sábado, dezembro 29, 2001

Os assumidos (post para ser lido ao som de Sexy Boy, do Air)

Os assumidos é o nome de uma série de TV que passa às sextas, meia-noite, no Cinemax. É ultra-excitante, mas falso. Meu, tem caras lindos e eles vivem tirando a roupa (nossa!!!), e eles se agarram o tempo todo. Mas é tão irreal, do tipo, você não vai a um museu, olha prum cara e vcs transam no banheiro. Ou vai a uma Comix Shop e transa com o atendente (aliás, difícil ter atendente de Comix Shop bonito e, ainda mais, gay). Fica parecendo que esse universo GLS é todo promíscuo, que os caras só querem trepar. Eles podiam fazer um seriado gay mais real, com bastante sexo, que isso é legal (hehe), só que verossímel. Ah, outra coisa ruim: vc fica odiando o protagonista. Ele é lindo, lindo, lindo, mas, além de ser péssimo ator, é muito nojento, tipo, mesquinho, egoísta, se acha. Eu nunca transaria com ele, apesar dos atributos físicos. Bem, mas fica a sugestão. Se você gosta de homem, vale a pena dar uma passada de olho só para babar um pouquinho.

Alice
Fogo

Já contei pra vocês que eu adoro brincar com fogo? Bem, pelo menos minhas colegas de blog sabem disso, já que da última vez que saimos quase todas juntas (só faltou a Kit), eu quase botei fogo na mesa. Pois então, esses dias eu estava no meu quarto de noite, ouvindo música e escrevendo uma carta à luz de velas. Comecei a brincar com as velas e os fósforos. Resultado: quase botei fogo no quarto e o chão ficou cheio de cera... Sabe, eu odeio muito o frio e sempre achei que fosse morrer congelada. Mas agora estou achando que vou é morrer queimada, que um dia eu vou conseguir a façanha de botar fogo na casa. Pelo menos não vão ter de cremar meu corpo, hehe.

Alice
UEBA

Que bom que as meninas estão de volta!!! Esse blog tava virando um monólogo. E já que estou falando de pessoas, quero agradecer a todos meus amiguinhos que andaram me ligando nos últimos dias e evitando que eu me sentisse muito abandonada!!! Beijão pra todos, principalmente para aqueles que tiveram que fazer interurbano para falar comigo :) E, aproveitando a oportunidade, queria agradecer a todos aqueles que não nos conhecem mas mandaram e-mails fofos pra gente (cara, que post mais breeeeega!!!). Ah, e um beijo pro Mike e pro Sulley!

Alice, alegre depois de ver Monstros S.A.
Teletransporte

Sumi. Até aí, nenhuma novidade, já que essa deve ser uma das coisas que eu faço melhor. Engraçado, qque com meus amigos aqui do interiorrrr não seja desse jeito. E também sempre me acharam meio freak, mas, quando saí de casa, percebi que eu era mesmo muito... normal. Enfim, o que eu queria dizer é que, por aqui, os meus poderes de teletransporte não funcionam.
Mas chega uma hora em que fico com saudade. E bem quando me bateu uma vontadezinha de escrever qualquer coisa, o site do blog me dá o cano. Daí, se é que eu tinha alguma coisa de legal pra escrever, foi pelo ralo. Esqueci.
Bom, o óbvio, então: Feliz ano novo pra vocês, pessoas!!!

Beijos, Naftalina

ps. hoje passei por uma experiência bizarra. Conheci um político corrupto. Cheguei, ele falava no telefone com o Fernando (Henrique), de barrigão, camiseta, e uísque. Enrola, enrola, e acho que quase me ofereceria um emprego lá em Brasília, porque foi com a minha cara. Simpático, ele. Mas me controlei, e não pedi autógrafo.

sexta-feira, dezembro 21, 2001

O Esquisito

O Esquisito é um cara que eu conheci através de um blog (esquisito.weblogger.com.br). A Kit ouviu falar do blog dele, gostou e indicou para a Akasha. A Akasha entrou, achou o máximo e disse para mim que era o melhor blog que ela já tiha visto. Eu entrei e achei muito, muito bom mesmo. Aí mandei um mail pro cara e a gente começou a conversar. Conversa vai, conversa vem descobrimos um monte de coisa em comum e eu reforcei minha impressão inicial: o cara é mesmo muiiito legal. Ele é engraçado, tudo de bizarro acontece com ele, ele curte músicas legais, adora O Clube da Luta, é bonito, tranquilo, inteligente e corajoso. E eu estou morrendo de vontade de vê-lo (é que ele mora em outra cidade e a gente só se viu por foto). Enfim, estou pagando um pau pro cara. E nessas horas eu fico pensando nas "coincidências". Se a Kit não tivesse visto o blog e se não tivesse falado dele pra Akasha e se ela não tivesse falado dele para mim a gente nunca ia ter se conhecido. Isso me dá medo. Medo de que por um pequeno detalhe eu não tivesse conhecido as pessoas que gosto e medo de ter deixado de conhecer alguém que pudesse ter se tornado importante para mim. No fim, só tenho que agradecer ao Destino por ter colocado essas pessoas na minha vida. E tambgém à Akasha e à Kit por terem me apresentado ao Esquisito.

Alice
Críticas à Calliope

Bem, agora que já dei os conselhos, pode criticar o post da Calliope. Meu, isso que você disse de jogadores de RPG vale pra todo mundo. Tipo, ontem estava conversando com uma amiga e ela disse que não existe amizade entre um homem e uma mulher (se os dois forem heterossexuais) porque sempre vai ter uma coisa a mais. Besteira. E os amigos feios? E ao mesmo tempo não é besteira. O Freud já dizia: sempre é Desejo. Sempre que você se relaciona com alguma pessoa é porque deseja algo que ela tem. Mas, enfim, qual o grande problema de ter vontade de fazer sexo com seus amigos? Eu não acho que sexo estraga amizade, acho inclusive que melhora a amizade, porque vcs ficam mais íntimos. Bah, tô falando um monte de bobeira. Tô com sono, ainda não me recuperei da quarta-feira... Mas, mesmo sabendo que devo ter escrito um monte de coisa sem noção deu vontade de escrever. Desculpe se esse post tá uma merda.

Alice
Críticas à Calliope

Bem, agora que já dei os conselhos, pode criticar o post da Calliope. Meu, isso que você disse de jogadores de RPG vale pra todo mundo. Tipo, ontem estava conversando com uma amiga e ela disse que não existe amizade entre um homem e uma mulher (se os dois forem heterossexuais) porque sempre vai ter uma coisa a mais. Besteira. E os amigos feios? E ao mesmo tempo não é besteira. O Freud já dizia: sempre é Desejo. Sempre que você se relaciona com alguma pessoa é porque deseja algo que ela tem. Mas, enfim, qual o grande problema de ter vontade de fazer sexo com seus amigos? Eu não acho que sexo estraga amizade, acho inclusive que melhora a amizade, porque vcs ficam mais íntimos. Bah, tô falando um monte de bobeira. Tô com sono, ainda não me recuperei da quarta-feira... Mas, mesmo sabendo que devo ter escrito um monte de coisa sem noção deu vontade de escrever. Desculpe se esse post tá uma merda.

Alice
Feliz Natal, Feliz Ano Novo e Feliz aniversario

Esse post eh basicamente soh isso, desejar boas festas pra todas vcs, e um feliz aniversario pra Bradamente e pra Alice (que, como eu, tiveram o azar de nascer nesta epoca do ano)
Um beijo muito grande pra todo mundo

Calliope

Conselhos para a Calliope

hahaha, muito engraçado seu post, Calliope. O meu conselho? Olha só, eu faço o seguinte: a proporção entre os RPGista de fato é de 5 homens para cada mulher. A maioria deles não é interessante, mas tem uns poucos que realmente valem a pena. O lance é: seja simpática com todos, deixa os caras darem em cima de vc, mas dá bola só pros que valem a pena. E se os caras ficarem te enchendo o saco, dá um fora básico, tipo, não é pq é RPGista que vc tem que tratar diferente. Solta um daqueles: "ah, sabe como é, o problema não é com vc, mas estou mó ligada em outro cara..." ou "então, vc sabe que acabei de terminar com fulano de tal e ainda não estou preparada para um novo relacionamento...". Acho que não se perde os amigos por causa disso. Pelo menos eu não perco. Aliás, se vc der um fora com classe o cara te acha ainda mais legal e vai ser ainda mais seu amigo.

Alice

quinta-feira, dezembro 20, 2001

Meninas que jogam RPG não podem ter amigos homens

Tá bom, Alice, eu sei que você vai ser a primeira a ter um surto psicotico o lendo esse título. Voce é menina, joga RPG e tem uma pá de amigos homens, mas eu ainda acho q vc é uma excessão.
Para os mais desavisados: no meio do RPG (dos quadrinhos e do metal tb, diga-se de passagem) a proporção é de aproximadamente cinco homens para uma mulher. Isso faz com que os caras fiquem meio desesperados. Tá, "desesperado" é um termo um pouco forte demais, mas que eles ficam mais empolgadinhos, isso ficam.
Aí, você vai num evento, e já vem trinta neguinhos conversar com vc. Tudo bem, legal, na maioria das vezes eles são super gente boa e o papo é ótimo. Mas então eles chegam com aquela conversinha mole e vc já sabe no que vai dar. Poxa vida, Alice, vc pode me dar uns conselhos? Se eu dou um fora, perco um grande amigo em potencial. Como fazer eles preceberem que vcs só quer ser amiga deles sem ser sacana com os meninos?

Calliope, chorando de barriga cheia na opinião de muita gente
Só para constar...

UAU! Meu amigo colorido é realmente legal… Cara, valew!!!

Alice

terça-feira, dezembro 18, 2001

De preferências

Que bom Calliope!! Muito bom ir a um show e sair de lá suspirando. É foda.
Então, mas uma coisa que me chamou atenção no seu post foi ter dito que são raríssimas as pessoas que não tem uma banda preferida. Meu, eu amo música. Na verdade deve ser algo mais do que amar, a música faz parte da minha vida de uma forma muito especial. Só que eu não tenho uma banda favorita. Nem uma música favorita. Acho que é um problema, tipo, eu não consigo me decidir nunca, não consigo escolher. É uma coisa muito complicada para mim. Não tenho um filme favorito, uma comida preferida, não sei qual é o homem mais bonito do mundo e coisas assim. E quando eu vou a um restaurante nunca sei o que escolher.
Mas, já que estamos falando de bandas preferidas, vou fazer uma homenagem a algumas que são muito foda: Alanis Morisette (ñ é uma banda, mas é muito legal), Foo Fighters, Nirvana, Pearl Jam (essa em homenagem a um cara legal que trabalha comigo), Blur (para a Bradamante), REM, Oasis (para uma menina que estudou comigo no ginásio), Travis, Pixies, Pavement (pelo meu amigo colorido), The Cure (para minha amiga de cabelo vinho), Smiths (pelo meu amigo lindo que nunca ficaria comigo), Queen, Beatles, Rolling Stones, Pink Floyd...

Alice

segunda-feira, dezembro 17, 2001

ANGRA

São raríssimas as pessoas que gostam de música e não têm uma banda favorita. Até esse fim de semana, eu tinha dúvidas se a minha ainda era o Angra. Há pouco mais de um ano eles brigaram, três integrantes deixaram a banda e, mesmo antes, o último CD deles tava muito podre se comparado com os anteriores.
Duas semanas atrás eu comprei o primeiro CD com a nova formação. Muito bom, parecia que resgatava a qualidade do antigo Angra, e me animei. Mas nada me preparou para sábado, no show deles.
Maravilhoso!! Simplesmente um dos melhores shows que eu assisti. Os novos integrantes dão de dez a zero nos antigos. O baterista e o baixista tocam muuuuuuuuuiito bem e o novo vocal, além de possuir uma voz fantástica, tem todo o carisma e presença de palco que faltava no antigo. Eles tocaram, além das músicas novas, quase todas as atigas que o público estava pedindo. Não faltou praticamente nada. Como diz o título do último disco, o Angra renasce melhor do que nunca. Merece mesmo, e com louvor, o título de minha banda favorita.

Calliope, quebrada e moída por causa do fim de semana mais bizarro da sua história, mas extremamente feliz

PS. Eles também ganharam um disco de ouro!!!! Em menos de um mês depois que o CD saiu, isso é um feito e tanto para uma banda brasileira de Heavy Metal.

sexta-feira, dezembro 14, 2001

Glossário

Um amigo lá do Rio disse que não sabia o que era "pagar um pau". Eu não sabia que isso era gíria de São Paulo, mas, então, para quem não sabe o que significa, lá vai:
Pagar um pau: curtir o cara, ser afim dele, ter uma quedinha por, querer dar uns catos ou, como diria nossos avós, arrastar um bonde por.

Alice
Senhor dos Anéis!!!!

