sexta-feira, dezembro 29, 2006

Adiós 2006!

Meu post de fim de ano não vai ser tão animado quanto ao do ano passado, porque esse ano não fiz tantas coisas legais nem muito diferentes. Em compensação acho que 2006 foi pra mim um ano de aprendizado. Trabalhei muito, muito mesmo, mas sabe que nunca tive um trabalho que gostei tanto de fazer? Foi a primeira vez na vida que não ficava me agonizando todo santo dia antes de ir trabalhar. Pelo contrário! Talvez aos poucos esteja encontrando o meu caminho. O preço de tanto trabalho foi um pouco alto, porque a vida social acabou ficando sempre pra segundo plano. Mas quer saber? As pessoas nem se importaram muito com isso. Porque esse ano eu também descobri que algumas amizades são tão frágeis que não resistem ao menor abalo. Fiquei super mal por muitas e muitas vezes, mas acho que me fortaleci e aprendi a valorizar aquelas que realmente valem a pena, que mesmo depois de uma tempestade continuam ali, firmes e fortes. No campo afetivo não tive muita evolução. Namorar à distância é difícil. Muitas pessoas me criticam por isso, às vezes falam na cara, às vezes pelas costas. Tento não dar muita bola, mas se tanta gente acha a mesma coisa, pode ser que lá no fundo elas tenham alguma razão... Um dia vou saber! Mas o mais importante mesmo que aconteceu esse ano foi que pude me conhecer melhor: quem sou, o que quero, do que gosto, e o que e quem é importante pra mim. Estou cuidando mais da minha saúde mental e física, se bem que a física foi por pura pressão médica! Ah, não importa, o que importa é que tá sendo bom pra mim. E é isso que pretendo continuar fazendo em 2007: cuidar mais de mim! E vocês também, cuidem-se! Porque é depois dos 25 que as coisas começam a ficar flácidas e cair... hehehe!
Feliz 2007!

Kit

quarta-feira, dezembro 27, 2006

A Saga do Lixo

Pra jogar lixo no Japão você precisa de calendário, manual de instruções e um monte de paciência. Primeiro, tudo tem que ser separadinho. E isso até acho normal, pq eu sempre reciclei lixo no Brasil. O problema são as coisas não-recicláveis, que aí precisam ser separadas em incineráveis e não-incineráveis. O pessoal costuma falar que incinerável é papel e comida. O resto é não-incinerável. E depois de separar tudo você ainda não pode colocar o lixo pra fora. Tem que esperar o dia certo. Na minha casa, por exemplo, os recicláveis e o lixo não-incinerável é na segunda. O incinerável é de terça e sexta. E nos outros dias o lixo vai se acumulando na casa.E se vc colocar no dia errado o lixeiro não leva (todos os sacos têm que ser transparentes para o lixeiro ver o que vc está jogando). Aí, chega uma hora que vc acha que já aprendeu todas as regrinhas, mas de repente percebe que gostaria de jogar fora um par de sapatos furados. E agora? Pesquisei e descobri que couro é junto com o lixo não-incinerável. E pano de chão velho? Esse eu joguei no lixo incinerável, mas não tenho certeza se acertei. Onde jogar pilhas usadas eu ainda não descobri. MAs pra me livrar de um videocassete quebrado que largaram no meu quarto foi preciso ligar na prefeitura, marcar um dia pra irem buscar e pagar 400 ienes. Já a televisão velha tem que ser mandada pra reciclagem (não me perguntem como se recicla uma TV). E a taxa é de 3 mil ienes (tipo uns 60 reais).E como se já não fosse encheção de saco suficiente ter que fazer isso tudo, a velhinha que mora no andar de baixo e é dona do apartamento ligou para o meu trabalho (!!!) pra reclamar que eu não estava botando o lixo pra fora antes das oito da manhã. O detalhe é que o lixeiro só passa meio dia, mas ela quer fuçar o meu lixo pra ver se eu estou fazendo certo. Pode uma coisa dessas? Agora comecei a levar um pouquinho de lixo por dia na hora que vou trabalhar e vou jogando nas lixeiras das lojas de conveniência que tem pelo caminho. Assim a velhinha não reclama e ainda vai ficar encafifada, pensando onde é que estou enfiando o lixo se não boto pra fora. Com tudo isso, descobri que aqui no Japão é mais fácil comprar coisas do que se livrar delas.

