/sinal de fumaça dizendo (talvez em outras palavras, ou com mais enrolação): "me liga".

Não dá vontade de bater com a cabeça na parede?

Monica, batendo a cabeça na parede

domingo, julho 29, 2007

Deu pau...

... no meu cérebro! Ele fazia tanto esforço na hora de dar um "switch" pra trocar de um idioma pro outro que agora tem vezes que ele desencana de funcionar. Escrevi num email pra uma amiga que tenho que "salvar dinheiro"; disse a um amigo que ele tava ficando mais "confidente"; e outro dia fiquei indecisa na loja e falei que ainda "não tinha feito a minha mente".
Já terminou o curso intensivo de japonês, e melhorar que é bom, nada.
Em vez disso, tenho me aperfeiçoado em outras línguas que dão ainda mais nó na minha cabeça.
Querem ver uns exemplos?
Em espanhol, chutar é "bater", e dar uma porrada é "dar um puñetaso"(!). Daí bater punheta é "volar o cometa" (algo do tipo "fazer o cometa voar", hahaha!). Bolo é "pastel", torta também é "pastel" e pastel é... ah, lá não tem pastel. Xícara é "taza", taça é "copa", copo é "vaso".
No português de Portugal, se algo não tem graça diz-se que "não tem piada". E se é muito legal, "é muito giro". Gay é "paneleiro" (porque os gays são muito barulhentos, sabe). Brega é "piroso". Ah! E em espanhol não existe um equivalente pra brega... isso explica muita coisa.
Voltando ao português, vassoura é "esfregão", e adivinhem quem é a mulher do esfregão? A esfregona, é claro! Significa esponja. Será que lá o Bob Esponja chama "Bob Esfregona"?

Kit, direto da Torre de Babel.
P.S. Se eu lembrar de mais alguma, posto aqui ;)

segunda-feira, julho 23, 2007

As mulheres mais toscas do mundo

Cada dia fico mais puta com as mulheres japas. Não é que elas sejam patricinhas e burras, acho q elas são mesmo é retardadas.

1 - Usam quilos de maquiagem (nenhuma sai na rua sem se maquiar, mesmo minhas amigas passam 4 tipos de máscara e 5 cores de sombra - ao mesmo tempo - só pra ir até a farmácia). Mas têm os dentes horríveis.

2 - Usam salto alto mas não sabem andar... têm as pernas tortas e pisam completamente torto, sempre parece que elas vão cair de cima do saltão.

3 - Amigo do meu amigo conheceu uma mina na internet. Antes de se verem pessoalmente, ela pergunta: vc quer ser meu namorado? O cara diz: não! E a próxima mensagem é: vc tem algum amigo que queira?

4 - Duas minas de uns 20 e muitos anos (se bobear, mais velhas que eu) aparecem no bar sempre com a mesma cor de roupa, sobem no sofá e ficam dançando, fazendo uma coreografia ridícula, sempre a mesma, que passaram a semana inteira ensaiando. E dia desses um cara perguntou pra uma delas se ela conhecia a música que estava tocando. Ela disse: sim, é minha música preferida. E ele perguntou quem era o artista. Ela: não sei.

5 - As mulheres nunca pagam a conta. Pedem uma bebida e se não tem nenhum amigo por perto pra pagar pra elas, elas simplesmente não abrem a carteira e dizem q vão pagar depois. E eu tenho que ir cobrar o dinheiro dos caras. Se o cara está dormindo, elas são capazes de acordá-lo só pra pedir dinheiro.

6 - Uma mina q trabalha comigo me mostra um anel: fiz meu namorado comprar pra mim, pq ele nunca gasta dinheiro comigo, sempre fala q não tem dinheiro. Mas estou meio puta pq fui checar e custou só 15 mil ienes (uns 300 reais).

7 - Mina 1: meu namorado não quer que eu trabalhe como hostess! Mina 2: então fala q ele deveria trabalhar mais e te dar dinheiro pra vc não ter que trabalhar com nada!!!

Alice, feliz por não ser japonesa

quinta-feira, julho 05, 2007

Search tools addicted

Já faz pelo menos uns dez anos que eu não sei mais como seria viver sem internet. Primeiro, era para conversar com pessoas e checar as novidades sobre coisas nerds. Depois, viciei em ler notícias, procurar informações, baixar música. Quando as conexões começaram a ficar mais rápidas, a onda era baixar os episódios do meu seriado favorito toda semana (isso muito antes do bittorent, quando os conhecidos que moravam nos Estados Unidos botavam os seriados na net só para os amigos e a gente demorava mais de um dia para conseguir baixar).
Agora, cheguei num nível extremo. Muitas vezes, quando estou conversando com alguém, fico com uma vontade louca de ter internet para checar alguma informação, tirar dúvidas sobre algum ponto polêmico (por exemplo, Edward Bunker escreveu 5 ou 7 livros?) ou procurar no dicionário o significado de alguma palavras. O bom (ou será pior?) é que já estou começando a fazer isso. Às vezes levo o laptop pro bar (que tem conexão wireless) e realmente vou conversando e mostrando, checando informações. Mas ainda não é suficiente. Será que vai demorar muito até a internet ser mais rápida ainda, todos os lugares terem conexão wireless e eu poder checar o que eu quiser no meu celular? Ou melhor, será que um dia eu vou ter um mecanismo de busca conectado ao meu cérebro para procurar qualquer informação que eu precisar no momento? Já pensou que ótimo poder publicar um post no blog só pensando no que gostaria de escrever?

