sexta-feira, novembro 02, 2001

Sobre um huguenote

Quinta-feira um huguenote me disse que eu era uma boa amiga no momento porque eu estava down, assim como ele. Esse também é o cara que disse que eu estava muito chata aqui no blog porque só falava de coisas deprê. Bem, ele me fez lembrar de um poema lindo do Manuel Bandeira. Ah, mas antes disso gostaria de indicar o blog desse meu amigo: huguenote.weblogger.com.br. Ainda tem pouca coisa escrita, mas os textos são bons e esse menino, apesar de ser novinho (haha, isso foi uma provocação), tem coisas interessantes a dizer. Agora, o Bandeira:

Desencanto

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é de sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústica rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

- Eu faço versos como quem morre.

Alice

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