Alice

terça-feira, dezembro 26, 2006

Para perguntas que não se quer ouvir

- E aí, menina? Quando casa?
- Procura no Google.

Naftalina.

ps. colaboração do Emmo is typing.

sábado, dezembro 16, 2006

Perguntas que não se deve fazer

Eu digo: Oie! Que foto legal, do que é?
Semi-amiga diz: Festinha.
Eu digo: À fantasia?
Semi-amiga diz: Não.
...

Alguém tem alguma sugestão de resposta? Socorro.

Naftalina.

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Tá bom? Então estraga.

Gente, por incrível que pareça uma coisa que a MP falava há muito tempo fez sentido ontem.
Estava lá eu em crise de bichice com o bofe (tava bem descontrol, pra falar a verdade). E como todo mundo ficava perguntando, resolvi que queria discutir a relação, pra saber qual era o nosso status, afinal.

Mas depois me senti uma idiota. Porque isso não fazia a menor diferença e, no fundo, o que eu realmente não queria era forçar alguma coisa, obrigar o menino a querer ficar comigo. Se ele quer, ele fica. Se não quer, não fica. E... Pã! Não era isso que a MP falava quando a gente tinha brigas homéricas sobre namorar ou não (e eu refutava até o fim)? Afe.

Bom, o saldo do momento descontrol foi que inaugurei a bichice. E sou, oficialmente, uma mulherzinha. Argh. Por que é que eu não fico quieta?

Naftalina.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

o que fazer?

Sabe quando você já não tá feliz e a coisa começa a ficar pior ainda? Tipo quando aquela coisas que eu falava brincando pros amigos "já pensou se..." e aí esse "se", que era uma chance remota, mas que você não queria de jeito nenhum, acontece?
Será que é um sinal para eu voltar pra casa?

Alice

segunda-feira, novembro 27, 2006

Boteco ga nai!!!

Uma das coisas que eu mais sinto falta (fora os amigos, é claro) é de botecos. Pra começar, estou com um desejo daquele pratão de arroz com feijão, farofa, ovo frito, batata e salada. Ontem até fiz feijão em casa, mas ainda faltou a farofa, a batata e o clima de boteco. Fora que o arroz é aquele sem tempero... mas, o que me deixa mesmo mal é a falta de cerveja barata. Sabe sentar no boteco e tomar uma garrafa de Brahma por 3 reais? Aqui, o mais barato é comprar uma latinha no supermercado e, ainda assim, custa entre 3 e 4 reais. Agora, se você vai ao bar, nem pense em encher a cara. No mais barato de todos um chopp custa 300 ienes, o que dá uns 6 reais. Já nos bares do bairro do agito, uma cervejinha custa 800 ienes, tipo 16 reais. Absolutamente impossível, principalmente pra quem não vai ter salário até o Natal... Ah, sim, e esqueci de contar que pra entrar nas baladas custa 3 ou 4 mil ienes, tipo entre 60 e 80 reais. Ou seja, minha vida social em Tokyo vai ser zero, pq nem festa em casa eu posso dar. Se eu começar a fazer barulho e encher a casa de gente, os vizinhos me expulsam! (se bem que eu ia adorar encher o furô de gelo e cerveja).Ai, Kit, vc vai ter que contrabandear um monte de cerveja pra mim qd vier pra cá!