Alice, que ainda não sabe se quer ou não nano-receptores acoplados a seu cérebro. Pode doer. E deixar a vida um pouco mais chata...

quarta-feira, julho 04, 2007

Mc Donald's multi-uso

Aqui no Japão ninguém vai no Mc Donald's só pra comer. Se vai com a turminha ou o namorado, ok: um bom bate-papo é suficiente para acompanhar a refeição. Mas se vai sozinho, não pode ficar simplesmente concentrado no seu hambúrguer. Tem sempre alguém lendo jornal, livro ou mangá. Tem menininhos fazendo o dever de casa e mocinhas retocando a maquiagem. Tem os homens de negócios (que aqui chamam de salarymen) digitando algo muito importante no notebook. E tá cheio de jovem apertando botõezinhos no celular. Eu? Bem, eu apenas como o meu lanche. Tento disfarçar lendo o papelzinho da bandeja mas está cheio de kanjis e não tem brincadeiras nem curiosidades legais iguais as que tem no Brasil. Penso em pegar o celular mas não quero importunar meus amigos com mensagens bobas, nem gastar dinheiro navegando na internet e muito menos jogar aquele monte de gamezinhos chatos. Então fico lá, comendo, pensando comigo mesma como o gosto daquele cheeseburger está diferente, tentando espiar o que o véio do meu lado está digitando no laptop dele: uia, é email! Tem até ponto de internet sem fio aqui dentro, legal... Ei! Aquele cara lá no fundo está à toa que nem eu... Fico feliz. Não dá nem cinco minutos e o cara se debruça sobre a mesa, pra tirar a sonequinha da tarde. Fala sério. E olha que não é só no Mc Donald's não, é em toda lanchonete, restaurante ou café. Parece que ninguém gosta de fazer nada enquanto come. Eu, que tenho cérebro de gorda, acho tudo isso bizarríssimo. Porque restaurante, pra mim, é lugar de comer, e só.

Kit, a inútil do Mc Donald's.

domingo, julho 01, 2007

Rodeio!

Um dia, por motivos de trabalho, acompanhei um evento de rodeio.
Os caras estão mais cuidadosos, falam que o animal não sofre, é bem tratado e que os defensores dos animais são muito radicais.
Ok, então deixa eu confinar esses caras, levar num caminhão lotado até um recinto. Lá, fazê-los esperar por horas atrás de um palco ouvindo um som absurdo sertanejo, assustador, fogos de artifício e baboseiras. Como não há espaço, uns acabam sendo pisoteados. Normal. Aí, de repente, eu abro uma portinha e eles vão ter que ir até lá. Ai, mas uns não entendem né? Vamos dar uns chutes pra ver se eles saem? Xii, não funcionou. Que tal uns choques?? Ah, agora sim.
Bom, eles não vão entender que precisam pular pra fazer a gente vibrar. Melhor prender o saco deles e apertar. Pronto, bem apertadinho. Agora eles pulam bonito, nossa demais!
Hum, ainda assim parecem calmos.. melhor dar uns chutes, puxar as orelhas com força, bater na cabeça. Que tal chutar a cabeça deles?? Machucar os olhos, botar o dedo? Pronto, parecem bravinhos. Vamos apertar mais o sedenho. Agora vai.
Uau, que show! O público se diverte. A criança grita comendo algodão doce "olha mãe, que legal!". Que maravilha!
Pouco importa se o animal sofre ou não, o que importa é ter mulherrrr bunita, churrasquinho, cerrrvejaa e Bruno e Marrone, uhuuu! Demais, isso que é vida!
É triste. Muito triste ver pessoas com vidas vazias, sem sentido, divertindo-se sadicamente com tão pouco.
Depois disso, comecei a pesquisar sobre o assunto e achei o Instituto Nina Rosa, que faz um trabalho muito bom em relação aos animais.
Ah, e soube que um dos sedenheiros, aquele cara que aperta o saco do boi, enforcou-se. Não deve ter suportado a infeliz profissão.
Bom, lembrei desse assunto porque ontem ouvi essa música e achei o máximo:

Odeio Rodeio
(Composição: Chico César)


Odeio rodeio e sinto um certo nojo
Quando um sertanejo começa a tocar
Eu sei que é preconceito, mas ninguém é perfeito
Me deixem desabafar

A calça apertada, a loura suada, aquele poeirão
A dupla cantando e um louco gritando “segura peão”

Me tira a calma, me fere a alma, me corta o coração
Se é luxo ou é lixo, quem sabe é bicho que sofre o esporão

É bom pro mercado de disco e de gato, laranja e trator
Mas quem corta a cana não pega na grana, não vê nem a cor
Respeito Barretos, Franca, Rio Preto e todo o interior
Mas não sou texano, a ninguém engano, não me engane, amor

Mulher do Padre

quinta-feira, junho 28, 2007

Cota de caracteres falados

Deve ser uma tendência de pró-atividade na nova geração de estagiários que está vindo por aí, sei lá o quê. Mas tem uns que TÊM que falar sobre tudo que acontece no escritório.

"Ai, recebi um spam."
"Ai, deu pau no word."
"Ai, teclei errado."
"Ai, deu uma fominha agora..."

