quinta-feira, julho 31, 2008

O dia em que Alice realizou um sonho de adolescência




David Duchovny autografando bem na minha frente. Foto tirada sem zoom!!!

Quem me conhece há algum tempo sabe quanto eu sou viciada em Arquivo X e quanto eu era loucamente apaixonada pelo David Duchovny quando era adolescente (sabe quando aquelas meninas histéricas por atores/cantores/jogadores? Eu era assim). Mas claro que isso já faz anos e anos e hoje em dia eu já me considerava uma mulher adulta e livre dessas paixonites adolescente. Isso até duas semanas atrás, quando anunciaram que o novo filme baseado na série teria uma premiere em Londres com a presença dos atores.
Desde então eu fiquei noiada pra conseguir ingressos, me inscrevi em todas as promoções possíveis e considerei até a possibilidade de comprar um ticket no eBay (só desisti pq eles foram vendidos por em média 800 libras e na minha conta bancária não tem nem metade disso). E aí, quando eu realmente não consegui ingresso, avisei em um dos empregos que ia ter que sair mais cedo e no outro simplesmente disse que não ia. E ontem, às 13h30 eu estava na porta do Empire Cinema em Leceister Square. Uma galera já tava lá – alguns desde a noite anterior. Me conformei com a segunda fila e fiquei lá, por cinco horas, em pé, no sol, espremida. Mas quando abriram o tapete vermelho e o David Duchovny chegou acenando e dando autógrafos, eu esqueci de tudo que já tinha esperado, de quão cansada eu tava, acho que nem meu nome eu sabia mais. E quando ele parou bem na minha frente, a menos de um metro de mim, e eu tive a oportunidade de falar com ele, simplesmente travei. Eu tremia, minha voz sumiu e eu não falei nada, fiquei só olhando pra ele, hipnotizada. E ele é lindo, lindo, lindo. Claro que já está tiozinho (48 anos nas costas não é brincadeira), mas continua charmozão, com um sorriso maravilhoso e uns olhos verdes, verdes, perfeitos. E eu vi ao vivo ele fazendo os gestos, poses, expressões que eu sempre via na televisão e achava perfeitos. Eu tive uma sensação de que o David era alguém que eu conhecia há muito tempo e muito bem, mas que não via há muito tempo – porque eu já sabia como ele iria morder o lábio, qual pose ia fazer pra foto, como ele ia acenar pra galera, como ele ia colocar a mão na cintura e ficar parado, pensando o que fazer em seguida, como ele iria olhar pra baixo enquanto os repórteres fazem perguntas... Na quase uma hora entre ele chegar, dar entrevistas, posar para fotos e dar autógrafos, virei adolescente de novo. E o melhor: adolescente realizando um sonho, aquele que ela nunca imaginou que aconteceria. Sabe quando você nem consegue acreditar que isso tá acontecendo? Depois de ontem, fiquei com uma sensação tão boa de que eu completei uma coisa que faltava na minha vida...
Caralho, ter vindo pra Londres já valeu a pena só por isso.

Alice, nas nuvens

P.S.: Vou fazer um albinho com as fotos da premiere e depois coloco o link aqui.

sábado, julho 26, 2008

Os nossos hábitos...

Nesses últimos meses, desde o final do ano passado, soube que vários parentes e conhecidos estavam com câncer. No trabalho, tive que desmarcar 3 reuniões por conta disso.
Pulmão, mamas, cérebro, estômago, intestino afetados...
Isso fez com que refletisse sobre o que poderia desencadear essa avalanche de doentes.
Nenhuma das pessoas tinha uma vida desregrada, bebida, cigarro, essas coisas que estamos acostumados a ouvir que são ruins para saúde.
Mas.. comecei a observar o que eles tinham em comum e vi que os hábitos que levamos não são nada bons, nada mesmo, e passam despercebidos...
Fui visitar esses dias uma amiga que acabou de operar o seio. Ela parecia bem, não quis falar sobre o assunto. Como de costume, logo foi me oferecendo um lanchinho. Enquanto conversávamos, fui vendo o que ela me oferecia: "Quer alguma coisa pra beber? ". Eu: "Quero, o que tem aí?". "Coca Zero, suco dell valle, guaraná...". E foi colocando margarina e um monte de pães na mesa. Lembrei que sempre que ia em sua casa, via que a família tomava sempre sucos em pó e refrigerantes, muita carne, doces, temperos e condimentos como sazon, caldo de galinha, catchup, maionese, etc, etc. Sempre.
Outra pessoa próxima que desenvolveu a doença idem. Ela tem cerca de 1,55 e está pesando menos de 40 kg. Mas.. o prato que comiam, qdo minha família foi visitá-la: feijoada. Sempre éramos recebidos com mta carne de porco, assados, refrigerante, sucos industrializados, bolachas amanteigadas, mto doce, mta carne, mtos condimentos...
Uma reunião que desmarquei de trabalho, idem. A pessoa prometeu q qdo voltasse da cirurgia, ia fazer uma churrascada para todos...
E assim parece ser em todos os lugares.
O comodismo faz com que a gente consuma cada vez mais produtos industrializados, conservantes e mais conversantes, muitos trocam a água pelo refrigerante, 'porque a coca zero não engorda, não tem açúcar, olha q blz!", as verduras são cada vez mais pobres em nutrientes e ricas em agrotóxicos, mtos usados indiscriminadamente, alguns até clandestinos, proibidos e retirados de circulação no país, mas contrabandeados pelos agricultores.
O alimento que duraria uma semana na geladeira, agora pode durar mais de um ano em uma lata.
E assim, a gente se alimenta, ou estaríamos nos envenenando?
Aí, doentes, compramos remédios. Remédios que curam ou que nos detonam ainda mais?
Bem, e num dia desses em um restaurante, algumas pessoas que comiam comigo riram por eu gostar de alfafa. "Nossa, mas isso não é comida de cavalo?". E eu, pasma. Como comer no Mcdonalds pode ser mais aceitável que comer uma verdura?? Em que mundo nós vivemos?
Será que é tão bizarro assim de vez em quando tomar água ao invés de logo pedir uma coca zero?
Comecei a rever todos esses hábitos em minha vida, e eu que achava que tinha uma vida sem vícios, descobri um que é arrebatador: o açúcar. Tentei me testar, ficando sem comer absolutamente nada de açúcar em sua composição e para minha surpresa, não consegui ficar mais de 15 dias sem...
Bom, esse texto ta ficando mto longo. Na verdade, só queria alertar quem ler isso aqui pra prestar atenção nisso. Quando a gente pára pra pensar é assustador...

Mulher do Padre

segunda-feira, julho 07, 2008

Vidas Passadas

Hoje encontrei a MP rapidinho, e fazia um tempo que a gente não se via. Sempre que a gente se vê eu me lembro da turma de há alguma tempo atrás, de quando a gente adorava tudo que era anos 80 e depois ia no Franz Café falar de qualquer coisa. Daí lembro da faculdade, de quando a gente começou este blog. E de como a gente era diferente naquela época.

Como a MP falou: é como nos filmes, quando a gente vai morrer e começa a rever vários capítulos da vida. "Capítulos" acho que é uma boa definição. E, puxa, já tive uns bem diferentes.

Kit, tô me sentindo velha.

Naftalina.