Alice, sofrendo de crise de abstinência

segunda-feira, novembro 20, 2006

Primeiras impressões de Tokyo

Todo mundo diz que o Japão é um país bonito, organizado, limpinho. Mas, minha primeira impressão é de que tudo aqui é feio e bagunçado. O trem pode andar rápido e nunca atrasar, mas por dentro ele é feio, cheio de propagandas, ao mesmo tempo em que tem monitores pra mostrar qual a próxima estação, também tem um monte de papel pendurado no teto. Fora que as estações parecem meio velhas ou, como diz minha amiga, capengas. O metrô de São Paulo ou as estações da linha de trem da marginal são muito mais bonitas.
Fora isso, em algumas ruas, como as perto da minha casa, não tem calçada. E é uma zona só, porque você tem que andar no cantinho, mas aí também passam bicicletas e carros e ainda tem o trem, que passa bem no meio da rua... é um caos! Fora o perigo... já fui quase atropelada por bicicletas muitas vezes.
Ah, sim, e as ruas de comércio parecem com a 25 de março ou a santa ifigênia. Muita gente, coisas no meio da calçada, galera te chamando pra entrar na loja. A única diferença é que não tem lixo no chão e é um pouco mais silencioso (sei lá, acho que as pessoas falam baixo, daí não fica aquele burburinho).
E fora tudo isso ainda está um frio do caralho, não tenho muitos amigos, a cerveja é cara e os bares fecham cedo (acreditam que eu fui expulsa de um bar mexicano às 20h30?).
Conclusão – já quero voltar pra casa...

Alice, completamente lost in translation

quinta-feira, novembro 16, 2006

Acabada

Gente, estou descobrindo coisas muito tristes a respeito da minha saúde. Primeiro foi a notícia de que estou com Triglicérides elevado. Justo eu, que nem sabia direito o que significava Triglicérides até receber essa notícia. Eu achava que essa palavra Triglicérides só fazia parte do vocabulário de velhinhos e obesos. Minha médica falou que isso é um tipo gordura ruim que provém da (má) alimentação, e mandou eu fazer uma dieta muito cruel, que basicamente elimina todas as comidinhas gostosas e guloseimas do meu cotidiano! E agora entendo e vivo o drama do "Amanhã eu começo!".
A segunda descoberta foi a de que minhas dores de cabeça constantes são na verdade crises de enxaqueca. Justo eu, que era a pessoa mais zen do mundo. Agora vou ter que tomar um comprimido gigante que parece um M&M, e nem sei como é que aquilo vai passar pela minha garganta. Isso vai ser outra dor de cabeça.
Também tive que mandar fazer uma placa de sei lá o quê para não ranger os dentes durante a noite. Essa placa incomoda pra caramba e tenho certeza de que dormiria bem melhor sem ela. Mas fizer isso corro o risco de futuramente ter um dente trincado, ou coisa parecida.
Sabe, eu juro que tento não associar essas coisas com a idade, mas quando era mais novinha e tinha menos preocupações na vida, nada disso acontecia!

Kit

quarta-feira, novembro 01, 2006

À beira da morte

Daqui exatamente duas semanas eu vou viajar. Mas a sensação é de que a vida está acabando e que eu tenho que correr contra o tempo pra fazer tudo que eu tenho vontade até lá. É ter o dia e o horário da morte marcados no calendário.
De certa forma, posso dizer que essa minha vida aqui acaba e vou começar uma outra, lá no lado oposto do mapa. Mas em vez de estar animada pela vida nova, estou é de luto pela que está no fim.
E por isso ainda não consegui arrumar nada para a viagem. Só quero sair todos os dias, ver todas as pessoas que eu gosto, como se eu nunca mais fosse vê-las. Quero ir aos lugares que eu curto e comer de tudo, como se fosse a última vez. Por conta disso, andei engordando de monte, mas também nem estou ligando. Parece que nada mais importa.
Agora, só me falta um epitáfio pra minha lápide. Alguém tem alguma sugestão?