E o pior é que não são apenas frases soltas. Se o ingênuo do colega de trabalho resolve responder com um comentário de solidariedade simpática "É mesmo, né...?", isso é pretexto para o carente estagiário contar a história da sua vida. A simpatia do colega gera pelo menos 10 frases desnecessárias e pouco instrutivas sobre a experiência do chatinho com os spams, words, teclas erradas e fominhas gerais.

Se pessoas fossem páginas da web o mundo seria bem melhor. Os estagiários, por exemplo, teriam uma cota limitada de caracteres para falar por dia. Teriam uma telinha colada na mão ou no pulso com a contagem regressiva: "203 caracteres restantes". E se o chatinho resolvesse falar mais do que isso, PÃ! O sistema travaria, e ele perderia a fala. E todo mundo ficaria feliz.

Naftalina.

terça-feira, junho 19, 2007

Tia

Conheci o alemão mais lindo do mundo... alto, magro porém fortinho, olhos mais verdes que garrafa de soda, estilinho Maximo Park... e só 20 anos.
Acho que tá na hora de começar a usar o creme anti-idade que a MP falou e dizer que tenho alguns anos a menos do que registra a minha carteira de identidade.

Alice

sexta-feira, junho 15, 2007

Uma calcinha de 3 digítos

Essa coisa toda (chata!) de dia dos namorados, blablablá, e resolvi entrar na loja "TG". Lá tem lingeries fofas e coloridas e divertidas e, principalmente, não-bregas. Fiquei experimentando mil coisas, empolgada com o novo emprego e o novo salário. Até que encontrei... tchanaaaaaaaam! (Aham. Não vou descrever a calcinha aqui. Seria demais pra mim).
Enfim, era linda e indecente e tinha um preço caro, mas ainda decente: $XX. Foi então que cheguei no caixa pra pagar, e a moça: "$XXX. Qual vai ser a forma de pagamento?"
O quêêê? Fiquei passada por, por... meio segundo. Será que minha bunda merecia tanto? Será que a supercalcinha me transformaria na Betty Page? Acho que não. E meu salário ainda não tava tão abundante assim.
Mas, mas... me deu vergonha de dizer que não queria mais.

terça-feira, junho 12, 2007

Power Freak Balzac!

Dia desses um mocinho vira pra mim e diz: "Você vai ser uma linda balzaquiana".
Fico sem reação e na minha mente: "Balzaqui o quê?????".
Foi o primeiro indício. Os trinta estão mais próximos que os dezoito.
Fiquei com aquilo na cabeça. Nossa, como o tempo passou. Quando me diziam que os vinte passam voando, eu nem ligava, achava besteira, mas to vendo q é verdade. A gente não percebe quando chegam e de repente, tão acabando!
Começo a ver muita gente da minha idade casada, com filhos, já mostrando os sinais da idade estampados nos trejeitos e no físico. Cremes anti-idade indicados para minha faixa etária, etc, etc.
Outra frase muito ouvida "Nossa, você parece mais nova!". Quando dizem q vc não tem a cara da sua idade... bom outro sinal da passagem do tempo.
MAS, é claro que não vou cair nessa cilada de 'vc não tem mais idade pra isso. Está na hora daquilo". Filhos? Nem pensar! Essas preocupações é que envelhecem!
Uma senhora vira e me pergunta: "E vc? Tá na hora de arrumar um namorado, casar hein?".
"Eu não, quero aproveitar muito a vida!". Ela "mas o tempo passa. Até quando vc quer aproveitar??". "Até quando eu cansar!". Pronto, encerra-se o assunto e ela nunca mais pergunta nada. E a próxima que perguntar vou falar "e vc, tá feliz com seu marido?". Se a conversa é pra se intrometer e palpitar, vamos lá, vou dar a minha opinião tb.
Quer saber? Vou fazer o tempo passar do meu jeito e curtindo o que quiser, com quem quiser, quando quiser e como quiser.

Mulher do Padre

sexta-feira, junho 08, 2007

Mundo cor-de-rosa

Gente, eu sempre achei que em relação à maioria das pessoas eu fosse uma moça moderna e open-minded, que por mais que jamais tivesse coragem ou vontade de fazer certas coisas, olharia com naturalidade aqueles que o fizessem. MAS o mundo é muito, mas muitíssimo mais freak e bizarro do que minha mente era capaz de imaginar, e agora estou me sentindo o ser mais puro, careta e inocente do planeta. Ok, nem tanto, afinal sei de várias criaturas que vivem num mundinho ainda mais cor-de-rosa que o meu, mas enfim, estou meio tonta. Não sei se é por essas coisas existirem ou por eu não conseguir absorver bem toda essa informação. Talvez esteja na hora de fazer um upgrade nos meus conceitos.

Kit, reloading.

quinta-feira, maio 24, 2007

Figuras de bar

- Japonês gago.
- Bêbado que dança com a bunda pra fora.
- Bêbada que cai no chão, mostra a calcinha e deixa os peitos pularem pra fora do decote.
- Homem que aparece todo sábado, usando roupa social. Coloca um laço vermelho no pescoço e tem um tique nervoso.
- Traveco.
- Galera que aparece no Speed Dating para falar por 5 minutos com 30 pessoas do sexo oposto e tentar arrumar um casamento.

