quarta-feira, setembro 29, 2004

Ctrl+Z

Queria viver dentro do Photoshop. Quando uma coisa não está lá essas coisas, a gente pode acertar as curvas, retocar, mudar brilho, contraste, recortar, selecionar, inverter, jogar fora o que não está tão legal, aumentar, diminuir, mudar de layer e até dar um "free transform".
As coisas boas e indispensáveis a gente coloca no "background", onde você não pode mexer, recortar, deletar e nem tansformar.
Mas o bom mesmo era ter o Ctrl+Z e o History. Quando a gente acaba de fazer alguma merda ou diz o que não deve, Ctrl+Z imediatamente. Agora, se chega no fim do processo e você não sabe onde foi a cagada, Show History e você vê todos os passos que levaram até lá. E aí pode excluir aqueles que não foram bem sucedidos.
Ia ser tão mais simples... Nada de sentimentos de impotência e culpa. Nada de grandes arrependimentos. Sem essa sensação maldita de não saber como consertar as besteiras. Sem precisar viver com a certeza de que tudo poderia ter sido diferente e melhor...

Alice

quarta-feira, setembro 22, 2004

Parabéns atrasado

Foi ontem mas só hoje tive tempo de escrever. Parabéns para o blog! Nem parece, mas já faz 3 anos que a gente escreve aqui. O primeiro post foi da Garota Enxaqueca, que na época assinava Akasha.
Relendo as primeiras coisas que a gente escreveu vejo como o blog mudou e nós mudamos. Antes a GE achava que o blog deveria ter textos polêmicos. Eu achava que deveriam ser posts reflexivos. Hoje, a gente só conta histórias e fala bobagem. Da minha parte, acho que porque a cada dia que passa eu penso menos sobre tudo. Emburrecimento gradual e ininterrupto.
Além disso, hoje já não somos as 7 universitárias desencanadas. Primeiro porque algumas já não são universitárias e também porque o peso da idade está nos tornando cada vez mais preocupadas com a profissão, a vida, o dinheiro, o futuro.
O bom é ver que, apesar das mudanças, ainda estamos aqui. Juntas. E é isso que eu espero que não mude nunca.

Alice

segunda-feira, setembro 13, 2004

A tal matéria da Revista da Folha

Desde ontem o que eu mais ouço é gente comentando a tal matéria que saiu na Revista da Folha (http://www1.folha.uol.com.br/revista/rf1209200402.htm) falando das tribos das faculdades (mais centrada na galera da USP). Como jornalista preguiçosa que sou, só peguei o jornal de ontem hoje de noite e só li a reportagem agora. Engraçadíssima! E já que todo mundo comentou, vou comentar também:

- Podre a definição que a repórter e tal aluna de jornalismo (q eu não conheço) deram pra ECA. "Aqui as pessoas têm mente aberta". Desde quando? As PFG sabem o que é sofrer o preconceito ecano!

- Aliás, pelo perfil que aparece lá, só a galera da ECA não gosta do Orkut! O que mostra como o povo da ECA não é aberto às novidades.

- O perfil mais divertido é da galera da Poli. Queria conhecer o cara que comparou a Medicina à Argentina. Muito bom.

- Eu não me identifiquei com nenhuma faculdade. O Abraxas disse que todas nós nos tornamos muito ecanas. Mas eu disconcordo completamente de tal afirmação.

- A GE é muito FEA! Já ouvi ela falar todas as coisas que estão na matéria: defender professor que trabalha no mercado, falar que todo mundo tem inveja porque a FEA tem dinheiro... hahaha. Pelo menos uma PFG se encontrou.

- Sempre disse que o povo da Letras é burro. Agora uma aluna da história concordou com isso e estendeu para toda a FFLCH, dizendo que um monte de gente que queria entrar na ECA e não conseguiu foi pra lá. AMEI!!! Hahahahaha

Alice

No metrô à meia-noite

Sábado, um pouco antes da meia-noite, no metrô, linha verde. Doente, cansada e com sono. Entra um ser sinistro de preto, boina cinza e a cara vermelha: meeedo! Adivinha onde ele se senta? Justo do meu lado, é claro. Dá um sorrisinho malandro e fala:
- Liceeença!
Viro a cara pro vidro e fico ali rezando (pra quem eu não sei, mas rezando!). Não dá nem dois segundos, o cara começa o papo (sempre com aquele sorrisinho, ugh!):
- Que horas fecha o metrô?
- M-meia-noite - tentando parecer calma.
- Será que dá tempo de eu chegar até a Barra Funda?
É lógico que NÃO!
- N-não sei... É melhor você perguntar depois pra algum funcionário.
O sinistro mexe a cabeça, concordando.
Pausa para silêncio. Ufa! O cara até que é inofensiv..
- Se não der tempo, não tem outro jeito né, vou ter que ir pra tua casa - e abre mais o sorriso.
Pânico!!! Foi isso mesmo que eu ouvi?! Não demonstre medo, não demonstre medo!
- Hein?
- Se não der tempo, vou ter que ficar na tua casa! - aumentando o tom de voz.
Ai meu Deus, eu sei que eu não acredito muito no Senhor, mas me ajudaaaaa!!!
- O quê?!!! - já não conseguindo disfarçar o medo!
E aí o cara não se aguenta e cai na gargalhada:
- Tô brincando!!!
- Ha. Ha. Que susto... (babaca!!!) - e viro a cabeça 90º para a janela.
- Ninguém merece, né? - de novo com aquele sorrisinho, GRRRR!
Nem respondo. Cara idiota!
Mas não me arrisco, né! Chegando na estação Paraíso, desci correndo!

Kit

quinta-feira, setembro 09, 2004

Formada

Como a Naftalina já contou, nós duas nos formamos. Ao mesmo tempo em que sinto um alívio, acho meio estranho. Semana passada uma atendente da Vivo me ligou para fazer recadastramento e perguntou minha profissão. Estu... não, jornalista. Achei estranhíssimo... Fora chegar em casa todo dia e não ter que ir pra faculdade. Acordar tarde e saber que não vou ter aula. Essa ainda é a primeira semana de vida nova, que só começou na quarta (por causa do feriado) e eu ainda estou com uma infecçãozinha na garganta que está me deixando sem vontade de nada. Mas tenho certeza que semana que vem vou começar a achar essa vida de só ir pro trabalho um saco. Em vez de me sentir mais completa porque agora sou uma jornalista de verdade acho que estou me sentindo mais vazia. Se formar é uma parada estranha pra caralho...

Alice

sexta-feira, setembro 03, 2004

Duas a menos

O Blog vai ter que mudar. Somos agora "cinco universitárias desencanadas e duas formadas também desencanadas (uma delas, talvez nem tanto) escrevendo o que dá na telha".

Meninas, brigada por terem aparecido para presenciar meu nervosismo e dar uma forcinha. Se a GE não fosse... a GE, ela teria percebido que é até mais fácil ficar lá, em frente à banca, com pessoas amigas com cara de interesse (legítimo ou solidário? não importa) do lado. Mas... o que importa é que passou. Alice, parabéns para a gente!

Naftalina