Pô, a Calliope foi mais rápida que eu e já escreveu sobre o filme que a gente viu hoje... sim, Senhor dos Anéis é tudo!! Quer dizer, para quem gosta de mitologia, fantasia, aventura e coisas assim. Lindo, até quem já leu os livros fica tenso, as cenas de ação são muito bem feitas e os cenários são tudo de bom. AMEI A VISTA AÉREA DE VALFENDA! Muito bom ficar esperando por um filme muito ansiosamente e não se decepcionar.

Alice

Senhor dos Aneis é tudo!!!

Depois de um longo e tenebroso inverno sem escrever nada, aqui estou eu para constatar o óbvio: O filme mais esperado da temporada é de fato o melhor. E olhe que esse ano teve um montão de lançamentos legais (não voi citar nenhum, para não criar polêmica), mas "A Sociedade do Anel" (o primeiro filme da trilogia "O Senhor dos Aneis", caso você tenha acabado de voltar de uma temporada em marte e não esteja sabendo) definitivamente quebra a banca. Lindo, maravilhoso, quase beirando a perfeição. Eu amei Harry Potter, mas tenho que adimitir que o jovem bruxo perdeu feio dessa vez...

Calliope

PS. Carol, Márcio, Natalia e Felipe, eu sei que é chato, mas eu preciso dizer: Vcs poderiam ter ido!!! Eles não pediram nome na lista nem nada. Era só entrar. E eu ainda ganhei um super café da manha e uma sacolinha cheia de brindes. Estou pensando seriamente em voltar a ser jornalista só pra receber essas paparicações todas... Não, brincadeirinha.

quinta-feira, dezembro 13, 2001

I'm a looser baby, so why don't you kill me?

Agora há pouco uma garota que estudou comigo no colégio me ligou convidando-me para a festa a sua festa de aniversário. Eu disse que ia apenas pra ela não ficar me enchendo o saco, mas na verdade não tenho a menor intenção de dar as caras por lá. Bem, depois ela fez a pergunta fatídica: "Você ainda está namorando"? Nossa, dizer que não foi horrível, foi como admitir uma derrota. Pronto, não vou ao aniversário dela porque não estou com vontade, não sinto muita falta das pessoas que estudaram com a gente, porque vou ver minha ex-melhor amiga e aparecer na frente dela sem meu ex-namorado vai me fazer sentir absurdamente derrotada. Droga, tô me sentindo um cocô agora...

Alice
Sobre sermos normais

Akasha, convenhamos, normal ninguém é. Ou todo mundo é, depende apenas do referencial. Acho que o que te incomodou é que sua amiga disse que somos "cult". E as pessoas que mais odiamos na faculdade são aquelas que se acham "cult", portanto não podemos ser comparadas a elas. Certo? Pois bem, acho que a distância entre nós e aqueles de quem queremos estar longe não é muito grande. Lembre-se, Harry Potter podia ser Grifinória ou Sonserina. É bem sutil o que nos torna diferente deles e para quem está de fora parece que somos todos farinha do mesmo saco. É, isso também me incomoda. Mas, fazer o quê? De fato, não gostamos nos outros o que não gostamos em nós mesmos, ou seja, isso também está em nós. O que me conforta é ter plena consciência do que é que temos de diferente e ter orgulho de ser o que sou – que, convenhamos, é bem melhor do que o que eles são... hehe

Alice
Eu dancei com o bom velhinho!

Sim, bizarro não? Mas eu dancei com o Papai Noel no meio da Avenida Paulista!! UAU, coisas que só acontecem em São Paulo...
Aliás, Akasha, você tinha que ver... todo dia de noite ficam uns 20 Papais Noeis (será que é assim?) na frente do Banco Real, dançando e atravessando a Paulista. É muito divertido!

Alice

quarta-feira, dezembro 12, 2001

Menage a trois

Dando continuidade à série "mensagens curtas sobre assuntos que dão Ibope":
Domingo eu assisti a E Sua Mãe Também... filme mexicano muito bom. E tem uma cena perfeita: dois caras bonitos, nus, se beijando enquanto uma mulher os chupava. A cena é linda, lembra Três Formas de Amar (esse filme é demais!) e tudo que eu queria era estar no lugar daquela mulher... EU QUERO DOIS CARAS COMO AQUELES!

Alice

terça-feira, dezembro 11, 2001

Britney Spears

Ontem um colega blogueiro disse que a gente escreve demais e por isso ficou com preguiça de ler nosso blog. Então vou inaugurar uma série de mensagens curtas e sobre assuntos que dão Ibope. Começo com Britney Spears, uma das palavras-chave mais digitadas em sites de busca. Bem, não gosto muito da moça e acho ridículo ela ficar dizendo que é virgem. Mas ficou muito legal a versão que o Travis fez de Baby One More Time. Ah, e também aquela do Teenage Fanclub (uma que todo mundo acha que é do Weezer).

Alice
É o amor?

Sei não se isso é amor... Acredito mais que a mulher fica com o cara por medo de não conseguir mais ninguém, porque nunca teve ninguém que a tratasse bem e todo mundo a ensinou que deve ser assim: mulher submissa, o homem mandando. Não é amor, é conformismo, é aceitação de uma situação que para ela parece inevitável ou mesmo ideal (melhor ter um cara que te bate do que ficar para titia).
Acho que eu já disse aqui que não acredito mais em amor. Pelo menos no meu caso ele é apenas tesão e afinidade. Mais já é suficiente. A mulher da qual a Akasha falou não tem nem afinidade... ela tá com o cara simplesmente porque é mais fácil fingir que ama alguém e que tem um companheiro, ainda que seja um canalha, do que enfrentar o mundo sozinha. É o que a sociedade ensina. E enquanto for assim todo dia um monte de mulher vai apanhar em casa.

Alice

segunda-feira, dezembro 10, 2001

Não creio!!

Pô, Akasha, num creio que vc perdeu a prova!! Se eu soubesse que vc num ia conseguir acordar tinha te levado pra casa bem cedo... putz... agora até rolou um remorso por ter insistido para a gente esticar a balada de sexta....
Agora me conta: qual é a sensação de perder a prova? Tipo, é uma coisa que eu sempre vi como um mito... nunca acreditei que alguém realmente fizesse isso... tá, isso num foi um consolo... Ah, desculpa, juro que estou com um puta remorso...

Alice

quinta-feira, dezembro 06, 2001

Eu adooro Natal!

Ué? Gente, eu adoro o Natal! Concordo com a parte da hipocrisia e das tradições bregas, isso eu também odeio... Me faz lembrar de um Dia das Mães em que a gente tava meio brigada. Mas só pq era o "Dia das Mães" e eu não podia estragá-lo, tivemos que fingir que tava tudo bem. O máximo que consegui fazer foi dizer um "parabéns, mãe" muito forçado, muito falso, foi horrível!!!!
No Natal acontece a mesma coisa, a gente muitas vezes tem que fingir que ama todo mundo, que todo mundo é mó feliz e tal, MAS... sempre tem uma parte legal: a hora da ceia!! E é tender, é peru, é panetone (prefiro chocotone), é sushi, é mousse de maracujá, é comida que não acaba mais!! Fora os presentinhos e... os especiais de Natal na televisão!! Até parece que vc não assiste, confessa aí! Morrendo de tédio, mas assiste! E depois, é legal ficar tirando aqueles empolgadões que ligam as luzinhas das ávores e das janelas, ou que inventam de contar historinhas natalinas.
Ah vai pessoal, Natal é mó legal!

Kit

quarta-feira, dezembro 05, 2001

Coisas que eu odeio

Homens para os quais eu pago um puta pau e que nunca ficariam comigo.
Relacionamentos que poderiam ser muito mais e não são por motivos bestas.

Alice
Já que estã falando de Natal...

Akasha: e o Bank Boston da Paulista? Também está show!!!
E não só a reunião do Natal é uma mega-hipocrisia como qualquer outra reunião de família. Odeio isso. Na verdade é por isso que odeio o Natal. Claro que eu não acreditar em Jesus Cristo faz a festar perder o sentido, mas ter que ver a família me faz odiar mortalmente a data. E sabe o pior de tudo? Esse mês tem 3 reuniões de família!!! Será que eu aguento? Será que não tem algum ET com vontade de me abduzir e me devolver só ano que vem?
Ah, lembra daquela música do Belle & Sebastian que eu citei outro dia? "I don't love anything, not even Christmas, specialy not that". Pois é, ouvi sábado...

Alice

segunda-feira, dezembro 03, 2001

Helter Skelter

Depois do show do ...And You Will Know Us By The Trail of Dead: Helter Skelter Rulez! Sim, Beatles é sempre bom! Fiquei triste pelo George, ele fazia solos legais. Não tenho um Beatle favorito, mas gosto do Ringo por ele ser o mais escondido de todos. É legal falar com a banda depois do show. Da hora quebrar tudo.
Depois da balada de sábado: nada como uma boa consulta com seu médico particular. Ele é muito legal, mas não vou me apaixonar. White Stripes é legal. Filme com melhor trilha sonora: Alta Fidelidade. Energéticos são da hora.

Alice

quinta-feira, novembro 29, 2001

Deus castiga

Eu não costumava acreditar nessa frase aí em cima, mas ontem Ele finalmente me convenceu de que é a mais pura verdade. Estava eu na rua Butantã com a Naftalina e a Mulher do Padre, andando naquela chuva horrosa (eu o-d-e-i-o chuva, mas outro dia escrevo sobre isso). Daí a Akasha me ligou, e eu que já tava atrapalhada com o guarda-chuva, fiquei mais ainda com o celular. Um pouco mais adiante, tinha uma moça andando normalmente quando de repente... POF!!! Se estatelou no chão! Aiai, coitadinha, mas foi tãaaao engraçado!! Deixei aflorar o meu lado mau e caí na gargalhada. E a pobre da Akasha sem entender nada do outro lado da linha... E foi aí que aconteceu. Foi só chegar no mesmo ponto em que a mulher caiu, que eu escorreguei, perdi o equilíbrio e POFFF!, levei um tombaaaço, muito pior que o dela. Ralei o joelho, o cotovelo, as mãos e ainda sujei as minhas roupas. Pôxa, fiquei muito sem graça, muito mesmo. Pior eram os outros rindo da minha cara, exatamente como eu tinha feito com a coitada da moça...
Por isso eu tenho certeza! Foi castigo dos céus =(

Kit

terça-feira, novembro 27, 2001

De volta

Enfim, voltei. É triste voltar à vida comum depois de um tempo de suspensão. Ainda não tinha dado tempo de me enjoar de estar longe de São Paulo e da minha vida aqui. Estava ótimo por lá. Muito sol, vistas lindas e amigos que me paparicam. Adorei. Fazia tempo que eu não era tão bem tratada. Será que isso é coisa de carioca? Em São Paulo meus amigos não são tão carinhosos assim... Deve ter alguma coisa a ver com o mar, o calor, a paisagem, vai ver que essas coisas deixam as pessoas mais sensíveis... algo a se investigar.
Aliás, se algum desses meus amiguinhos lindos estiver lendo, muito obrigada por tudo. Vocês são uns amores.
Bem, mas o que me chamou mais a atenção ao voltar é que só tinham dois posts no blog, ambos da Akasha. Meninas, o que houve? Desistindo do blog? Desempolgando de escrever? Vamos lá!

Alice

quinta-feira, novembro 22, 2001

Só para me despedir

Amores, estarei out até segunda. Viagem à Cidade Maravilhosa. Trabalhar muito, ver muitos amigos, dar um gole em váaarios cariocas. Na volta conto o que rolou.

Alice

terça-feira, novembro 20, 2001

Caneta do esquecimento

Como vocês podem ver, estou inspirada para escrever.
Bem, eu ganhei uma caneta do filme Amnésia (a.k.a. Memento). Assim que a peguei na mão, me ocorreu o seguinte: a gente podia escrever com ela e as palavras sumirem depois de dez minutos. Ia ser muito interessante. Caneta para notas rápidas, para aqueles pensamentos de momento que depois você quer esquecer, para dizer coisas bizarras, para contar segredos, para preenhcer cheques (uau, depois ninguém ia poder descontar!). É, pena que não era assim. Até fiz o teste, mas o que eu escrevi com a caneta continua lá, insistente, prova permanente.

Alice
Em homenagem à Bradamante (porque é inspirado em uma música do Gorillaz)

Is anybody there?
I shout as in a horror movie
And as in the scariest part of the movie,
Nobody answer

Alice

P.S.: Eu também amo o clipe do Coffee and TV!!! Só que me dá um aperto no coração quando a caixinha de leite morre... o mundo realmente é cruel. Acho que nunca mais vou tomar leite em caixinha.
Para Naftalina

Não só que as pessoas não mudam. Talvez você é quem tenha mudado e já não a ache mais interessante.