Como diz minha amiga, esse bar é igual curva de rio. Pára de tudo. Trabalho mais divertido do mundo.

Alice

quarta-feira, maio 16, 2007

Me sentindo amada

Pra deixar registrado o momento de mais genuína felicidade da semana (e é só quarta-feira!).

Eu: "Me vê um cappuccino?"
... (tempo)
Moça traz o cappuccino.
Moça coloca o pote de açúcar mascavo do meu lado.
Moça: "Trouxe antes de você pedir."

Por que nem todo mundo faz seu trabalho tão bem quanto poderia? Essa moça devia ser chamada para o Aprendiz, meu Deus.


Naftalina.

sexta-feira, maio 04, 2007

Privacidade zero

Como é que tem gente que não se importa de expor toda a vida (sexual, até) para os colegas do escritório ou para todo que tá online no MSN?

É uma praga das secretárias que já passaram aqui pelo trampo. Ficam papeando sobre namorados e gravidezes e blablabla no telefone na frente de todo mundo. Coisas do tipo: "Ai, mas jura que aquela vaca disse isso? Ela vai ver!" ou "Com que roupa você vai? Ai, eu não posso ir direto daqui. Estou com uma roupa uó. Aquele sapatinho escarpin marrom da José Paulino, sabe? Não dá."

Quando não é por telefone, é ali no cantinho da copa, esperando a comida esquentar: "Ai, não! Claro que eu não tô grávida. Mas bem que eu queria, sabe? O Ju..."

E tem também o descaramento via MSN. As secretárias vão lá e trocam o nome delas no nick por coisas do tipo: "É hoje! Vou te ver de novo, meu amor" ou "Coração partido. Não confie em quem não te ama demais". Mas o melhor foi o nick da secretária-balofa-chata no dia em que levou um baita esporro da chefe e a gente teve certeza ela ia ser despedida: "Livre para voar".

Alguém diga para essa pessoas que ninguém tá interessado na vida delas, por favor! Ainda se falassem alguma coisa interessante!

Naftalina.

segunda-feira, abril 23, 2007

Estorvo

Descobri que a coisa que mais atrapalha minha vida sao os homens. Passei uns dias de ferias deles, sem falar com nenhum mocinho, sem nem pensar em ficar com ninguem e estava trabalhando superbem, pensou melhor, tudo otimo. Dai, de repente, todos vieram atras de mim ao mesmo tempo e estragaram tudo. Perdi o trem por causa de um, fiquei acordada a noite toda por causa de outro, nao consegui fazer a materia que tinha que fazer no dia seguinte, depois ainda voltei pra casa arrasada por culpa de um terceiro e agora preciso terminar um texto e nao consigo por causa do homem mais importante de todos. Decidi. Chega de homens nessa minha vida. Vou comecar a ocupar todo o tempo que eu passo pensando neles com outras coisas mais importantes. Alem de trabalhar melhor e ganhar mais dinheiro, ainda vou parar de sofrer por casusa deles.

Alice, celibataria a partir de hoje

P.S.: Eu juro que quero fazer mesmo isso, mas daqui a pouco tenho que ir trabalhar e la so tem homem gostoso!!!!!! Acho que vou ter que ir pro trabalho sem oculos, pra nao enxergar nada!

sexta-feira, abril 13, 2007

Should I stay or should I go?

Desde que eu fiquei desempregada eu andei pensando em voltar para o Brasil. Afinal, o que eu vou ficar fazendo aqui, do outro lado do mundo, sem emprego, sem dinheiro, sem onde morar? Mas aí resolvi que eu queria ficar um pouco mais aqui, porque ainda não vi o suficiente, porque ainda tem muito que experimentar, conhecer, aprender.
Fora que meus amigos daqui ficam falando para eu não ir, que aqui é bacana e que eles vão sentir minha falta se eu não estiver.
Mas aí, nos últimos dias três grandes amigos do Brasil me disseram para voltar. Não só porque eu estou perdida na vida, mas também porque sentem saudades. ? eu também sinto. Muitas, o tempo todo. E ainda não sei o que fazer. O que vocês acham?

Alice

sábado, abril 07, 2007

Desespero


Essa semana fui ver as flores de cerejeiras. Fui sozinha, o dia estava meio feio e bem frio. E mesmo assim foi lindo. Muitas, muitas arvores, enquanto o vento batia as petalas caiam em cima das pessoas, tomei uma cerveja, fiquei ouvindo uns carinhas tocar um jazz... tao bonito que me deu um desespero. Porque as flores de cerejeiras duram so uma semana. E depois, so ano que vem. Ou seja, talvez seja a ultima vez que eu veja isso.... nao sei se vou estar no Japao daqui um ano e nem se um dia vou voltar pra ca na primavera. E pensar isso me deu uma tristeza tao grande. Eu quis chorar... pq as coisas tem que ser tao efemeras? Mas, por outro lado, se fosse permanente, talvez nao fosse tao bonito. Tem coisas que so sao bonitas pq acabam. As vezes, a gente precisa sentir falta pra perceber como as coisas sao importantes.

