terça-feira, abril 15, 2003

A crise dos 20
Todo mundo fala que o grande drama do adolescente é não saber se ele é adulto ou criança. Mas ninguém fala do drama de pessoas como eu, chamadas "jovens". A gente não sabe se é adulto ou adolescente, o que é uma dúvida existencial muitíssimo mais difícil.
No caso do adolescente, não é tão complicado assim porque um adulto pode ter, digamos, de 25 a 60 anos, e uma criança, hmmm, de 0 a 10..? Bom, whatever, porque tendo o adolescente 11 ou 17 anos, ele sabe muito bem onde ele se encaixa: na adolescência, oras! E isso lhe permite agir de n maneiras que o caracterizam como adolescente.
Só que aí chega a idade dos 18, 19, 20, 21... e eu penso: e agora?!! Eu sou adulta ou adolescente?! Tá, eu sou uma "jovem", mas o que caracteriza o comportamento de um "jovem"??
Porque eu já me sinto ridícula fazendo um montão de coisas que antes eram super normais pra mim, mas que hoje, embora eu ainda goste delas, parece que "já passou a época" =(
Por outro lado, não consigo me sentir segura e responsável para agir e pensar como uma pessoa adulta! Planejar carreira, administrar dinheiro, investir no meu futuro... Argh! =P
Já me disseram que eu tô mais séria, mais madura. Mas já me disseram também que ando muito besta e que já tava na hora de virar gente grande! Eita!! Quem será que está com a razão?!

Kit

quarta-feira, abril 09, 2003

Lembrei!

Ah, acabei de lembrar o que eu ia escrever... Então, vocês viram a Revista da Folha de domingo? A matéria de capa era sobre a nova estratégia do Ministério da Saúde para combater as drogas - fazer propagandas voltadas aos usuários eventuais. As propagandas dizem que quem compra drogas contribui com a violência. O que faz muito sentido. Mas eu tenho uma contra-proposta. Ao invés de comprar drogas, a gente pode produzir. Ou então improvisar. Ainda não sei fazer ecstasy, ácido ou coisas assim. Mas sei que anfetaminas (que a gente pode comprar na farmácia) junto com alcóol dão um barato parecido com o do E. E também podemos plantar maconha em casa. O cultivo é um pouco trabalhoso, mas o resultado é ótimo. Quem quiser dicas e sementes, é só falar comigo.

Alice, entrando na campanha contra o tráfico
Fosfosol

Há cinco segundos, o tempo de abrir a página do Blogger, eu tinha pensado em algo que queria escrever aqui. Acabei de esquecer o que era... cara, meu cérebro está realmente definhando...

Alice

sexta-feira, abril 04, 2003

Sobre Armários

Todo mundo sabe que eu tive uns "momentos confusão", mas já faz um tempinho eles passaram. Fiquei tres anos sozinha por conta dessa confusao toda, e finalmente decidi me abrir pro mundo e ver o que aparecia. Poderia aparecer qq coisa, mas calhou de aparecer um rapaz fantastico, que simplesmente combina comigo em quase tudo. Estou absurdamente feliz e ele também está. Já fazemos planos para o resto de nossas vidas juntos.

Ai vem alguem e diz que "é uma pena eu ter voltado pro armario"... Sem noção, são atitudes assim que me fazem ter uma puta raiva do movimento GLS (pronto falei! Aposto que daqui a pouco vai ter gente me chamando de homofóbica...).

Olha só: Uma vez um casal de amigos meus foi vaiado numa boate por estarem se beijando. O movimento GLS caiu de pau na atitude das pessoas q tavam vaiando? Nem um pouco. Sabe por que? Por que esse casal era composto por um homem e uma mulher e tava em uma boate GLS. Imaginem quem é que estava vaiando...

Sou a favor das pessoas poderem amar quem quiserem e demonstrar tais sentimentos livremente. Isso é sair do armário e é isso o que eu faço todo dia. Podem dizer "mas é muito facil demonstrar sentimentos quando vc ama alguem do sexo oposto". Sim, é mais facil (LÓGICO), mas não totalmente livre uma vez que eu tenho q ficar ouvindo cometários desse tipo e com medo de perder meus amigos homossexuais pq to namorando um homem.

Sabe, para os mesmo problemas, as mesmas soluções. Três anos atras eu disse, e repito agora: "quer ser meu amigo, me aceite como sou. Não quer, foda-se!"

Mas que esse tipo de inversão de valores me decepciona muito, isso decepciona...

Monica