Alice

segunda-feira, novembro 19, 2001

Toda ouvidos

Quinta, sábado, sexta, domingo, domingo de novo e ainda de madrugada...
Será que, por que falo pouco, me torno uma boa ouvinte? Todo mundo resolveu me alugar nesses dias, para contar as mágoas da vida. Bom, é que sou paciente. E compreensiva demais, às vezes... Devia ser chata de vez em quando, e não ficaria assim tão entediada.
Quinta, conversei com uma amiga durante horas, por telefone. O papo era o de sempre... um remake do drama da semana passada. Foi legal que aproveitei o tempo para fazer outras coisas, enquanto escutava as lamúrias do outro lado da linha. Cortei as unhas do pé, penteei meu cachorro e fiz uma vitamina de morango com banana. Até comecei a assistir um filme, mas comecei a bocejar, e parei. Também, não estava tão bom assim que valesse a dorzinha na consciência. Em outros tempos, ela seria a minha melhor amiga, e... puxa! Eu não prestava atenção em quase nada do que ela dizia. Que triste. Triste como as pessoas não mudam, e ficam tão desinteressantes.

Naftalina
Os Outros

Pô meninas, Os Outros não dá medo não!! Assisti ontem à noite, sozinha e numa boa... Mas, de qualquer forma, parabéns Kit!! Não acho que você esteja ficando insensível, é só que você está revendo suas prioridades. Tipo, esse filme e o clipe do Marilyn Mason não te dão mais medo, mas talvez agora você tenha medo de outras coisas que não tinha antes (como ficar velha, por exemplo).
Pois é, tudo muda, tudo passa. Até uva passa.

Alice
EMA

Depois de assistir ao Europe Music Awards, só tenho dois comentários a fazer:
1 - Como a Jenifer Lopez pode ganhar da Dido e da Madonna?
2 - Estou apaixonada pelo Fran Healey!!!!!! (ai, aquela barbinha, aqueles olhinhos verdes, aquela voz...)

P.S.: Bradamante, tu viu o Damon lá? Ele também tava liiiindo!!

Alice

domingo, novembro 18, 2001

Mudanças...

O que será que tá acontecendo?
Ontem, minha amiga espirrou agüinha na minha cara e não fiquei com raiva. Não fiquei com vontade de xingar nem nada. Foi como se nada tivesse acontecido.
Quinta-feira fui assistir "Os Outros" - na sessão da noite! - e não fiquei com medo. Quer dizer, durante o filme sim, mas num tive medo depois de ficar sozinha em casa, nem de ir tomar banho, nem de ir sozinha até a garagem. Nem tive pesadelo!
Será que tô ficando mais adulta? Hmmmm... Ou será que tô é mais insensível??

Kit

sábado, novembro 17, 2001

No centro da Globalização

Só para constar: estou no Mc Donalds fazendo uso da internet. Pois é, a globalização está aí...

Alice

sexta-feira, novembro 16, 2001

Mulher Solteira Procura

Freak Girl procura homem interessante para relacionamento sem compromisso (mas, se rolar, também pode virar algo mais sério). Requisitos básicos: uma bela bunda, braços fortes (mas nem tanto), sorriso fácil, olhar profundo. Além disso, o candidato deve ter pós-graduação em conviver com gente estranha, sempre dizer a verdade e deixar eu saber o que sente. Também é desejável conhecimentos básicos em música, cinema, literatura e assuntos "nerd" e a coragem de fazer as coisas mais loucas nos lugares mais inusitados.
Interessados, favor enviar currículo para: alicel@mtv.com.br

Alice

quarta-feira, novembro 14, 2001

O que aconteceu?

-Que voz!
-Liguei várias vezes e não te achava! Falei com a sua mãe. Ela me passou o número. Eu não tinha. Espera um pouco
2min de silêncio
-Aconteceu uma coisa agora.
-O quê?
-É complicado. Não posso falar.
-Mas fala!
-Não. Não dá.
-Mas é alguma coisa grave? Pela sua voz...
-É...Não, quer dizer, é complicado.
-Mas já que me ligou. Fala! Que coisa!
-Não. Não liguei para isso, mas não é minha culpa, entende?
-Não.
-Não armei isso. Juro! Não pensei que seria assim, agora.
-Não entendi muito bem... Acho que imagino. Não dá para falar mesmo?
-Tenho que resolver isso. Não é de agora. Só não sabia que ia explodir hoje. As conseqüências... Nem quero imaginar.
-Tá. Depois a gente conversa. Quer que eu te ligue?
-Quando você volta?
-Eu te procuro.
-Tá... Desculpa. Não queria estragar o seu dia, principalmente hoje.
-Tudo bem.
-Reze por mim!
-Tá.
-Agora vai ser definitivo.
-Boa sorte.
-Parabéns.
-Tá. Tchau.
-Tchau.

Mulher do Padre

terça-feira, novembro 13, 2001

Morte

Minha mãe acabou de me ligar para contar que uma prima minha morreu. Nossa, é tão estranho... não era uma pessoa com a qual eu mantinha contato constante, mas também era uma pessoa que eu nunca imaginei que fosse morrer logo. É tão frágil, tão inesperado. Nem sei direito o que estou sentindo. Não digo que vou sentir falta dela, porque a gente mal se via, mas é bizarro pensar que ela já não está mais no mundo. Ainda não consigo processar isso, imaginar que ela já não está mais. Acho que o pior é que ela tem um filho da minha idade. Fico imaginando como ele está se sentindo. Fico pensando que podia ser minha mãe.
Bem, a irmã do Morpheus aparece nas horas mais inesperadas.

Alice
No shopping

Fui ao shopping comer alguma coisa, só que não sabia exatamente o que queria. Não era fome. Nem ao menos sabia se tava afim de um doce ou de um salgado.
Resultado: entrei em quatro filas diferentes até optar por um doce de chocolate que não me agradou e ainda por cima me custou muito caro! Estranho. Sempre que penso muito, racionalizo demais (pois é, pasmem, de vez em qdo eu faço isso!), parece que as coisas não dão muito certo. Fiz várias análises. Comparei preços, tamanhos, marcas, formas, texturas, pensei nos ingredientes e, por fim, observei as caras das pessoas comendo para ver se curtiam o que saboreavam. Quantas sinapses em vão!
A escolha racional não foi a melhor. Aquele doce foi uma decepção! Acho que daria mais certo se agisse como de costume: baseada na intuição. É, fazer escolhas por esse critério pode parecer meio esquisito, mas funciona! Principalmente quando não se sabe o que quer.

Mulher do Padre
Livraria II

Calliope, vc é uma sortuda! Ontem passei por uma maratona em várias livrarias atrás de um assunto não mto convencional: as ostras. Ao contrário de vc, eu achei o terminal na mega store, localizei o livro, mas não o encontrei. A vendedora mto menos! Mas a vantagem da mega store é que vc pode pegar um moonte de livros e revistas, sentar até no chão, fazer algumas anotações, e ninguém vem encher o saco. É quase como uma biblioteca, só que com livros novinhos.
Bom, mas terminada parte de minha pesquisa, eu fui numa outra livraria, mas eles não tinham nenhum livro de culinária. E eu, tonta, ainda arrisquei e perguntei: "e nem sobre as ostras?" e tive q aguentar um "não" acompanhado de uma risadinha de deboche!
Daí fui lá pra Liberdade. Que diferença! Os vendedores velhinhos e sorridentes me ajudaram a procurar, livro por livro, alguma coisa sobre as tais conchinhas. E a cada minuto a pilha de livros aumentava no balcão. Só que o fato de eles serem tão prestativos acaba atrapalhando, entende? Começaram a trazer umas coisas meio nada a ver... MAS o problema maior era que tava escrito tudo em japonês, buáaaaaa! E os preços, um absuuurdo. Aí é foda chegar e falar: "tá, obrigada, mas num vou levar nada". Só que foi o que tive que fazer...
Ah mas no final deu tudo certo e meu texto finalmente ficou pronto. Ufa!

Kit

segunda-feira, novembro 12, 2001

Na livraria

Poxa vida, três posts seguidos! To ficando boa nisso.
Semana passada eu fui numa livraria mega store e lembrei de um livro que eu tava afim de comprar. Só que eu não lembrava o nome do livro nem da autora. Só sabia que era Fernanda alguma coisa. Ai eu lembrei de uma entrevista que vi com ela, onde a tal Fernanda alguma coisa falava de um outro livro dela, cujo nome eu lembrei (por mais incrível que pareça).
O que fazer então? O mais lógico seria procurar um terminal de consulta (uma vez que vendedores de livrarias não costumam saber nem o que é uma página se "página" não estiver na lista dos best sellers). Só que eu não achei o terminal e fui perguntar para o vendedor onde tinha um (talvez isso eles saibam, eu pensei).
Perguntei para a vendedora e ela, pra minha surpresa, me perguntou que livro eu queria. Ligeiramente assustada, expliquei toda a situção pra ela, que eu não sabia o nome, nem a autora, etc etc. Novamente a vendedora me surpreendeu com um "Que livro dela você quer? O mais recente?" Assustei mais ainda, mas achei o livro que eu queria.
Me espantei com a situação. Imaginem, uma vendedora que conhece os autores e seus livros... Se eu estivesse na Livraria Cultura, na Fnac ou numa lojinha pequena, não seria tão surpreendente. Mas numa mega store?!
É esquisito pensar que alguém se espante por que um vendedor tinha o que todos os vendedores deveriam ter: conhecimento sobre o produto que vende. Antes era decepcionante ir numa loja onde o vendedor não sabia te ajudar. Hoje é natural. Fora do comum é o vendedor saber te ajudar.
Ai, ai. Que saudades do meu mundo perfeito, onde não existem tais inversões de valores...

Calliope
Alina

Alina é uma pessoa complicada. Tá, tá, todas a pessoas do mundo são complicadas, mas se tivesse a parada internacional de pessoas complicadas, fechando toda a Av. Paulista, ela iria de destaque num dos primeiros carros de som. Se as pessoas viessem com um manual de instruções (coisa que já sugeri a Deus, mas ele não me ouviu), no dela provavelmente viria escrito "Precauções: Se a apaixonar por ela pode trazer riscos à saúde".
As vezes eu me irrito com isso, mas essa complicação dela é tem um certo charminho. Quando eu digo "Devinitivamente eu não entendo você" ela dá uma risada e eu rio de volta. Não preciso entendê-la para gostar dela. Mas que isso ia ajudar, ia.
Nossa amizade é uma das coisas mais legais que eu tenho. E ela nem é seja minha melhor amiga, ou minha confidente, nem a gente sai sempre juntas. Mas a Alina é uma amiga única, o que faz a nossa amizade ser única também. Não tenho nenhuma outra igual a ela. E prezo muito isso.
Alina, se você estiver lendo isso, desculpe a pieguice, mas eu queria muito escrever alguma coisa sobre você. Não saiu exatamente o que eu queria (tem duas chatas aqui do lado me apressando).
Outro dia eu escrevo alguma coisa diferente...

Calliope
Especulações sobre a areia II

Akasha! Você roubou a minha frase!!! Tá, a frase não é minha, mas fui eu que usei primeiro. Sacanagem, pô!
"Bem aventurados sejam aqueles que amam essa desordem". O que isso tem a ver com areia? Dexa eu viajar um pouco...
Vocês já foram na casa de uma daquelas tias obcecadas por limpeza e ordem? Viram aquelas casas arrumadinhas, sofás limpinhos combinando com o carpete, bardes brancas... argh, isso me dá aflição, parece até cenário de novela mexicana de quinta categoria. Não tem vida, não parece quem ninguém mora lá.
Meu quarto (apesar de toda a reclamação da minha mãe) é um caos. Uma zona mesmo, bagunça total. Mas ninguém duvida que exista alguém lá, sabe como é essa pessoa. Há uma coisa minha na bagunça do meu quarto. Quando alguém chega lá e arruma, eu sinto no mínimo uma grande decepção.
Areia é caos. Quando você pisa a areia de uma praia, tudo aquilo lá já foi montanhas, vales, arvores, casas, pessoas, coisas. E agora, só areia, não é nada. A areia o que sobra de todo caos, destruição e desordem. Muito legal

Calliope
Casamento

Meu primo vai se casar no mês que vem. Eu odeio casamentos. Acho que está na minha lista das coisas que mais odeio (vem depois de passar frio, ar condicionado e dias feios). E, por ser meu primo, vou ser obrigada a ir. Já sei que vou odiar e ficar desejando ir embora a cada minuto. Não entendo porque as pessoas precisam se casar.
Para que dizer a um padre estúpido que você ama a pessoa e que quer ficar com ela para sempre? Para que ir a um cartório e assinar um papel comprovando a união? É quase como menosprezar o ato, pois precisa de testemunhas e documento. É burocratizar o sentimento. Não faz sentido, para mim dizer apenas à pessoa já basta.
Eu nunca disse isso a ninguém, mas apesar dessa minha convicção de que o casamento é inútil, tem uma pessoa com a qual eu casaria. Nem ele sabe disso. Acho que eu nunca falei porque tinha a esperança de que até chegar a hora H ele deixasse de querer se casar. Mas, por dentro eu sabia que se resolvêssemos ficar juntos e ele quisesse, eu casaria. Se para ele fosse importante, não seria um sacrifício grande demais para mim. Bem, agora não preciso mais casar com ele, só que isso não me deixa feliz...