Alice

P.S.: nao tem acento pq to no cyber cafe e ai o teclado e em japones...

domingo, abril 01, 2007

O Japão não conhece o Uruguai


Sério mesmo. Ontem apresentei um amigo uruguaio para uma amiga japonesa e ela perguntou onde é que ficava esse tal país. E esse mesmo amigo disse que aqui no Japão já falaram até "Uruguai, aquele país da África?".
Fiquei chocada. Porque pra mim o Uruguai sempre foi logo ali e Montevidéu sempre me pareceu tão grande quanto Lima ou La Paz. Nunca imaginei que alguém pudesse não saber onde ficava o país - se ainda fosse Guiana Francesa ou Myanmar.
E ainda fiz o teste. Argentina, Peru e Chile a minha amiga conhece. Não consegui chegar a uma boa teoria sobre o porquê disso. Alguém sabe me explicar porque o desprezo pelo Uruguai?

sexta-feira, março 23, 2007

Livre, leve e solta

Pedi demissão. Semana que vem é a minha última nesse trabalho. E, pela primeira vez na vida, fico assim, tão perdida - do outro lado do mundo, sem emprego, sem casa pra morar, sem saber o que vai ser de mim amanhã.
Mas, quer saber? Até que estou feliz com isso. Dá uma certa leveza pensar que eu posso fazer o que quiser. Trabalhar de garçonete, apertando parafusos, dando comida pros pandas (esse é o emprego dos meus sonhos!)... e, se nada der certo, ainda posso voltar pro Brasil. Ou, quem sabe, importar o know-how brasileiro e abrir um novo negócio no Japão. Tipo limpar vidro de carros, fazer malabarismo no sinal ou sair perguntando ´você gosta de poesia´? Enfim... pela primeira vez eu sei que posso ser o que eu quiser. O que é bonito, mas também assustador.

Alice

quinta-feira, março 15, 2007

Pode ver Playboy?

Eu acho Playboy uma coisa engraçada. É legal folhear de vez em quando. Faz um tempinho, ficamos eu e o meu moço vendo o piercing na bendita (lá mesmo) da Karina Bacchi. É claro que eu ficava comentando que ela era tosca e que "Essa eu não pegava de jeito nenhum". Ele não tinha a mesma opinião, claro. Mas nós dois concordamos que preferimos, de longe, a Angelina Jolie ou a Natalie Portman. Então fui saber que tem quem ache um absurdo o respectivo ficar vendo foto de mulher pelada em revista, a ponto de dar chilique.

Daí eu tava matutando sobre isso e, como sempre acontece, aparece alguém discutindo sobre algo parecido pra confirmar ou refutar o que eu tava pensando. O segundo caso é: dar notas para as meninas na rua. É cretino e muito coisa de menino, mas eu aceito, e acho engraçado: "Top 5 às minhas duas horas". Ainda não sei se isso me incomoda ou não, mas não ligaria muito se o meu moço fizesse a mesma coisa. É claro que tem níveis. Quando estiver andando comigo, pode até concordar com o amigo que a fulana que passou do outro lado da rua fica no top 10 de peitos, mas por favor não vá comentar que "baita peito gostoso". Humpft.

Naftalina

White Day, dia de voltar a ser adolescente


Minha mesa no trabalho no fim do White Day


No Japão é assim: no Valentine´s Day as meninas dão chocolate para os meninos (para os paqueras e para os amigos, mas quando tem um interessa a mais no mocinho, o chocolate é mais caprichado).
Aí, um mês depois, em 14 de março, os meninos retribuem e dão chocolates para as meninas (dizem que quando o chocolate é branco tem algum interesse. Eu ganhei um... será que significa alguma coisa?).
Eu fico meio revoltada, pq a mulher tem que mostrar primeiro que está interessada e passar um mês inteiro esperando para ver se o carinha vai dar algum presente pra ela...
Mas, enfim... eu ganhei um montão de chocolates, recebi um até pelo correio. Só que justo o carinha de quem eu esperava ganhar um chocolatinho (de preferência branco), não me deu nada!!! Fiquei frustradíssima... e me sentindo com 15 anos de novo... brava com o moço pq ele não me deu chocolate. Até falei que nunca mais ia querer nada com ele... Não que eu esteja apaixonada ou coisa assim, mas achei que ele me daria um presentinho nem se fosse por consideração ou só como amiga. Mas depois eu vi como eu estava sendo retardada e parei com essa babaquice. Agora, a minha preocupação é não comer todo o chocolate de uma vez pra não virar uma gorda espinhenta (porque aí sim nenhum mocinho vai me dar presentes).

Alice

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Você já viu isso no Brasil?

(ou em qualquer outro lugar do mundo que não seja o Japão?)

The sudden death of a Hokkaido pediatrician who reportedly worked more than 100 hours of overtime in a month has been recognized by the Hokkaido Labor Bureau as a case of karoshi, or death from overwork, it was learned Friday.
The man died from heart disease at his home on Oct. 6, 2003. He was 31 years old.

http://www.yomiuri.co.jp/dy/national/20070224TDY03006.htm

Eu não... assustador é que tem até uma lei que regulamenta quais são as condições em que se pode dizer que alguém morreu por excesso de trabalho (se não me engano, é se ela fez mais de 80 horas extras no mês anterior à morte). Melhor ser meio vagabundo, pobre, mas feliz, do que trabalhar feito louco, ficar rico, mas morrer com 31 anos.
Concordam comigo?