Alice

segunda-feira, outubro 23, 2006

Concurso de perguntas

Que pergunta você faria a alguém para revelar os podres, defeitos e esquisitices intoleráveis do sujeito? Qual seria a pergunta crucial?

A melhor pergunta será aquela que trouxer a melhor resposta. A mais relevante e desmascaradora. Ou a mais bizarra.
O autor ganha um pote de doce. Com doces dentro.

Pra inspirar, algumas das fabulosas perguntas já enviadas:
- A sua calça cobre seus fundilhos?
- Se seu filho fosse gay, de quem seria a culpa?
- Você quer comprar um rímel?


Naftalina.

sexta-feira, outubro 13, 2006

Bizarre love triangle

Funciona assim: XY quer ficar com XX, mas não é correspondido. XY* quer ficar com XY, mas também não é correspondido (XY não gosta de quem tem asteriscos). XX, por sua vez, está de olho em XY*. XY*, mesmo apreciando apenas os seres com Y, fica com XX. Mas por-quê? Por-quê?

Por que XY*, ao tomar para si o objeto de desejo de XY, ganha poder. Com esse poder, seduz XY, e XY fica com ele. XY cai nessa porque:
1. Acredita que, por extensão, terá conseguido seu objetivo inicial (XX);
2. Com isso ganha algum poder também;
3. Pelo menos sai do rolo tendo tirado casquinha de alguém.

Gente, alguém realmente acredita nisso?

Naftalina

quinta-feira, outubro 12, 2006

De gays e semi-gays

Eu preciso de um amigo gay de verdade. Porque não dá para confiar num semi-gay. Com os semi-gays é preciso estar sempre se policiando. Porque qualquer abraço a mais pode parecer um interesse escuso, e um comentário mais libidinoso sobre um bofe passando ali pode causar ciúmes. O único jeito, para uma menina, de ter uma boa relação com um semi-gay é ser assexuada. E quem é que quer isso?

Pra contextualizar: o semi-gay é o cara que todo mundo acha gay. Ele age como gay, anda como gay, dança como gay, se veste como gay, tem os trejeitos e gritinhos de gay. Mas não é gay. É claro que há níveis de semi-gays. Há quem apenas dance loucamente, como um gay. Este se encaixa no nível mínimo. Digamos: nível 1. Há quem dê pulinhos e grite "amiiiiiigaaaa" quando te encontra. Este está quase lá. Nível máximo: 5. Mas são todos semi-gays. E quando você menos espera, WHAAAM! They make a move. Querendo mostrar que não são gays coisa nenhuma. E você tem que sair correndo discretamente.


Naftalina

domingo, outubro 08, 2006

Baladeira internacional

Contagem regressiva: em mais ou menos um mês me mudo por tempo indeterminado para Tokyo. Quais os preparativos? Ainda nem comecei a arrumar a mala, não fui tentar vender o carro e nem estou decorando kanjis. Mas já estou fazendo algo essencial: a listinha de lugares para ir/coisas para fazer.
Para começar, já descobri que a Amazon Japan tem site em inglês e um monte de coisas legais para comprar. Também já sei onde fica o cinema Imax de Tokyo (e que no momento dá pra ver Superman, X-Men 3 e Piratas do Caribe 2 em 3D... uhu!!!!). Fora isso, entrei em um fórum de estrangeiros e descobri as baladas indies da cidade. E sei que logo depois que eu chegar vai rolar um show do Foo Fighters. Isso sem contar o mega-festival de 3 dias e só com bandas legais que rola em julho.
Sim, no começo eu estava morrendo de medo de ir pra lá e ficar sozinha e entediada. Mas agora já comecei a achar que a viagem vai ser legal. Beeeem legal!