Alice
Ódio

Bradamante: Sim, odeie, odeie com todas as suas forças. Ele merece. E você também. Dos sentimentos, que tenha sempre os mais intensos, não importa quais. E chora muito, que chorar é bom. E sempre que precisar, liga pra mim.

Alice

sábado, novembro 10, 2001

Fora com os relógios!

Meninas, meninas, tenho a solução final para tudo: o tempo não existe!
Ou, se existe, é relativo.
Agora, com licença, que ainda não entendi direito o que acabei de escrever.
(este post continua...)

Naftalina, pensando em fazer um curso de Física

sexta-feira, novembro 09, 2001

Tempo, tempo, mano velho...

Akasha, de fato o tempo é complicado. E totalmente subjetivo. Como já diria o Big Al, tudo é relativo. Perseu costumava falar sobre a diferença entre ficarmos um minuto juntos e ficar um minuto com a mão na chapa quente. De fato, a discrepância é enorme. Smashing Pumpkins, time, is never time at all
E a saudade e as memórias. Já disse que desde que ele me deixou o tempo passa de forma muito estranha. Parece que foi ontem e já faz dois meses. É outra areia, Calliope, a do tempo. Areia sobre a qual Morpheus não tem nenhum poder.
Estranho falar que o tempo cura. Depende. Para quem ele parece não passar, não faz a menor diferença.
Gosto do tempo da natureza, da passagem das estações, do nascer e pôr do sol. Odeio o relógio.
Estou escrevendo coisas sem noção. Mas no tempo da minha mente tudo faz sentido.

Alice
Inaugurando uma série sobre divagações inúteis. Não me perguntem por que eu escolhi o tema "areia" para falar. Agora estou achando estúpido, mas na hora pareceu tão legal...

Sem mais delongas, vamos lá:

Especulações sobre a areia I

Sandman, claro. O "Homem-Areia", surgiu como uma fabula (dos irmãos Grimm, La Fontaine, Esopo ou um desses, não lembro) não muito popular no Brasil, mas bem conhecida na Europa e EUA, sobre o Velho-do-Sono que vem à noite soprar areia nos nossos olhos para que a gente durma e sonhe.
Mas não é desse Sandman (fábula meio bobinha, por sinal) que eu estou falando, e sim da magistral criação de Neil Gaiman, um escritor que adaptou a lenda para os quadrinhos. Numa série fechada (ao contrário da maioria das HQs, que continuam por séculos e além) ele fez simplesmente uma das melhores histórias que eu já vi. Sandman é o rei dos sonhos, uma encarnação do próprio Sonho em si. Lindo, maravilhoso.
E a areia está lá, ora soprada nos olhos, ora em um deserto onde tempo e espaço convergem em nem-uma-coisa-nem-outra, ora nas lendas das Mil e Uma Noites e em outros lugares que eu não me lembro agora.
É uma história muito especial, não só por ter me dado aquele feeling de quando uma história é excelente, bem feita, bem contada (veja meu post The Rest is Silence, de 05/10/2001, para saber do que eu estou falando), mas também por ter sido a única história em que a minha curiosidade foi superada pelo meu medo da história acabar para sempre. Eu demorei mais de três meses para criar coragem de ler o livro final, e o fiz com um aperto danado no coração. Me despedir dessa história está na lista de coisas mais tristes que eu já tive que fazer. Mesmo.

Calliope
E-mail novo e o Princípio da Incerteza de Heisenberg

Estou com um e-mail novo em um servidor novo. O atrativo é que ele mostra quando a pessoa leu seu e-mail. No começo eu achei muito legal, assim eu saberia quando leram e se leram o que eu escrevi. Depois de um tempo eu vi o lado ruim. Você manda um e-mail super importante para aquela pessoa especial e ela não te responde. Começa a pairar a dúvida: será que ela leu e não quis responder ou será que ainda não recebeu meu e-mail? Sabe o Princípio da Incerteza de Heisenberg? Enquanto a caixa está fechada o gato está 50% vivo e 50% morto. Esse novo servidor de e-mail abre a caixa e te diz: sim, ela leu seu e-mail e não quis responder. Pode ser decepcionante.
Mas eu não me importo, sempre opto pela verdade, mesmo quando ela significa renunciar à felicidade. Então, prefiro saber se a pessoa leu e não quis responder do que ficar imaginando que ela não deve ter lido.
Agora, para quem prefere a dúvida/esperança, não recomendo abrir conta no Gogo.

Alice

quinta-feira, novembro 08, 2001

Terapia

Comecei a fazer terapia de novo. Sim, em meus 19 anos de vida já passei pelos consultorios dos psicólogos quatro vezes. Na primeira eu tinha cinco anos!!! Vocês tão vendo que na mais tenra idade eu já era problemática.
Mas tudo bem, pelo menos dessa vez foi por vontade minha, e não de alguma escola que não conseguia me ajustar no seu corpo discente. As vezes penso que são as conselheiras dessas escolas que estão precisando de terapia...
Eu estou achando muito legal, apesar de todo o meu preconceito contra pisicologos, psiquiatras e terapeutas do gênero, mas só com duas sessões não da pra ver efeito algum. Queria que fosse mais rápido.

Calliope

quarta-feira, novembro 07, 2001

Na faixa

Aiai... Ontem fui fazer um frila pruma revista de culinária japonesa, e ganhei três drinks de sakê na faixa! Cada um custaria acho que uns 9 reais. Hmmmmm... e eram mucho buenos! Tá certo q também tive q comer ostra (bléecatch), mas tinha tbm uns espetinhos grelhados.. nham nham! Tô pensando seriamente em fazer carreira como jornalista gastronômica (é assim que chama?), hahahaha! Brincadeira, viu gente.

Kit
Cat Power, ou como um show deve ser feito

Acabei de chegar do show da Chan Marsall, a.k.a. Cat Power. Foi muiiiito bom. Arriscaria dizer que foi o show mais bonito que já vi (nota: mais bonito não quer dizer melhor). O show de fato era dela. No palco apenas Chan, seu violão e seu piano. Senti até uma pontinha de solidão, porque ela não tinha a quem recorrer, trocava o microfone de lugar, arrumava o amplificador, tudo sozinha. É corajoso fazer algo assim. Hoje ela deu uma entrevista na Folha dizendo que há tempos ela não faz um show com banda e que prefere assim, pois ela tem total controle sobre o que acontece, se algo der errado é culpa apenas dela e, o que me deixou um pouco perturbada, que com um monte de gente no palco seu papel é apenas de entreter o público. Na hora não me fez muito sentido. Agora percebi o que ela quis dizer. Tipo, o som do show era bem baixo, dava pra ouvir até as batidas de pé dela, qualquer erro era perceptível. E se ela cansasse e quisesse tomar água, não ia ter um solo de guitarra ou bateria para cobri-la enquanto ela fazia isso. Em um grande show de rock tem muito barulho, muito exagero, glamour. Os caras erram letras, notas, acordes e ninguém nota. As pessoas vão pelo espetáculo, pelo teatro, não pela música. A banda de fato está lá para entreter as pessoas e não para mostrar sua arte.
Outra coisa que me chamou atenção no show foi sua despretensão. Ela errou, parou, conversou com o público, parecia mais um ensaio entre amigos do que um show. Nada daquele lance de querer fazer um espetáculo perfeito, milimétrico, nada de “lirismo comedido”. Foi sincero, humano. Como se ela quisesse provar que não é grande coisa, que é apenas mais uma como a gente que estava lá. A perfeita antítese do mega-star.
Se um dia eu fizesse um show gostaria que fosse assim. Intimista no sentido de ser íntimo do público. Despretensioso, verdadeiro, natural. Chan, foi lindo. Parabéns.

Alice

terça-feira, novembro 06, 2001

Sobre sentir falta das coisas

Definitivamente andar de carro em São Paulo é uma guerra. Não me assusta que tanta gente se estresse, brigue e mate outras pessoas no trânsito. Saí hoje de casa às 7h30, demorei mais que o dobro do tempo para chegar ao trabalho, um ônibus quase bateu em mim e quando cheguei ainda demorei mais um tempão para conseguir um lugar para parar o carro. No fim, tive que estacionar na PQP. Andar de ônibus é muiiiiito melhor. Se tiver trânsito, você dorme. Nunca precisa procurar vaga, desde quando dá na telha. Estou abolindo de vez o uso de carro nos dias de semana.
Ah, sim, além disso, só hoje descobri que meu carro não tem cinzeiro nem acendedor de cigarro. Eu nunca tinha reparado nisso, porque nunca tinha precisado. Foi a primeira vez que fumei enquanto dirigia e só agora fez falta. É mesmo, a gente só consegue reparar nas coisas quando elas fazem falta.

Alice

segunda-feira, novembro 05, 2001

Liturgia das Horas

Quero indicar um outro blog: Liturgia das Horas (www.caraiba.blogspot.com). O autor é um escritor curitibano que vive no Rio de Janeiro mas nunca abandonou aquele sotaque gostoso de quem vem do sul. Está para lançar um livro de contos pela Imprensa Oficial do Paraná. Gosta do que toca a carne, do que é de sangue, de dores e sensações fortes. Nada de emoções fingidas e cigarro light. Entre um mate e outro toma conta de sua gata e escreve no blog. Seus textos sempre têm relação com os livros, o cinema e as dores desse mundo. E digo que esse homem do mesmo signo que o meu não tem medo de viver. É dono de coragem para dizer sim e ser "íntimo do mistério", como ele mesmo diz.
Outra coisa que o faz especial é aguentar essa "menininha", ouvir suas bobagens e se dispor a discutir literatura com ela. :o)
Vale a pena dar uma espiadinha no seu "diário de leituras e contatos".

Alice
Para a Akasha, sobre as fotos

Sabe aquela coisa que você disse sobre não gostar de tirar fotos? Acho besteira. Os argumentos de quem não gosta de tirar fotos normalmente são: ah, não sou bonita, não sou fotogênica, meu cabelo tá feio. Mas, olha só, se você não é bonita, todo mundo está te vendo assim o tempo todo. Na foto você ainda tem tempo de arrumar o cabelo, dar um sorriso, tentar aparecer pelo seu melhor ângulo. E se a foto ficar ruim, jogar fora. Agora no dia-a-dia não dá para se mostrar o tempo inteiro na sua melhor pose.
Outra coisa: se você se preocupa com o futuro, pô, vai ser outro tempo, você já vai ser outra pessoa. Não adianta tentar fugir de quem já foi.
Eu não sou bonita e não me importo de tirar fotos. Todo mundo me vê assim o tempo todo, qual o problema se isso vai ser impresso em papel ou não?

Alice
The award e pessoas

Akasha, adorei seu poema!!! Muito bom, mesmo. Uma pergunta apenas: por que em inglês e não em português? Agora, comentários:
The award I'm looking foward to receive: I don't know where it is or even if it exists, if I deserve it and I'll get it or not... I don't know. I still looking for... This remember me a Wonder Years' episode... in portuguese: "Passamos nossa juventude procurando alguém para amar, alguém que nos complete. Escolhemos parceiros, trocamos de parceiros. Dançávamos uma música que falava de dor e esperança enquanto imaginávamos se em algum lugar existe alguém perfeito, procurando por nós". Será?
A dificuldade de achar pessoas interessantes: é foda achar gente interessante. E quando você acha algumas pessoas muito, muito interessantes você tende a ficar seletiva demais e achar as pessoas cada vez menos interessantes. Aí é preciso algo realmente bom para te impressionar. Quando eu disse sobre achar alguém que logo de cara é legal, que logo de cara você sente que não quer perder, não tem a ver com amor, mas com afinidade, tipo daquela que a Kit falou, que existe entre amigos. Mesmo essa é difícil.