Alice

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Uma hipocondriaca no primeiro mundo


Hoje troquei o trabalho pelo hospital. Acordei me sentindo meio mal e resolvi tentar ir ao médico por aqui. Achei um International Catholic Hospital, que tem médicos que falam inglês - tinha que ser assim, pq pra eu explicar meus sintomas em japonês não rola. Fui lá e... ADOREI!
Primeiro, a recepcionista foi superlegal e atenciosa e fez na hora um cartão do hospital pra mim. Chique demais. Daí, fiquei esperando o médico me chamar. Demorou, mas acho que é porque só um dos médicos falava inglês. Quando ele me atendeu, foi superfofo também. E aí mandou eu fazer exame de sangue e urina. Fui no andar debaixo, tirei sangue (e a moça fez muito bem, não doeu nem ficou roxo) e ganhei um copinho de papel, igual de café, para fazer xixi. Dentro do próprio banheiro tem uma janelinha. Vc enche o copinho, bota na janelinha e alguém pega do outro lado. Quarenta minutos depois o resultado já estava pronto. Voltei no médico, que foi ainda mais fofo, me explicou tudo direitinho, ainda ficou puxando papo comigo sobre o Brasil e porque meu sobrenome era japonês. E aí me receitou cinco remédios, um para cada sintoma, e me deu uma pastinha.
Fui até o caixa, porque agora era hora de pagar a conta, e moça me ensinou: toda vez que eu ganhar a pastinha, coloco ela em um escaninho no balcão, espero cinco minutos, ninguém vai dizer nada, mas depois desse tempo eu vou até um caixa eletrônico que tem do lado do balcão, coloco meu cartão e aí a máquina já me diz quanto eu tenho que pagar. Fiz tudo isso, enfiei notas e moedas na máquina (também podia passar o cartão de crédito se quisesse), recebi meu troco e meu recibo.
Depois disso, atravessei a rua e entrei na farmácia com a receita que o médico me deu. A moça pegou o papel, me fez esperar um pouco e me deu um envelope, com a quantidade certinha de compridos que eu preciso para os cinco dias de tratamento, uma caderneta tipo a de vacinação, falando quais remédios eu tomei hoje, e um papel (esse aí do lado), com fotos dos remédios, pra que serve cada um e como eu devo tomar. Fala se não é muito bom?
Eu nunca saí tão feliz do médico! E com certeza antes de ir embora vou ter que ficar doente de novo, só para poder usar meu cartão do hospital!

Alice, doente, mas feliz

P.S.: esqueci de contar o que eu tenho. É infecção intestinal e urinária. Devo ter comido algo podre que fez mal pro corpo inteiro. Afe!

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Promessa de ano novo chinês


Domingo começou o ano 4705 segundo o calendário chinês. Então, vou aproveitar a oportunidade para fazer uma promessa de ano novo. Até o fim do ano do javali, não vou mais beber feito louca. Chega de acordar de ressaca, cheia de hematomas e sem lembrar de metade da noite. Sabe quando a galera que tava na festa com você começa a contar as coisas e você não tem a menor idéia de que aquilo aconteceu? Pois é... não quero mais isso!
Então, tá feita a promessa. E se eu voltar a beber aquele tanto todos meus amigos podem me dar um beliscão na bunda, um tapa na cara e ainda me deixar de castigo num canto.

Alice

P.S.: Não é nada disso que vocês estão pensando. Não fiz nada de (muito) errado ou envergonhante. Mas acho péssimo ter amnésia alcóolica. E ainda ficar com dor de estômago pro resto da semana e com suas roomates querendo te expulsar porque já fazem três dias desde a festa e a casa continua com cheiro de cinzeiro...
E esse cartaz está em chinês e não em japonês, antes que me perguntem o que está escrito.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

O país que odeia estrangeiros

Imaginem uma pessoa entrando em um café, uma lanchonete ou uma loja de qualquer coisa no Brasil e falando com sotaque, explicando que não é brasileira. A primeira reação do vendedor seria perguntar de onde a pessoa é e querer puxar papo, não? No Japão, quando alguém diz que não é japonês, principalmente se tem cara de japa igual eu, o pessoal trata mal.
Quando eu digo esse tipo de coisa, tem gente que acha que eu estou exagerando ou que eu é que não gosto do Japão. Mas, essa revista aí mostra que o pessoal aqui realmente não quer saber de gaijins.
O nome da revista é "Os crimes mais incríveis cometidos por estrangeiros – arquivo 2007". E uma das chamadas são aspas do chefe de polícia do Japão dizendo: "neste ano, todos seremos vítimas dos estrangeiros!".
Parece piada, mas é sério. Comprei a revista, vai virar matéria aqui no jornal em que eu trabalho. Ela faz um top 10 dos piores crimes cometidos por estrangeiros durante o ano, fala de brasileiros, americanos, chineses, coreanos, colombianos, peruanos… Faz até uma reconstituição em mangá dos crimes. E todos os estrangeiros têm cara de maus, muito maus, quase zumbis. Fiquei chocada. O pior é que ela é vendida em qualquer lugar, eu comprei numa livraria estilo FNAC. Mas também tem em lojas de conveniência. Já estou imaginando os japoneses lendo isso e morrendo de medo de qualquer estrangeiro que chegue perto.
E aí hoje, com a revista em mãos, eu virei para os meus colegas de trabalho e perguntei: se não somos bem-vindos e se os japoneses nos odeiam tanto, o que a gente tá fazendo aqui? Ninguém soube me responder…

P.S.: Tenho que me retratar… a capa é escandalosa, as matérias são sensacionalistas, mas nas páginas preto e branco tem textos falando que talvez a culpa por tantos crimes seja da sociedade japonesa, que trata os estrangeiros de países subdesenvolvidos como escravos. Até que o editor pode ter vontade de abrir uma discussão sobre a situação dos estrangeiros, mas quem lê, só lê mesmo as partes sensacionalistas, coloridas, as novelizações dos crimes, e fica com uma impressão horrível!

