quinta-feira, julho 29, 2004

Descobertas

Descobri (ou, na verdade, lembrei) duas coisas importantes:
1 - o perfil do Orkut pode ser um periiiiigo. Qd vc acha que ninguém lê aquilo, chega uma pessoa do nada e te pergunta sobre suas fotos, sua orientação sexual, seu estado civil ou porque você faz parte da comunidade do Sidney Magal.
2 - a maior parte das pessoas que te odeiam tem é inveja de você. So sorry, mas não tenho culpa de ser mais legal, mais bonita, mais inteligente, mais agradável... =)

Alice

sexta-feira, julho 23, 2004

A Morte do VHS

Hoje eu fui até uma locadora lá perto de casa. Uma das primeiras de São Caetano e a aquela em que minha família aluga filmes desde que compramos o primeiro videocassete. Fazia um tempo que eu não passava lá. Fui procurar por dois filmes: Evil Dead (ou A Morte do Demônio ou Uma Noite Alucinante) e Arquitetura da Destruição. O primeiro eu achei em VHS, já o segundo não existe em DVD e o VHS eles já venderam. Aí a moça da locadora me explicou que eles estão vendendo todos os VHS, que se eu quiser comprar qualquer filme de catálogo sai por dez reais e que eles não estão mais nem comprando VHS. Fiquei um pouco chocada, pq eu acho que ainda tá muito cedo pra galera já matar o formato. Primeiro que nem todo mundo tem DVD (eu, por exemplo, só tenho no computador) e não são todos os filmes que já existem em DVD (por exemplo o Arquitetura da Destruição). Acho que as pessoas ficam muito empolgadas com as novas tecnologias e não dão o tempo necessário pra que se faça a transição entre um formato e outro.
Bom, mas vamos para as questões práticas. Onde eu vou achar o tal filme? E será que eu vou ter coragem de pagar 10 reais e ficar com o Evil Dead e privar outras pessoas de ver esse clássico indispensável e que não tem em DVD na locadora?

Alice

quinta-feira, julho 22, 2004

Submundinho

"Oi, eu deixei aqui umas coisas para ver se interess..."
"Não, não vamos comprar nada. Pode levar", disse o homem gordo, sem se virar pra me olhar. Já estava saindo com a minha sacolinha quando vi que uma mulher me olhava meio torto, com um interesse estranho. Ops! Não, não tem nada de errado com o meu decote (deve ser porque eu sou alta, mas sempre tenho a impressão de que as pessoas estão olhando para o meu decote). Ela me cutucou.
"Ei, eu compro", disse, quase sem fazer barulho, meio de canto de boca e sem olhar direto pra mim. "Mas não pode ser aqui. Sai, e eu te encontro em dez minutos na esquina, perto de uma muretinha cinza que tem lá. Leva a sacola".
Achei estranho, e não fui direito para a esquina esperá-la. Fiquei espreitando do lado de fora da loja, esperando que ela aparecesse. E saiu andando rápido, carrinho de bebê à frente, envolto nas baforadas de fumaça que ela soltava.

"Ei!" Fui atrás. Ela olhou para os dois lados, viramos a esquina, parou. Também parei.
"Quanto você quer? Eu sou sincera, não vou pagar o que vale".
"Cinquenta". Ela me olhou cínica, com um ar de "minha filha, você não conhece como funciona esse negócio, não é?". Puxou outro cigarro, acendeu, colocou na boca e ficou me encarando, apoiada no carrinho.
"Tá, eu faço por quarenta". E ela, com a cara: "tudo bem, colher de chá pra você".
"Eu não tenho tudo agora. Deixa comigo e eu te entrego o resto do dinheiro amanhã. Pode confiar, eu não vou perder uma amiga por causa de dinheiro". Baforada. Amiga? Não sabia se me sentia lisonjeada ou com medo (menina, que amigos são esses com que você foi se meter?).
"Anh..."
"Tudo bem, tudo bem", balançando a cabeça, impaciente. "Me encontra aqui amanhã, meio dia e meia. Traga a sacola, eu trago o dinheiro. Mas não conte pra ninguém. E venha sozinha."

Naftalina, conhecendo o submundo do tráfico de calças jeans da vila madalena





terça-feira, julho 13, 2004

Em defesa dos policiais

Eu tenho uma relação estranha com a policia. Por um lado eu sempre moro de medo cada vez que passo por uma blitz, mesmo quando não tenho droga nenhuma no carro, não estou bêbada e os policiais não têm motivo para implicar comigo.
Por outro lado, já fui muito bem tratada por policiais. E mais de uma vez, como hoje, que fui entrevistar um escrivão e não só ele, como também os investigadores, foram uns fofos comigo. Também teve uma vez que eu atropelei um bêbado (não deu em nada, o cara nem se machucou, mas tive que fazer BO) e os policiais também foram muito legais comigo. Depois de hoje tô virando fã de policial. Dos sérios, é claro. Porque esses dão duro, ganham pouco, se arriscam e mesmo assim todo mundo tem mó medo deles.

Alice

segunda-feira, julho 12, 2004

Confusa e prolixa

Hoje eu ia escrever um post sobre as prioridades da minha vida, como eu mudei e essas coisas... mas não estou conseguindo ser concisa. Ia ser um post enorme e que ninguém ia ter saco de ler. Então fica pra outro dia. Mas só queria deixar uma pergunta pra quem me conhece há algum tempo: fala aí, no primeiro e no segundo ano de faculdade eu era bem mais nerd, né? Fazia tudo, enchia o saco de vcs pra fazer os trabalhos.. e agora eu passei do limite do relaxamento. Concordam?

Alice, que não consegue terminar o TCC de jeito nenhum

terça-feira, julho 06, 2004

Sensitiva?

Semana passada tive várias crises de choro. Do nada. Não sabia direito o que era e qualquer coisa me entristecia.
Pensei ´po, isso não é coisa minha´. E acho que realmente não era...
Uma pessoa querida me procurou dizendo que estava pensando em se matar, que tinha pensado em mim, que sentia a minha falta pra poder conversar e que eu estaria em seu testamento.
Meu irmão me ligou dizendo que um amigo seu havia morrido em um acidente de carro e eles tinham combinado de sair juntos. Por uma obra divina, acredito eu, meu irmão desistiu de última hora de sair com esse amigo e ficou em casa. Detalhe: em todos os nossos anos de convivência, nunca vi meu irmão desistir de uma balada. Nunca. E, seja lá por qual motivo, dessa vez ele decidiu passar a noite em casa, dormindo! E eu agradeço por ele ter tomado essa sábia atitude. Só pode ser intuição, proteção divina, sorte, que seja. Meu irmão ta vivo e eu agradeço a todos os santos por isso! O problema é que agora ele ta se sentindo culpado por nao ter ido, acha q podia ter mudado o rumo das coisas, podia ter evitado o acidente. Eu prefiro só pensar que ele ta vivo...
Hoje acabo de falar com um amigo. E ele me diz que sua irmã faleceu subitamente. Meningite.
Agora páro e me pergunto se havia algo premonitório em meu estado emocional. Será que a gente sente essas coisas? Será que há uma ligação entre as pessoas que se gostam, fazendo com que elas sintam o que o outro sente?

Mulher do Padre, querendo espantar a morbidez dessa semana que passou...