Alice

domingo, novembro 04, 2001

Seminário de política e o idiota da Blockbuster

Maldito Chomsky! Droga, preciso terminar um seminário para amanhã de manhã e simplesmente não consigo. Acho que me falta capacidade mental para organizar o pensamento de 70 páginas em 30 minutos de palestra e duas folhas digitadas. Até hoje não aprendi a fazer isso, acho que nunca vou aprender. Mas, como a professora não vai aceitar essa explicação, resolvi escrever para ver se desobstruo a mente e consigo voltar a raciocinar.
Hoje fui até a Blockbuster comprar uma fita de vídeo e fiz uma coisa que não costumo fazer. Quando fui pagar, peguei a fila mais comprida, simplesmente para ser atendida por um certo rapaz. Ele não era bonito, mas algo nele me lembrava o Edward Norton (que eu acho lindo, principalmente em O Clube da Luta) e o crachá dizia que o nome dele era Fábio. Enquanto ele atendia o casal na minha frente, fiquei observando e estava ansiosa para que chegasse logo a minha vez e ele falasse comigo. Não é relevante, mas estava tocando Faroeste Caboclo. O casal foi embora, ele me chamou. Quando me disse "Boa Tarde" fiz questão de responder com um sorriso enorme. Ele não retribuiu. Perguntou automaticamente, como deve fazer centenas de vezes por dia, se eu não queria mais nada, registrou o que eu estava levando, disse "R$12,70", pegou meu cartão, passou, deu o papel para eu assinar, me entregou meu pacote e disse tchau. Não fez nada de especial, não puxou conversa comigo, não sorriu para mim. Quando eu estava saindo percebi que ele mancava. Pode ser que estivesse só com o pé machucado ou poderia ser uma coisa permanente, não sei. Mas isso alidado a ele não ter esboçado nenhuma simpatia por mim fez com que o cara perdesse toda a graça. Engraçado como eu consigo me desencantar pelas pessoas tão rápido. Uma coisa errada que ela diz, um gesto descuidado, a falta de um sorriso, qualquer coisa é motivo para que eu perca o interesse. Sou exigente demais, gostaria de ser mais tolerante, menos chata. Com certeza eu teria muito mais amigos e pretês. Por outro lado, ser seletiva é bom, você só anda em companhia de pessoas que realmente valem a pena. E quer saber? Não é culpa minha se o idiota da locadora não sabe nem ao menos sorrir para uma garota. Perdeu a oportunidade. E eu não perdi meu tempo com alguém que não vale a pena.
Droga, por que é tão difícil encontrar pessoas interessantes, daquelas que logo de cara você sabe que não quer perder nunca mais?
Será que existe alguém assim procurando por mim? Se sim, onde está você?

Alice
Sintonia

Outro dia encontrei por acaso uma amiga que há muuuito tempo eu não via. O mais legal foi que a gente conversou e riu exatamente como costumávamos fazer na época do colégio. Ela está mais madura, percebi que cresceu, que mudou bastante. Mas continua a mesma pessoa, entende? E isso me deixou contente, com uma sensação leve. Foi bom saber que apesar de cada uma estar vivendo sua vida, ainda existe aquela sintonia.
Só que num outro dia, encontrei uma outra amiga de colégio. A gente se dava super bem, ela era uma das minhas melhores amigas. E aí eu percebi que ela também não tinha mudado nada. Continua igualzinha, mas isso me incomodou... Pq ela continua ingênua, continua pensando como pensava no colegial. Ela não mudou, não amadureceu. Não que eu tenha amadurecido muito, mas acho pelo menos deixei de ser um pouco bobinha. E aí o papo não fluiu, e fiquei mal com isso. Estranho né? Parece que não tínhamos mais a tal da sintonia. Vai entender.

Kit
Declaração de amor num dia cinza

O dia tá cinza, tá chovendo, odeio isso. Botei o CD do Gorillaz para ver se dava uma animada, mas nem. Pelo menos uma coisa boa: uma amiguinha me mandou um e-mail. A gente estava sem se falar por um tempo (desde que fiquei sem ICQ) e eu estava sentindo a falta dela. A gente se dá muito bem apesar da distância e ela é um amor de pessoa. Em épocas como essas é legal saber que ainda tem gente que se lembra e se preocupa com você.
Pausa para uma declaração de amor: AMIGUINHA, TE AMOOOOOOO!!!!

Alice

sexta-feira, novembro 02, 2001

Sobre um huguenote

Quinta-feira um huguenote me disse que eu era uma boa amiga no momento porque eu estava down, assim como ele. Esse também é o cara que disse que eu estava muito chata aqui no blog porque só falava de coisas deprê. Bem, ele me fez lembrar de um poema lindo do Manuel Bandeira. Ah, mas antes disso gostaria de indicar o blog desse meu amigo: huguenote.weblogger.com.br. Ainda tem pouca coisa escrita, mas os textos são bons e esse menino, apesar de ser novinho (haha, isso foi uma provocação), tem coisas interessantes a dizer. Agora, o Bandeira:

Desencanto

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é de sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústica rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

- Eu faço versos como quem morre.

Alice
Aulas de teclado

Bradamante e Akasha, acho que querer fazer música não é só questão de rebeldia e "status". É também vontade de fazer algo que a gente admira. Eu adoro música e acho que por isso andei me aventurando pelas aulas de teclado. Se não me engano, duraram um ano, e nesse meio tempo também aprendi a tocar órgão. Eu adorava ficar fazendo os acordes no pedal, o som era muito mais forte, não se pode fugir dele, parecia que penetrava a alma. Bem mais legal que o barulho eletrônico do teclado.
Tocar não era um ato de rebeldia para mim (também, tocar órgão está bem longe disso), tinha a ver com querer fazer música, não ser uma ouvinte passiva mas também capaz de produzir aquilo que eu tanto gostava. Nunca consegui muita coisa, é claro. Mas pretendo voltar a fazer aulas. Podíamos todas fazer aulas e montar uma banda, que tal? Ia ser divertido, dava para tentar fazer um mix de Blur, Bon Jovi e Alanis... freak!!!

Alice

P.S.: Aquilo que a Akasha falou sobre tocar Come as You Are. Lembrei que um cara pelo qual fui apaixonada quando eu tinha uns 15 anos me ensinou a tocar o comecinho dessa música no teclado... acho que já não me lembro mais como era, mas foi muito especial para mim. Duas coisas lindas ao mesmo tempo: Nirvana e aquele boyzinho metido a punk.

quinta-feira, novembro 01, 2001

Sua vida não é um seriado de TV

Uma vez me disseram isso. E eu concordo. Minha vida não é um seriado de TV, não é um filme, não é um livro. Se fosse seria muito mais fácil. Eu poderia mudar de canal, sair do cinema, fechar o livro. Bem, mas atualmente meus dias são músicas. Cada dia uma. Ontem era Undone: The Sweater Song. Hoje é essa:

"Singing this song
Singing along
Makes it easier for me to see you go
But in doing so
It only serves to show me
that I'm still in love with you"


Alice
Cinema Terapia

Acabei de ver um filme liindo na mostra. O Amor de Nabie. Filme japonês, com fotografia linda, idéias ótimas, história muito boa. Chorei muito. O filme não é de fazer chorar, mas estou sensível, chorei, chorei, chorei de soluçar. Foi como uma terapia. Sentar lá, assitir ao filme e botar tudo pra fora no escuro onde ninguém pode te ver. Estou me sentindo renovada.
E tenho de admitir que o Skank ainda faz letras boas. "Sim, ela vai achar alguém para a vida inteira, como você não quis. É fácil perceber que a sorte escolheu você e você cego nem nota..."

Alice

quarta-feira, outubro 31, 2001

Sanhaim

Para os celtas hoje é Sanhaim, dia de cultuar os mortos, preparar-se para o inverno e comemorar o último dia do ano - no seu calendário amanhã é o primeiro dia do ano.
E hoje vou fazer um ritual de Sanhaim: acender uma vela laranja e queimar em suas chamas um pedido. Há cinco anos eu peço a mesma coisa, que nunca se realizou, mas hoje o pedido será outro. Percebi que aquilo já não era mais importante e que agora tenho algo mais urgente, mais verdadeiro, mais forte, para desejar. Dessa vez vou pedir algo que realmente pode mudar minha vida.
Por favor, torçam para que a Deusa ouça meu pedido e que ele se realize. Eu realmente preciso disso.

Alice das Fadas
Lugar Nenhum

Faz tempo que não escrevo aqui. Sou de lua. De repente, acordo com vontade de falar um monte de coisas e com todas as pessoas que aparecem na minha frente. Todas mesmo! Nesse dias, a maior curtição é encontrar alguém que começa a puxar uma conversa do nada. Isso até que acontece freqüentemente comigo. Conheci pessoas muito legais desse jeito, sem uma condição que favorecesse uma amizade, como ver o cara todo dia ou estudar no mesmo lugar, por exemplo. Nada disso. Apenas a coincidência de estar no mesmo lugar naquele instante é necessária. Esse tipo de coisa a gente não planeja, não corre atrás e nem cria expectativas. Sai natural, por isso é tão bom.
Mas, aqueles que naqueles instantes pareciam tão próximos, agora não vejo mais. Só ficaram lembranças e boas risadas. E quando começo a pensar em algum que tenha me marcado mais, aparece outro, e outro... e por aí vai. No fundo, parecem todos iguais. As diferenças ficam menos perceptíveis e vira tudo uma coisa só.

Mulher do Padre
Bizarro

Estou no labri e adivinha o que começou a tocar? Weezer, The Sweater Song!!!! Hahaha, não acredito. Duas vezes no mesmo dia uma música que quase ninguém conhece...
Foi eleita a música do dia.
If you want to destroy my sweater
Hold this thread as I walk away
Watch me unravel I'll soon be naked
Lying on the floor, I've come undone



Alice
If you want to destroy my sweater...

Meu, essa semana a MTV está especialmente boa de madrugada. Depois daquela seleção ótima de segunda, hoje tocou de uma tacada só: Wallflowers, Stereophonics, Weezer e Dido. Cara, queria saber quem é que está escolhendo os clipes desse horário. Da hora.
E ouvindo o Weezer percebi que o The Sweater Song é uma puta metáfora... nunca tinha pensado nessa música dessa maneira, mas hoje era tudo que eu tava sentindo, alguém puxando o fio da minha blusa aos poucos até me deixar nua e caída no chão. Lindo!

Alice
You oughta know

A Deusa Alanis sempre sabe o que dizer:

There was a slap in the face how quickly i was replaced

Alice

terça-feira, outubro 30, 2001

TÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉDIO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Na boa, acho que vou morrer de tédio. Não que eu não tenha nada pra fazer, mas ultimamente, meu pique está a zero. Eu deveria estar em aula agora, ou indo pro cursinho, ou estudando pro vestibular (ta, podem rir). Mas não, estou matando meu precioso tempo, escrevendo um texto sem total conteúdo, desesperadamente procurando agém pra falar qualquer merda e fumando como uma condenada por pura falta de vontade de fazer outra coisa. Mas tudo bem, acontece.
Preciso de motivação pra fazer as coisas, e isso é um saco. To sem motivação até pra sair da cama...

Calliope

segunda-feira, outubro 29, 2001

MTV

Hoje e a MTV voltou a ser boa. Pelo menos nos 10 minutos que pude assitir entre as 5h30 e às 6h da manhã. De uma vez só passou cilpes do Radiohead, Pixies e Blur (e nem era Song 2, mas sim Charmless Man!!!). Foi lindo. Depois de tanto tempo sem ligar no canal porque só estava passando coisas ruins, foi maravilhoso ver clipes bons de novo, clipes não comerciais, ver que talvez a MTV que eu gostava não estava morta. Tá certo que era de madrugada, na hora em que ninguém assiti, mas foda-se. Essa seleção fez com que eu tivesse esperanças de que a MTV volte a ser boa, volte a ser a emissora que eu assisto desde sempre, que cresceu comigo.

Alice
De lhamas e trufas

Estou descobrindo que sou bizarra, também.
Dia desses, descobri que, quando ando, tenho a elegância de uma lhama. A comparação é minha, mas foi uma amiga deste blog (mas eu não vou dizer que foi a Kit), que chamou a minha atenção para a bizarrice.
Pouco tempo depois, tive que ouvir da minha irmã que eu estava estranha. Quando perguntei porque, a pérola: "É que você está muito normal!"...
E eu, que sempre fui a pessoa mais pacífica do mundo, estou aprendendo a ser chata. Falando ontem com o meu engenheiro, ele disse que sentia-se num interrogatório policial, porque eu questionava tudo o que ele dizia. "Por quê?", "Como assim?","Onde você quer chegar?"...
E ele: "Em lugar nenhum! Que paranóia...". No fim, não chegamos a nenhuma conclusão. Ele, bravo de um lado, e eu, arrependida... Mas nem tanto, que discutir também pode ser divertido (se você for o meu engenheiro, por favor, eu não estou falando sério).
É como já diria a tia da trufa... Eu sou uma encrenqueira. Pode?

Naftalina

ps. Para quem não sabe, as Lhamas são animais grandes e peludos (parecem um tapete com patas), com uma cara enrugada e pacífica. Elas vivem em montanhas (do Peru, acho) e andam de focinho empinado, balançando o corpo para cima e para baixo. As Lhamas não tem amortecedor nas patas.

sábado, outubro 27, 2001

Natal

Cara, já estão colocando decoração de Natal nos shoppings!!! Desesperador. Me lembra que em breve o ano acaba e, pior, que logo vai chegar o Natal. Odeio essa data. Sem maiores explicações. Vou pegar emprestados versos do Belle & Sebastian:
I don't love anything
Not even Christmas
Especially not that

Alice
Pertence ou não pertence?