Alice

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Rumo ao serengueti

Quero ir pro Serengueti. Viver numa savana africana deve ser muito mais fácil. Lá você sabe quem é predador, quem é presa, quem é o que de quem. Sabe como lidar com todos: do leão você foge, ou ele te come. Pra hiena você não ri, ou ela te persegue. Os crocodilos você deixa quietinhos lá tomando sol, e não provoca. Dos elefantes não precisa ter medo: é só ter cuidado pra não ser pisado ou esmagado por uma bundona, e ficar longe se eles disparam a correr por algum motivo.

Mas o mais importante de tudo é que lá leão é leão e pronto. Não finge ser gnu ou zebra. Para caçar ele tem estratégia; se esconde, vem de mansinho e depois dispara. Mas não engana ninguém. Não tem mistério, não tem joguinho, não tem nem como um bicho ser falso pra outro bicho. Se o leão aparece, ele te come, e pronto. Morreu. Ele tampouco vai dar só uma mordidinha e ir embora experimentar outros sabores de carne. Você vira um bifão, não tem choro. Acabou, e vai pro céu.

O Serengueti é a interface mais WYSIWYG* que existe! Quero ir pra lá.


Naftalina.

*What you see is what you get.

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Suicídio no trem

Ontem eu estava voltando para casa de trem no final da tarde quando de repente ele pára. Eu entendi que tinha acontecido um terremoto e por isso duas linhas foram paralisadas. Como o cara não falou quanto tempo ia ficar parado e nem disse que logo voltaria, eu resolvi sair do trem e dar uma volta, tomar um café... As linhas só voltaram a funcionar uma hora depois. Fiquei pensando que era um baita de um terremoto e quando cheguei em casa fui checar se não tinha nada caído ou quebrado. Mas, depois, descobri que eu tinha entendido errado. Não era terremoto (jishin) e sim um acidente humano (jinshin jikko): ou seja, alguém pulou na linha do trem e demorou uma hora para conseguirem recolher os pedacinhos do corpo...

Se pensar bem, uma hora até que é pouco. No Brasil demoraria bem mais para voltar a funcionar se alguém se jogasse na frente do metrô. Por outro lado, aqui já é tão comum as pessoas se matarem desse jeito que o pessoal já tem prática em recolher corpos na linha. Aliás, o que mais tem no Japão é suicídio. Até criancinha se mata...

Acho que todo japonês deveria ser obrigado a tomar Prozac pra ficar menos neurótico!

Alice

sábado, janeiro 27, 2007

Há um pouco de Garota Enxaqueca em todas nós

Conversa com um amigo semi-canalha (mas bacana), no msn.

Eu: Argh, isso que você falou é "muito homem".
Ele: E é?
Eu. Claro. Mas não tome como um elogio, como se eu tivesse te chamando de "muito homem", "macho pra chuchu", essas coisas.
Ele: Haha. Claro que não. Eu não sou petulante a ponto de achar que isso seria um elogio. Principalmente vindo de você.
Eu: ....?
Ele: Se você dissesse algo do tipo, normalmente seria seguido de uma crítica.
Eu: Irc! Essa é a imagem que eu passo?
Ele: Sim, é. Mas no bom sentido.
Eu: ...
Ele: Vá lá. É melhor que a minha imagem.
Eu: Isso é.


Naftalina.

P.S. Saudades de a GE ficar pentelhando a gente.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Mudança de sexo no Japão

Hoje descobri que existem 70 mil transgêneros no Japão. Bastante para um país tão cheio de preconceitos (para vcs terem uma idéia, aqui um casal gay NUNCA anda de mãos dadas na rua).
Mas o melhor mesmo foi descobrir quais são as exigências para um transgênero mudar os documentos...

A person may change their gender on the koseki if they are above 20 years old; are presently single; have no child; have no testicles or have persistent lack of testicular function; and have genitalia with similar appearance to that of the opposite gender.

Imagina o cara que fez a mudança de sexo mostrando a genitália pro juiz... Isso sim é FREAK.

Matéria completa aqui: http://search.japantimes.co.jp/cgi-bin/fl20070123zg.html

Alice

terça-feira, janeiro 23, 2007

Há pessoas puras na China

Vi essa notícia e lembrei de vocês (mais especificamente, da Mulher do Padre). Dá até vontade de acreditar na bondade das pessoas. Coisa fofa.

Ladrão devolve celular após SMS comovente


Naftalina.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Um subordinado para amar

Subordinado é uma palavra hostil, mas eu acho engraçado falar assim e ainda não achei coisa melhor. Pois: eu vivo reclamando pra vida de como é difícil encontrar gente pra contratar, certo? Afe, casa pessoa louca, cada gente burra e cada gente até... fedida. Mas há subordinados que são tudo de bom e fazem do escritório um lugar mais lindo e feliz. E achei que valia a pena mencionar algumas coisinhas pra todo mundo imitar e fazer do mundo um lugar mais lindo e feliz também. Lá vai:

1. O subordinado do bem é seu amigo. Ele vai ali na conveniência comprar Smirnoff Ice com você, te arruma VIP pra balada, mas não confunde as coisas. Conta milhões de piadas (sarcásticas!) no MSN, mas vai trabalhar quando precisa.