Alice

quinta-feira, outubro 05, 2006

Propaganda direcionada

Fui numa lojinha de doces e comprei um monte de tranqueiras gordinhas. Cola bottles, dip n' lik, trident de canela, um brigadeiro cor-de-rosa, uma cocada e chocolate, chocolate, chocolate. E adivinhem a sacolinha que recebi para levar as tranqueiras?

"Contra azia, má digestão e dor de cabeça
SONRISAL
O sssom do bem-estar.
Agradecemos a preferência."


Ótemo.

Naftalina

terça-feira, outubro 03, 2006

O Idiota

O Idiota (assim, com I maiúsculo) é aquele que acha que sabe tudo, mas tudo o que ele faz é tão medíocre que chega a dar dó.
O Idiota é aquele que adora se mostrar superior, mas todos os dias ele se remói de inveja da superioridade alheia.
O Idiota se acha cool, e não é que ele é mesmo muito "cool"?
O Idiota mete o nariz onde não deve e não fala uma coisa que preste.
Mas o pior de tudo é que apesar do Idiota ser tão idiota, ele consegue deixar todo mundo P* da vida.
Mooorraaa!

Kit, cansada de tanta gente Idiota nesse mundo.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Dancing with myself

Gente, passei um fim de semana inteiro sozinha. Tá, almoço na casa da tia, mas isso não conta. O que conta é que não vi nenhum amigo nem pretê, e mal falei com algum deles de sexta à noite até agora.

Fazia tempo que isso não acontecia, porque até há pouco tempo eu tinha uma companhia previsível e obrigatória. A intenção de sair sozinha era ficar triste, solitária, deprimida e com saudade, tremendo de vontade de usar a discagem rápida (#1) do celular. Até me torturei: fiz as coisas que a gente costumava fazer de casalzinho (cinema, paulista, pedaço da pizza com muito alho). Mas eis que... nada. Não senti nada! Nem uma tristezinha, nem uma lagriminha sequer. Não pensei no bendito nem quando entrei no primeiro lugar em que a gente foi junto (o tal pedaço da pizza). Nada, nada. Nem me senti sozinha, nem loser. Aliás, me senti ótima. Ufa. É bom não ser mais dependente.

Mas... será que, no fim das contas, me "senti ótima" rápido demais? Então será que aquela coisa toda que existia com ele não era tudo isso? Hum.

Naftalina

sexta-feira, setembro 22, 2006

Ninguém quer trabalhar!

Gente, que história é essa de que não tem emprego por aí? Tem, sim! O que falta é ter gente decente pra trabalhar. Eu tenho uma vaga permanente aqui. E nunca consigo preencher. Já nem posso mais contar nos dedos da mão o número de estagiários toscos que já conheci.

O último ficou dois dias. No fim do segundo, a clássica frase, pelo msn: "podemos conversar na salinha?". A desculpa foi a melhor: "eu não tô acostumado a trabalhar 8 horas. Fiquei tão cansaaaado..." Tem dó! Achei até que tinha conseguido convencer o menino a ficar, porque ele tinha potencial, que trabalho era puxado em tudo quanto é lugar mesmo, que ele tinha sorte de trabalhar num ambiente legal e tudo. Mas ontem o maldito simplesmente não apareceu, e me manda um e-mail repetindo a ladainha de que não era o ambiente ideal pra ele e nhénhénhé. Gente, que é que acontece com as crianças de hoje em dia? Era um moço de boa índole, boa faculdade (pública!), que precisava da grana porque se sustentava aqui e não tinha oportunidade melhor que essa em vista. Mesmo assim, desencanou.