Esses dias ando pensando muito sobre o que eu sou, sobre as coisas com as quais me identifico, sobre pertencer a grupos. E cheguei à conclusão que não pertenço a grupos, flutuo por eles. Não me sinto inserida de verdade em nenhum, mas, de certa forma, faço parte de vários. É como quando você tem um conjunto que contém um subconjunto. Eu faço parte do mega-conjunto, que é o conjunto dos "outsiders", ou das pessoas "anormais", como já me classificaram. Aí criaram uma série de subgrupos dentro do meu conjunto e acabei inserida em alguns deles: os nerds fãs de Arquivo X, de Star Trek, de RPG, de Tolkien, de Animes, de quadrinhos, os "intelectuais", os indies, e por aí vai... Estou contida nesses subgrupos mas pertenço a algo maior. Legal isso, faz com que eu não tenha que usar rótulos, ou que tenha vários que eu troco sempre. Acho que não fazer parte de nenhum grupo te deixa mais livre. Aliás, esses pensamentos sobre grupo são muito pertinentes em época de Mostra de Cinema. Todos os dias encontrei alguém conhecido no cinema. Parece que eu vou apenas aos lugares que as pessoas que eu conheço vão.
Mas deixa isso pra lá, já estou com sono e meio bêbada. Acho que vou dormir.
Só queria agradecer a você pelo lance dos conjuntos. Hoje eu estava pensando sobre isso e vi que a comparação é realmente muito boa. É por isso que vc faz parte daquele grupo de meia dúzia de pessoas (margem de erro de + ou - 1).

Alice

sexta-feira, outubro 26, 2001

B&S

Grandaddy já vai começar a tocar. E eu não tô lá. Que merda de Free Jazz... eu só queria ver o Belle & Sebastian mas fiquei sem ingresso... buááááá

Alice

quinta-feira, outubro 25, 2001



Não, Akasha, nem é isso! Eu primeiro parei de falar com ela e depois outras pessoas pararam de falar comigo, entende? E quando li tudo aquilo não tive vontade de voltar a falar com ela. Na verdade o que senti foi um certo incômodo por ela ainda ter tanto em comum comigo. Me senti roubada da minha individualidade. Entende? Por isso fiquei tão revoltada. Queria nunca mais ter que me lembrar disso, dela, de quanto me magoei. Mas não posso fugir de algumas coisas que eu sou e algumas dessas coisas nos unem. Quem sabe isso também não é um pouco de orgulho meu, de não querer dar o braço a torcer? Quem sabe daqui a dez anos eu não me arrependa, pegue um cortador de grama e vá vê-la? Nobody knows.... Mas hoje é isso que faz sentido para mim...

Alice


Eu

Que merda, ela fala de mim... "Enquanto havia mágoa, parecia muito certo. Mas depois veio a ausência e isso pesa. Do mesmo jeito que a xxx" (sou eu, mas não posso pôr meu nome, right?).

Alice
Why does it always rain on me?

Sim, Callipe, muito bom. Hand in my Pocket é muito foda-se. Só não me conformo que eu, ultra-fã da moça, não me lembrei dessa música (na verdade tinha me passado outra pela cabeça, Not The Doctor, mas achei que nem era tanto assim).
Hoje eu queria falar das minhas novas resoluções, do meu reencontro comigo mesma, mas cara... acabou de me acontecer a coisa mais bizarra do mundo. Sim, coisas bizarras vivem acontecendo comigo, mas essa foi demais.
Deixa eu tentar explicar, porque estou sentindo uma coisa tão estranha que nem sei se consigo escrever direito. Bem, agora entrei na page do blogger para escrever aqui e naqueles blogs que ficam em destaque vi um que me chamou a atenção pelo título: Sweet Dreams. Pensei que podia ter algo a ver com o Sandman. E tinha. Assim que abri a page, duas coisas me chamaram a atenção. 1ª, o lay-out é igual ao nosso (mas sem as mudanças de cor, claro). 2ª, naquele textinho que fica no canto estava escrito o seguinte: "... coisas não precisam aconter pra ser verdade. Contos e sonhos são verdades sombrias que resistirao enquanto meros fatos são pós e cinzas, e esquecidos." Calliope, vc sabe de onde é isso né? Sandman. Sim. Daí comecei a ler o resto, já me interessando, achando que tinha encontrado outro apaixonado por Morpheus. É quando atento para o endereço do blog. Não vou mencionar aqui, mas digo que tem a ver com a rainha dos Elfos em Senhor do Anéis. Que merda, nessa hora eu percebi que aconteceu o mais impossível de acontecer. Achei o blog da minha ex-melhor amiga sem querer, simplesmente pq ainda temos muitos gostos em comum.
Ainda não acredito. Estou me sentindo péssima. Inexclusiva. Pô, até o lay-out da page dela é igual ao da minha! E ela cita um trecho de uma música da Madonna. E M&Ms, e Sandman, e American Gods, e Arquivo X, e as pessoas que deixei pra trás por causa dela. Que merda!!!!!
Pronto, conseguiu estragar meu dia. E nem ouvir Travis tá me ajudando... Why does it always rain on me?

Alice

quarta-feira, outubro 24, 2001

Cinco músicas sobre foda-se (agora sim!)

1 - I Will Survive - Gloria Gaynor
2 - Nothing else matters - Metalica
3 - Time of your life - Green Day
4 - O Mundo - Capital Inicial
5 - Hand in my Pocket - Alanis Morisette

Calliope e Alice

terça-feira, outubro 23, 2001

Continuando a história da Kit

Já jogaram Once Upon a Time? Bem, se não jogaram também não estou com saco pra ficar explicando o que é, mas vou continuar a história da Kit nos moldes da brincadeira supracitada. Lá vai:
Na maioria das vezes elas se davam bem. Mas tinha dias que aconteciam coisas bizarras. A Kit, por exemplo, podia ficar brava com a Calliope porque ela espirrou água no seu rosto. Como ver a Kit brava não é uma coisa comum, todo mundo acha que vai ser o fim do mundo. Daí a Naftalina simplesmente some, porque ela nem curte presenciar brigas. A Mulher do Padre, como sempre, vai tentar fazer todo mundo ficar zen com um daqueles papos sobre amizade, tolerância e vai pedir pra todo mundo meditar. A Akasha vai começar a contestar - porque ela adora uma discussão - e as duas nem vão mais prestar atenção na Kit e na Calliope, mergulhadas demais em sua conversa. A Alice vai começar a achar um porre o papo das duas e ridículo a Kit ter ficado brava por tão pouco. Nessa hora chega a Bradamante. Ela não entende nada e começa a ficar histérica porque não suporta ver as pessoas discutindo sem que ela saiba o que está acontecendo. E procura pela Naftalina. Alguém conta que ela foi embora e a Bradamante acha uma super falta de consideração da parte dela ter fugido num momento de crise. Nessa hora as seis garotas estão morrendo de vontade de se estapear. Akasha, Alice e Calliope começam a lembrar de Tyler Durden e não acham má idéia distribuir socos. Cria-se uma nuvem de tensão à sua volta...
O resto da história? Você decide. Ou algumas das meninas resolve contar...

Alice
A história sem fim (nem meio)

Quer dizer que estamos caindo no ibope? Então vou dar o ar de minha graça pra levantar um pouco a nossa bola, hahahaha!
Aí vai uma historinha.
Num planeta distante habitavam apenas sete seres. O engraçado era que eles eram de espécies diferentes, sendo um mais estranho que o outro. Mas o mais legal era que, apesar das diferenças gritantes, todos se davam muito bem. Ou nem sempre, mas na maioria das vezes sim.
E essa história vai ficar sem final (nem meio) pq tenho que ir fazer uma matéria! Foi mal... Um dia eu termino, quem sabe, hehehe.

Kit

segunda-feira, outubro 22, 2001

As duas semanas mais felizes do ano

... Definitivamente são estas últimas de outubro. Além de estar acabando esse mês que eu odeio, tem a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (que agora se chama Mostra BR de Cinema, pode??).
Eu já vi seis filmes até agora, um melhor que o outro. Hoje vou ver mais três. Minha meta é bater o recorde do ano passado (quando eu vi 21).
O mais frustrante é saber que tem mais de 200 filmes passando. A quantidade de filmes que eu vou conseguir assistir é tão pequena perto disso... Muito triste.

Indicações de filmes totalmente show de bola que eu vi (caso alguém queira dar uma passadinha na mostra)

- A Princesa e o Guerreiro (não se deixem levar pelo título, o filme é bom)
- A Caverna (começa chato, mas o final é totalmente inesperado)
- A Última Ceia ou Como dois loucos fizeram um filme
- Hedwig: Rock, Amor e Traição
- Metrópolis (para quem gosta de anime. Roteiro de Katsuhiro Otomo, baseado nos quadrinhos de Osamu Tezuka)

Bem, por hoje é só. Vou correndo começar minha maratona cinefila de hoje.

Calliope
Minha paixão pela primavera ou eu não sei mesmo dar títulos

Essa é a melhor época do ano. Já não faz muito frio, as flores amarelas e roxas começam a cair das árvores, os pés de amora e pitanga ficam carregados. É quase perfeito.
Acabei de descobrir um pé de pitanga que em um ano e meio de USP eu nunca tinha visto. Acho que quase ninguém conhecia aquela árvore, porque ela estava cheinha de pitangas maduras, lindas, deliciosas, de desmanchar na boca. E por causa da chuva que caiu esta noite elas estavam úmidas. Tive um momento de epifania devorando aquelas frutinhas. Quase fui pro céu. O gostinho meio doce e meio azedo se desfazendo entre meus dentes, aquela sensação mágica... nossa! Sabe por que pitanga é tão bom? Porque só dá uma vez por ano e não vende em lugar nenhum. Você só consegue comer pitanga nessa época do ano e se encontrar um pé. Eu adorava manga, passava o ano inteiro esperando para comer, mas depois que inventaram a manipulação genética dos vegetais dá para encontrar manga o ano inteiro. Perdeu a graça. Mas enquanto ninguém se preocupar em fazer isso com as pitangas também elas vão continuar sendo especiais.
As amoras entram na mesma categoria das pitangas: frutas que só se come uma vez por ano e no pé. E apesar de não ter um sabor muito marcante, podemos dizer que é até sem graça, a amora tem um charme especial por ser difícil de conseguir. Nessa temporada elas estão mais sem graça ainda. Talvez por falta de chuvas ou por não ter feito frio suficiente, as amoras estão xoxas, secas, muito azedas. Mas mesmo assim não pude resistir a comer uma porção delas quando vi o pé carregado de frutinhas já roxas. Parecia uma afronta, uma falta de respeito deixá-las lá.
Tem coisa mais linda do que deitar na grama forrada por florzinhas amarelas e depois ir comer frutinhas direto do pé? Mais completo que isso só depois que as flores vermelhas, tão vermelhas que até dá vontade de comer, começarem a abrir.
Cara, eu adoro a primavera.

Alice
O silêncio

Outro dia me disseram o seguinte: "O homem nunca é tão dono de si mesmo quanto no silêncio; fora dele, parece derramar-se, por assim dizer, para fora de si e dissipar-se pelo discurso; de modo que ele pertence menos a si mesmo do que aos outros"

Sei que isso é verdade, mas não consigo deixar de falar e não entendo o porque dessa minha necessidade de me derramar, de me colocar pra fora. Falo demais, escrevo demais, me exponho demais. Outro dia eu estava pensando na razão pela qual eu tenho essa maldita dificuldade em dar títulos, seja para os meus posts no blog, para as redações de escola, para os textos que escrevo, para as matérias do jornal. Acho que tem a ver com o fato de não saber sintetizar as idéias em poucas palavras. Eu sempre preciso de muito, sempre exagero nas palavras. Quem sabe não é mal de jornalista?
Mas eu gostaria de saber calar mais. Às vezes estrago tudo por dizer o que não deveria ser dito ou que eu não gostaria de dizer. Gostaria de me dar menos, me resguardar, ter mais controle sobre mim.
No mundo moderno as pessoas têm muita necessidade de se mostrar porque a identidade passou a ser controlada por "o que os outros pensam de mim". Talvez não seja mal da modernidade, mas sim da humanidade. Gostaria de fugir disso. Será que eu consigo? E se quero mesmo fugir disso, por que continuo escrevendo nesse blog?