2. Ele usa roupas legais, é fofo e deixa o ambiente visivelmente agradável. (Tá, é fútil. Mas se for pra olhar todos os dias para alguém, melhor que seja assim, não?)

--> e por último, o mais fantástico e raro de todos os hábitos, e o que inspirou este post:
3. Se ele vê que você está preocupada com o resto da equipe (e em mantê-la), te chama de canto para dizer o quanto está gostando de trabalhar ali. Diz que adora o trabalho, adora a equipe e que pretende continuar com você para sempre! (Tá, exagero meu. Mas é mais ou menos por aí). Tudo pra deixar o clima mais tranquilo, para que você saiba que pode contar com ele.

Ai, ai.
E viveram felizes para sempre e não toco mais nesse assunto. Ufa.

Naftalina,
que acha que é chefe (principalmente semi-chefe) que sofre mais.

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Japonês é tudo louco

Não sei se a imprensa brasileira deu destaque pra dois casos que aconteceram nos últimos dias aqui no Japão. Primeiro, um cara de 21 anos matou a irmã de 20, dividiu o corpo em vários pedacinhos e guardou em sacos plásticos. Depois, uma mulher matou o marido, também esquartejou e jogou um pouco em cada canto (enterrou a cabeça no parque, jogou o braço no lixo...).
Veja bem, dizem que o Brasil é violento, mas essas coisas não são frequentes. E os jovens não costumam se matar a todo momento. O Brasil tem bastante bandido, mas o Japão tem muita gente louca.
Um exemplo é a velhinha que mora no andar debaixo do meu. Ela é doidinha. Corre atrás de mim no corredor, fica conferindo meu lixo e tem um café. Só que o lugar é escuro, sujo... nunca vi uma pessoa entrar lá. E não estou exagerando. Nunca vi mesmo! Ainda assim ela passa o dia todo sentada no café, com o cachorrinho do lado. Até aos domingos ela fica lá e no ano novo colocou uma plaquinha dizendo que estava fechado por causa do feriado. Se ela não é louca, ninguém mais é.
E hoje o repórter aqui do jornal onde eu trabalho ligou pra cá desesperado. Ele mora em outra cidade, Nagoya, e o vizinho dele é um cara nacionalista, que odeia estrangeiros. O meu colega aqui é brasileiro, sem nenhum traço japonês. Hoje, o cara surtou. Pegou uma faca (juro!) e ficou gritando e batendo na porta do cara por 40 minutos. Depois cansou e voltou para o apartamento dele. Meu colega ficou apavorado. Assim que o velhinho deu uma trégua ele saiu correndo de casa e ligou pra cá. Se eu fosse ele só voltava lá com escolta e só pra fazer a mala e ir embora de vez. Que medo!
Acho que o problema é que a educação aqui é muito rígida. Exigem tanto das pessoas e ninguém tem a oportunidade de falar, de reclamar e nem de ser feliz. Por isso que as pessoas surtam. Eu tenho que ir embora daqui antes que eu também fique louca. Ou vire vítima de uma dessas pessoas loucas.

Bom, leiam as matérias pra verem que eu não estou mentindo.

Japonesa mata marido e espalha pedaços por Tokyo


Jovem mata e esquarteja a própria irmã


11-year-old hangs self in school toilet


Alice

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Baita cidade feia

Uma das minhas diversões diárias era vir andando para o trabalho e cumprimentar as mulheres bonitonas que eu via pelo caminho, (com sorte, via algum homem bonitão também). "Oi, Ana Hickman! Olá, Mila e Eva Green! Puxa, uma mulher gigante de lingerie... Oi, cara da Luciana Curtis. Oi, Kate (Moss). Ooooooi bonitão de cueca!"

Mas agora tá muito sem graçae triste, porque só vejo um monte de prédios feios com a marquinha quadrada de onde tinha um outdoor. Eita cidade besta.

Naftalina.

domingo, janeiro 07, 2007

Hoje chorei pra caralho

Eh... quase um ano depois, isso ainda tah acontecendo. Com menos frequencia, claro, mas ainda.
Dessa vez foi por causa do testimonial no Orkut. Bobagem. Tava lendo outros textos e aih aparece... Primeiro o da irmã dele, depois o dele. Aih não deu pra segurar mesmo...

Não pensei que ia ser assim tão dificil. Achei até que o pior já tinha ido. Poxa, eu tranquei faculdade, larguei emprego, voltei a ficar deprimida e engordei 15 quilos. Isso não é luto suficiente por alguem?

Eu sei que homem nenhum merece que a gente sofra assim por ele, mas nem acho que este seja o caso. Não estou sofrendo por ele, estou sofrendo por mim. Pelas coisas que eu perdi, os sonhos que não vão acontecer.

Hoje tbm cortei mais um fio do cordão. Faltam poucos, bem poucos agora. Mas realmente já era tempo de eu ter me desvencilhado totalmente da lembrança dessa relaçao.

Ai ai, agora eh esperr pra ver o que acontece...

Monica