Alice

domingo, outubro 21, 2001

A mina do DJ

Cara, muito legal ser a mina do DJ. Enquanto ele tá tocando você fica lá, só de olho, filmando as outras garotas encostarem na cabine para passar um xaveco (isso se o DJ for bonitinho como o meu). Mal sabem elas que a música que ele está tocando é para você... depois que acaba a sessão, você o agarra só para mostrar que todas querem mas só você é quem pode. Faz você se sentir melhor, não sei explicar direito.
Meu, ser DJ dá um mega-poder. Imagina, controlar o que as pessoas vão ouvir, o que vai fazê-las dançar, controlar inclusive o humor da galera. Acho que é por isso que as garotas se sentem atraídas por eles. Eu nunca tinha reparado como isso é mágico. E nunca tinha reparado como os caras ficam muito mais bonitos quando estão atrás da mesa de som.
Eu sempre achei que jardineiros eram legais. Agora os DJ's também entraram para a minha lista de profissões mais sexy.

Alice

sexta-feira, outubro 19, 2001

Atéia

Hoje me tornei atéia de vez. Já não amo mais Zeus.

Alice

quarta-feira, outubro 17, 2001

Sobre a Inveja

Inveja é um negócio que todo mundo tem. Quem diz que não tem está mentindo.
De uns tempos pra cá eu ando tendo motivos de sobra para sentir inveja. De uma forma ou de outra, parece que todos as pessoas a minha volta tem algo que eu gostaria de ter, ou são mais felizes que eu. Eu não estou namorando, não estou na faculdade que quero e tenho amigos que estão em outro tempo que não o meu. Isso trás um sensação de vazio enorme.
Até ai, tudo bem. Já passei por momentos assim antes, e nunca achei que esse tipo de inveja fosse algo ruim. Entendam, querer algo para mim não significa necessariamente tirar do outro.
Mas ultimamente, em um assunto mais específico, essa inveja está se tornando algo destrutivo. Começo a pensar em como a infelicidade do outro pode me trazer satisfação, e me sinto horrível. Sempre me achei uma pessoa boazinha, que dificilmente tinha pensamentos ruins para o resto das pessoas e esse sentimento de inveja destrutiva (não importando se o meu alvo seja alguem bom ou ruim, que tenha me sacaneado ou não. Não é o motivo que importa, sou eu) está trazendo o que há de mais podre em mim. Me destesto nesse momento, mas ainda assim não deixo de sorrir imaginando a decadência desse outro. E dificilmente vou sentir algum tipo de remorso se ela vier a acontecer, seja por culpa minha ou não.

Calliope, achando que precisa de terapia

terça-feira, outubro 16, 2001

Faça o que eu digo, não o que eu faço
Sempre tive medo de planejar as coisas, e decepcionar-me depois. Há algum tempo atrás eu criei, em cima desse medo, uma superstição das mais bobas: nunca marcava na agenda algo que queria que acontecesse. Porque para mim (que já fui muito mais certinha do que sou hoje) era a pior coisa do mundo ter que mudar meus planos... e passar corretivo na agenda. Sempre preferi não esperar nada... E assim era melhor. Não me comprometia, nem me limitava por causa de um caminho já traçado.
Mas, há pouco tempo, comecei a pensar no futuro .
De uns tempos para cá as coisas foram ficando mais constantes, e comecei a fazer planos para a semana que vem, para o próximo mês, as férias... De repente, me peguei sentada em frente à TV, vendo um filme água-com-açúcar, sem prestar atenção no filme, planejando coisas que eu sei que não vão acontecer. Porque não acontecem! Estou me tornando a mais boba das pessoas... do tipo que acha lindo fazer planos para o futuro. Credo! Tudo culpa daquele engenheiro.

Naftalina
Esquecimentos
Como eu fui esquecer o Drácula!! Não foi de propósito que ele ficou fora da lista. Na verdade eu havia feito uma lista mental, que incluia Drácula, mas quando fui passar para o blog acabei me esquecendo dele... Valeu Akasha!!

Alice
Futuro II

Aproveitando que a Kit começou, também acho melhor não fazer planos para o futuro ou mesmo ter certeza do que queremos. Quase sempre que tive certeza, errei. Mas quando não crio expectativas, não planejo, vou no embalo das coisas, situações e pessoas sem pensar muito, dá certo! Talvez porque a frustração seja menor. Para ser sincera, acho melhor não pensar muito mesmo. Quando pensa muito, a gente acaba fazendo besteira, perdendo a espontaneidade, a leveza. É o que eu acho, mas também não tenho certeza! Não tenho certeza de nada, nem de não ter certeza de não ter certeza! Nossa, melhor parar por aqui!

Mulher do Padre
Futuro?

Já que falaram sobre longevidade, resolvi falar sobre o futuro. Eu decidi que não vale a pena ficar planejando o futuro. E a única razão pra isso é porque nunca dá certo mesmo! Então pra quê perder tempo? O futuro pode ser daqui a dez anos ou dez segundos. Você sonha, faz planos, cria projetos, programa o seu dia. Mas sempre tem um imprevisto que mela tudo, e o que sobra? Frustração. Frustração ao descobrir que você não é capaz de concretizar aquilo pra que você viveu em função. Essa história de que querer é poder num tá com nada.
Posso estar sendo mto radical (por influência de vcs! hehehe), mas no momento é assim que eu tô encarando as coisas. Nada impede que amanhã eu mude de opinião. É que por enquanto eu não sei mais o que eu quero.

Kit

segunda-feira, outubro 15, 2001

Voltando às listas...

Estava revendo minha lista dos melhores filmes do Brad Pitt e acho que Telma e Louise tem que entrar. Eu tiro Kalifornia, que fica com uma menção honrosa por conter em seu elenco ninguém menos que David Duchovny.
Bom, depois disso resolvi fazer uma lista dos melhores filmes do Keanu Reaves (esse eu acho muiiito bonito):
1 - Matrix
2 - Advogado do Diabo
3 - Caçadores de Emoções
4 - Bill e Ted
5 - aceito sugestões... pensei em Caminhando nas Nuvens por causa da fotografia... mas ainda não é isso...
Ah, sim, e precisava mencionar a particiapação dele no clipe de Rush, Rush da Paula Abdul. UAU!

E agora estou ouvindo uma lista de músicas indicada pelo meu médico. Travis é legal. "pillars turn to butter,/ butterflying low,/low is where your heart is,/but your heart has to grow".

Alice
Um papo religioso

Ontem à noite, eu, Akasha, Calliope e mais dois amigos tivemos uma conversa sobre essa história da Akasha ter visto Deus. Eu e a Calliope rebatemos que Eric Clapton não poderia ser Deus, pois Deus era Neil Gaiman. O texto que a Akasha escreveu reflete exatamente o que a gente sentiu ao vê-lo pessoalmente. Daí a Akasha disse que nessa hora ela entendeu porque as religiões não conseguem aceitar umas às outras, aceitar que todos os Deuses são um. Para ela é inconcebível pensar que Eric Clapton e Neil Gaiman são o mesmo Deus. Conclusão da Calliope: por isso o politeísmo é melhor. Logo, Eric Clapton é o Deus da Guitarra e Neil Gaiman é o Deus dos Quadrinhos. Alguém a fim de eleger mais algum?

Alice

quarta-feira, outubro 10, 2001

Tempo de por pra fora

You can be anything you want to be. Just turn yourself into anything you think that you could ever be. Be free in your tempo, be free. Surrender your ego, be free, be free to yourself.

Eu até acredito na frase acima, mas vindo de quem veio, foi definitivamente a frase mais hipócrita que eu já ouvi!
Ah, foda-se!!!!!!!!!!!!

Calliope, num momento de raiva
Wanderlust - Nightwish

I want to see where the sirens sing
Hear how the wolves howl
Sail the dead calm waters of the Pacific

Dance in the fields of coral
Be blinded by the white
Discover the deepest jungle

I want to find The Secret Path
A bird delivered into my heart, so

It`s not the end
Not the kingdom come
It is the journey that matters, the distant wanderer
Call of the wild
In me forever and ever and ever forever
Wanderlust

I want to love by the Blue Lagoon
Kiss under the waning moon
Straying, claiming my place in this mortal coil

Riding the dolphins
Asking the mountains
Dreaming Alaska
The Earth can have but Earth

Look into my eyes and see the wanderer
See the mirrors of a wolf behold the pathfinder

___________________

Eu queria escrever sobre o assunto, mas essa música falou melhor. Faz de conta que fui eu que escrevi...

Calliope
Para Akasha

Akasha! Achei legal a sua demontração por absurdo.
Só faltou a conclusão:
"... Logo, eu, Akasha, sou romântica sim! (c.q.d.)"
hehehe...

Kit

terça-feira, outubro 09, 2001

Sim, eu sei que discordar não é ofender. E não espero mesmo que vocês concordem comigo. Mas, discordar é uma coisa, dizer "Não admitem, mas parecem pessoas românticas curtindo uma fossa! Fazendo drama mexicano" é outra, bem mais pesada. Para mim dizer que eu faço drama mexicano é ofensivo.
Eu não queria que ninguém passasse a mão na minha cabeça também, só esperava um pouco mais de respeito pelas minhas idéias, opiniões e sentimentos, e não alguém dizendo que eu tava dando uma de Thalia, entendem?
Estou tentando aprender a levar mais em conta as intenções das pessoas. Aceito que vocês não tenham tido a inteção, levo isso em consideração. Mas fiquei magoada e pronto.
É isso.

Alice
Que merda, lógico que me auto-censurar é terrível. Mas prefiro isso a falar e depois ser tratada como idiota.
E minha história não tem nada a ver com possessão. Claro que gosto dele e quero que ele seja feliz onde for, caramba, ele é meu melhor amigo. Mas isso não exclui eu sentir falta. Sim, é como um membro da minha família, que eu quero bem, mas se for pra longe me faz muita, muita falta. Minha mãe já me deixou por um ano e meio. Nunca a perdoei por isso. Eu queria seu bem, mas senti muita falta, entrei em depressão, foi horrível. E não era uma coisa possessiva, mas sim necessidade, saudade de alguém que você gosta. Caramba, é a mesma coisa. Tudo bem, talvez vocês não entendam, mas pra mim é assim.
Quanto ao romantismo, não vou discutir. Aliás, não vou discutir mais nada. Querem saber? Fiquei magoada sim. E não quero mais comentar nada.

Alice
Só alguns comentários

Valorizar a vida não tem nada a ver com ser romântica.
Não querer prender a pessoa, gostar dela mesmo que não esteja com você, mesmo muito longe, aceitar que ela queira viver com outra, que está feliz sem você, isso é ser egoísta? Se for assim, então tá, sou egoísta.
As palavras não são muito boas para expressar o que pensamos. Pelo menos no meu caso, poucos me entendem e eu acabo achando os seres humanos cada vez mais incompreensíveis. Melhor desligar mesmo. Ir para outra dimensão.
Ah, gostei do que você escreveu, Kit :p

Mulher do Padre
Quando li o texto da Mulher do Padre pela primeira vez, achei... não achei nada. Estou com dor de cabeça, e já esqueci o queria dizer há dois minutos, antes de atender o telefone. Hum... Branco.
Acabei de ler o texto da Alice e não concordo com a auto-censura... Qual é o sentido deste diário-coletivo-virtual se cada não puder dizer o que pensa e o que não pensa? Se eu quiser escrever um texto reflexivo sobre a tabela periódica, vou escrever. E ai de quem questionar a beleza filosófica da química descritiva!
Não vejo mal nenhum em ser romântica. Se ser romântica é viver tudo sem medo de arriscar-se, de ser bom ou ruim demais... então eu também quero ser! Queria me atirar de cara nos relacionamentos ao invés de deixar o tempo passar. Não sou assim, mas queria ter essa coragem. Se for para ser feliz, que seja demais, se for para chorar, que seja compulsivamente, de soluços e falta de ar... Porque cansei de emoções amenas e seguras.
Todas somos românticas no fundo. E eu também. Sou mesmo... Romântica, e ingênua (pura, nem tanto...). Pode ser que eu mude de idéia algum dia, quando me desiludir, e acabar sofrendo. Mas... hoje sou assim. Sou meio boba, e acredito nas pessoas. E, agora, o mais bombástico: acredito em amor (e, para as polêmicas de plantão, já acreditava muito antes de conhecê-lo). Por que é que isso precisa ser bombástico?
Enfim, se ser romântico é ridículo, podem rir de mim, se quiserem.

Naftalina
Processo complicado

Eu não sei falar profundo e metafórico que nem essas minhas amigas do blog. Bem que às vezes eu tento, mas não rola. Então eu vou tentar ser bem simples pra não sair nenhuma caca.
Essa história de desencanar é mesmo um processo complicado. Num dia ele é perfeito. É quem gosta dos seus defeitos, é quem ri das suas piadas sem-graça, é quem te procura pra contar como chapou naquela balada mto lôca (e vc fica puta q num tava lá, mas acha aquilo tudo mto engraçado). É quem espera pelo seu telefonema, é quem te liga e diz q tem saudades. É quem te ensina com paciência, é quem te conhece melhor do q vc mesma. É quem quer ouvir a sua voz antes de dormir, é por quem vc sorri depois de um dia estressante e pra quem vc conta sem querer as coisas de que mais tem vergonha (mas qdo vc percebe, já foi!).
E por mais piegas que seja (e é), a gente sofre qdo ele deixa de ser esse quem.
Concordo com a Mulher do Padre (MP) qdo ela diz que q nossas amigas são românticas. Elas nunca vão admitir, e vão até cair matando em cima disso. Mas qual o problema? No fundo, todo mundo é assim. Inclusive a MP. Só que ninguém gosta de assumir (principalmente pra si mesmo). Pq é brega, pq é coisa de gente fraca.
Acho que vou levar uma mega vaia, mas tudo bem, pq é isso o que eu penso!
Falei!!!

Kit
Atendendo a pedidos

Bem, já que parece que as pessoas não estão a fim de ler coisas que tenham a ver com minha fase melancólica e acabam fazendo comentários que me deixam ainda pior, vou parar de escrever sobre isso. Nada contra as críticas, eu as aceito e acho bom que as pessoas me digam o que pensam. Só que os comentários da Calliope e da Mulher do Padre sobre mim e sobre o que eu ando escrevendo só me fizeram sentir pior. Além de abandonada, parece que sou uma idiota que assite muita novela do SBT e quer fazer papel de sofredora. Olha só, se eu fosse a Thalia pelo menos eu seria rica, apareceria na TV, gravaria CD e seria casada com o ex-marido da Mariah Carrey (olha ela de novo!! Essa mulher tá me perseguindo...) - tá esse último item não é uma vantagem...
Tá bom então, instituída minha auto-censura forçada. Não toco mais nesse assunto.

Alice

P.S.: Qual o problema com o romantismo? Adoro o Álvarez de Azevedo... E quer saber? Prefiro ser tachada de romântica do que ser medrosa e fugir da relação porque ela tá dando certo. E eu não estou supervalorizando os relacionamentos. Mas, depois de dois anos convivendo com uma pessoa ela faz parte da sua vida e quando ela vai embora é como se fosse alguém da sua família que tivesse te abandonado. É alguém com quem você contava, que estava sempre ao seu lado, que te fazia companhia. Isso não é ser encanada. E quanto a você dizer que valoriza mais a vida, por que valorizar as pessoas não é valorizar a vida? O mais importante da vida não são as pessoas que você gosta? Ou você acha que é bom viver egoísticamente só para si mesma? Desculpa, tudo que você disse não colou, só ofendeu... Não sei se tenho o direito de me ofender, porque foi uma opinião e cada um tem a sua. Talvez eu devesse respeitar apenas. Mas me senti menosprezada e não consegui levar numa boa. Sorry.
Não me levem a mal

Essas garotas são muito estranhas mesmo! Não admitem, mas parecem pessoas românticas curtindo uma fossa! Fazendo drama mexicano. Tá, eu sei que essas coisas são complicadas. Vocês até já me disseram que eu sou assim porque nunca gostei de ninguém de verdade. Pois eu digo que gostei. Gostei muito de dois caras em toda a minha vida, o resto foi passageiro. Um não me corrrespondeu, outro sim, mas não me entendeu. Esse último deu tanto certo que eu fiquei com medo e me afastei. Acho que ele pensa que eu não gostei dele, mas penso nele até hoje. Só quis tentar ver a coisa de longe, sem ficar cega, sem me atirar de cara. A gente ainda se fala de vez em quando, mas eu nunca consegui me abrir. Espero que um dia eu consiga falar tudo que sentia. Espero deixar o orgulho (ou seja lá o que for) de lado. Eu sei que um dia a gente vai se encontrar... Se bem que eu tenho curiosidade de saber como anda o outro, aquele que eu falei que não me correspondeu.
Bom, mas voltando ao fato de vocês serem românticas, acho que talvez eu não sofra tanto porque comecei a ver os relacionamentos como algo sem muita importância. Mudei muito nesse últimos anos. Aconteceram várias coisas que me fizeram sofrer e valorizar mais a vida. Talvez por isso vocês me achem tão feliz. Agora digo que não sou assim por acaso. Nem sempre fui desencanada, despreocupada com o que hoje considero probleminhas insignificantes. Tenho muitos motivos que me fizeram ver o mundo de um jeito diferente.
Ah, agora tenho que ir. Depois explico melhor o que quis dizer. Acho que não me expressei direito.

Mulher do Padre
Como NÂO irritar a Kit

Gostei da Lista da Ira da Akasha! E já que, inusitadamente, fui mencionada nela, resolvi acrescentar mais duas coisinhas que me deixam mesmo irada!! Não que eu fique braaava a ponto de brigar... todos sabem q não sou disso. Mas sabe qdo o sangue sobe na cabeça e vc fica esperniando e dá vontade de berrar e socar o ar e chorar e... AIAI! Estressei, sorry! Mas é assim que me sinto qdo, depois de lavarem as mãos, espirram aquela maldita agüinha no meu rosto!! É uma coisa mto desagradável pq sei lá né, a pessoa acabou de sair do banheiro... sabe lá se ela lavou as mãos direito... e a água pode entrar no olho, na boca, enfim!! Ah, tá bom vai, não são motivos convincentes, mas e daí?? Num gosto e pronto!!
As outras duas coisas são mais... digamos... compreensíveis (ou não):
Primeira: NUNCA pise no meu pé, especialmente qdo eu estiver com tênis novo ou de cor clara! Sabe pq? Tênis não é q nem qq peça de roupa q vc lava toda vez depois q usa. Eu, por exemplo, só lavo qdo tá visivelmente mto sujo ou se pisei em alguma coisa (o q graças a Deus nunca aconteceu. Quer dizer, aconteceu, mas aí eu joguei fora). Então, se vem um engraçadinho e pisa no meu pé, eu fico puta, pq sei q ou vou ter trabalho pra lavar ou vou passar um bom tempo calçando um tênis "sujado"!
Segunda: NUNCA aperte as minhas bochechas!!!! Já chorei de dor por causa disso e, acreditem, é uma dor terrível! Fora q acho uma tremenda falta de respeito. Eu sei q elas são irresistíveis, mas por favor, façam um esforço e mantenham-se longe delas.
E assim, Kit agradece =)

Kit
A minha trilha sonora

Esse treco de lista vicia. Tá louco!!
Pensei em fazer uma lista das melhores épocas da minha vida, mas ai ninguém ia enteder nada. Aí resolvi fazer uma lista das músicas que marcaram esses períodos. Aí vai:

1- Monte Castelo (Legião Urbana), dez/96 a fev/97
2- Os Cegos do Castelo (Titãs), dez/97 a fev/98
3- Head over feet (Alanis Morissette), jul/98
4- Wish you were here (Pink Floyd), out/99 a jan/00
5- Independência (Capital Incial), mar/00 a nov/00

Calliope

As 5 melhores histórias em quadrinhos (segundo a minha opinião)

Tudo bem que só a Alice vai entender a lista, mas tudo bem. Sem ordem alguma

1- Sandman, de Neil Gaiman
2- V de Vingança, de Alan Moore
5- Watchman, também de Alan Moore
3- O Corvo, de J. O'Barr
4- Batman: O Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller

Calliope (algém duvidava disso?)
5 melhores filmes do Brad Pitt

Antes de tudo quero deixar claro que não gosto do Brad Pitt. Não acho ele lindo nem nada. E odiei quando a Jennifer Aniston casou com ele, porque dela eu gosto. Mas, tenho de admitir que ele é um bom ator e que escolhe bem os filmes. E achei interessante fazer uma lista com os melhores filmes de um ator que eu não curto. Lá vai:

1 - Entrevista com o Vampiro
2 - Seven
3 - Os 12 Macacos
4 - Kalifórnia
5 - Clube da Luta

Alice
Resposta ao meu amigo

Bem, vc já tinha me falado disso, que prefere levar um pé na bunda pra ser trocado por outra pessoa. Eu não. Sabe porque? Pq enquanto estava comigo ele já se interessou por outra pessoa a ponto de me largar. Eu não fui suficiente, não fui eficiente, não soube fazer direito. Se ele me troca por nada, tudo bem, é problema com ele, ele quer ficar sozinho, ele cansou de mim. Não tem outra pessoa, não vou me sentir pior do que ninguém. Se ele me troca por outra menina pq acha que ela é melhor, que merda, quer dizer que sou inferior: menos bonita, menos inteligente, menos compreensiva, menos legal ou menos qualquer outra coisa.
Por isso prefiro ser trocada por nada. Aliás, ele me disse que foi assim que não tem ninguém. Prefiro desse jeito. Mas entendo quando vc diz que prefere ser trocado por alguma coisa do que por nada. Parece que o vazio é melhor do que vc. Sim, também é ruim. Mas, no fim, é só uma questão de prefiro ser pior do que alguém ou prefiro ser pior do que ninguém.

Alice
Comentário de um "outsider"

Bem, consultei a Calliope e ela disse que eu poderia colocar um comentário de outra pessoa que não nós sete. Pelo que a Akasha falou, acho que ela também não se opõe. Então estou colocando uma coisa que meu amigo não-sei-de-que-cor escreveu. Se as outras garotas não gostarem, eu tiro. Bem, voilá.

"A música, entre tantas melosas do Bon Jovi, é Always. E o melhor dela é q, além do cara levar um pé na bunda,
ele foi trocado por outro, hehehe."

Pois bem, minha opinião masculina (que outros homens já endossaram): "Levar um pé na bunda é, como regra, uma droga. Mas o que mais me dá angústia é tomar o 'pé' sem motivo aparente. Quer dizer, existe um motivo, mas não parece justo. Quando a garota diz 'estou afim de outro cara' é melhor e explico: existe uma razão, ela quer outra pessoa e não eu. Ela está me trocando por alguma coisa que é, relativamente, melhor. Agora quando ela diz 'preciso ficar só' ou 'quero aproveitar a vida' isso é significativamente pior. Estou sendo trocado por nada, ou na melhor das hipóteses, por uma situação incerta."

Alice

segunda-feira, outubro 08, 2001

Sem problema!

Não há o menor problema com o Bon Jovi. Um trecho do Always? Hum... que tal "You see I've always been a fighter, but without you I give up"? Eu gosto disso... Olha só, ter ouvido Bon Jovi não é um passado tão negro assim...
E já que tá brega mesmo, sabe o que faltou na minha lista? Uma música báaasica: I Will Always Love You da Whitney Houston, trilha de O Guarda Costas. "I will think of you every step of the way". Na verdade diz quase a mesma coisa que o Bon Jovi... mas é muiiito mais legal ouvir a Whitney berrando, não acha?
Outra música brega: Agains All Ods, Phill Collins regravado pela Mariah Carrey. "How can you just walk away from me, when all i can do is watch you leave? Cause we've shared the laughter and the pain, and even shared the tears. You're the only one who really knew me at all".
Ah, e Maurício Manieri: "O que eu faço se é vc que eu venero? Ainda te amo, meu amor, ainda te quero. Sem você não vivo nem um segundo, sem teu amor fico perdido no mundo"...
Meeeu, ser brega é tuuuuuudo!!!! Palavra de quem já cantou Fagner no videokê do McDonald's!! Quer saber? Isso tá parecendo é Piores Clipes. Aliás, seria um bom tema para o programa: Piores Clipes de Música sobre Fossa, só ia dar os mano fazendo cara de sofredor, hahahaha. Bom, mas vou parando minha seleção de músicas sobre pé na bunda por aqui que já tá me dando vontade de chorar...

Alice, a #1 no top das abandonadas do ano
Coisas que observo

Ela era amiga de todos e de ninguém. Falava com todo mundo, falava de todo mundo, falava bem, falava mal, falava pelas costas, falava na cara. Era articulada, tinha umas tiradas inteligentes e sempre se divertia com os defeitos alheios.
Eles gostavam dela. Consideravam-na uma amiga, uma pessoa engajada, competente, preocupada com as causas sociais, uma boa pessoa. De certa forma, essa também era minha visão, mas confesso que sempre fiquei com o pé atrás. Não confiava nela. Talvez por instinto, intuição, whatever.
Comecei a perceber coisas que ninguém via (se viam, não queriam demonstrar, como eu). Enquanto o resto via alegria, eu via inveja em seus olhos. Ao invés de uma pessoa preocupada com os outros, sentia frieza, egoísmo, uma certa crueldade. Mais preoucupada com status, em ser admirada por seus atos, sua inteligência, que pelas causas que abraçava.
Passei a ter medo. Não sei do que, talvez de mim, por imaginar demais ou por ver demais. Ver coisas que ninguém ou poucos percebiam. Ver como os seres humanos se mascaram, escondem sua maldade intrínseca. Aquela coisa do lobo vestido de cordeiro. Sábio ditado popular.
Coisas de quem gosta de investigar o ser humano nos seus mínimos detalhes, desvendar seus segredos íntimos, seus defeitos obscuros, aquilo que não se revela, que se esconde, que se esquiva.
Paranóia minha? Pode ser...

Mulher do Padre