O que é que acontece, meu Deus? Será que o problema sou eu? Só sei que precisamos benzer o escritório, aqui. Cada gente louca que aparece. Só pra fazer uma listinha rápida, dos mais recentes (tomara que algum deles veja isso, e se toque):

1. Preguiçoso que bateu o recorde: apenas 2 dias de permanência no cargo!
2. Semi-gay paranóico que não entendia o que eu falava e demorava 2 minutos para responder se ia almoçar ou não.
3. Heavy-metal fedida que tinha problemas de auto-estima e não aceitava críticas. Pra piorar, comia esfihas fedidas. Mais um clássico das frases ditas em auto-demissões: "Eu sei que vocês precisam de um estagiário, mas agora vão precisar de dois."
4. Cara mais velho e loser que passava as tardes no UOL Esporte e mentia que tinha feito as coisas que não tinha feito. Quando levava bronca, fazia uma cara-de-paisagem-psicopata.
5. Gordinha fefeleca e riquinha, que achava que o nosso trabalho era capitalista demais para ela. Demitiu-se por e-mail, com um "sem mais".
6. Outra heavy-metal, não fedida, mas que gastava horrores da nossa grana ligando pro celular do namorado. Como o outro, também fazia cara-de-paisagem-psicopática.
7. Engomadinho que se achava o chefe, arrastando os pés pelo escritório e fiscalizando o trabalho alheio. Chegou a pronunciar a que virou uma clássica entre a gente: "mas que baita trabalho de estagiário que me dão, hein?". Se demitiu achando que seria demitido. Hahaha.

Ai, ai.
Conhecem alguém pra indicar?

Naftalina

quarta-feira, setembro 13, 2006

Todo mundo tá feliz?

No domingo saiu uma pesquisa na Folha mostrando que 76% dos brasileiros se consideram felizes. Duvido. Acho que tem muito mais gente infeliz por aí, só que mentiu pros pesquisadores. Isso porque, atualmente parece que virou obrigação ser feliz. Dá status. Todo mundo sempre quer mostrar que tem mais que o outro e dizer que está infeliz seria se mostrar inferior.
Sou a favor de ser infeliz sem ter vergonha disso.
Eu sou e assumo.

Alice

quarta-feira, agosto 09, 2006

O mistério da minha sósia

Tudo começou no colegial, quando uns meninos que estudavam comigo foram para um colégio técnico e disseram que lá tinha uma menina igualzinha a mim.

Depois disso, várias vezes ouvi pessoas que moram perto de mim dizendo que viram uma menina que era a minha cara.

Aí, há pouco tempo, duas pessoas disseram que achavam que tinha me visto no Frei Caneca naquele sábado. Mas eu não tinha ido ao shopping nesse dia.

E essa semana fui na depilação perto de casa e a moça me disse que tem uma outra cliente que é muito parecida comigo.

E agora, quem será essa menina que se parece tanto comigo? É esquisito pensar que tem alguém que é a minha cara andando por aí... Ou seja, amigos e, principalmente, gatinhos, olhem direito antes de falar com alguém que vocês acham que sou eu!

Alice, a original, recusem imitações

terça-feira, julho 25, 2006

"Un Buda"

Esses dias eu fui ao cinema. Meio sem vontade, mas fui. O nome do filme era "O Buda". Pensei que ia dormir no meio da sessão, no meio das imagens zen e dos silêncios.
Para a minha surpresa, nem um bocejo rolou, porque simplesmente adooooreeeii!
Acho q esse foi o melhor filme sobre a busca da espiritualidade que vi.
Leve, divertido e com uma linguagem mais próxima da realidade (da minha, pelo menos), deve agradar tanto a céticos qto espiritualistas, pq mostra vários pontos de vista.
Bom, é por isso que resolvi fazer uma propagandinha aqui.


O BUDA Un Buda. Argentina, 2005.Direção: Diego Rafecas.Com: Fabián Bril, Julieta Cardinali e Vera Carnevale. 115 min. Jovem urbano desiludido resolve abandonar o mundo material e partir em busca de sua espiritualidade numa viagem pelas montanhas, rumo a um templo budista.Frei Caneca Unibanco Arteplex 5, 18h30 e 20h50.


Mulher do Padre, que agora quer um Tomás :-P

quinta-feira, junho 15, 2006

Tá tudo assim tão diferente

Tudo mudou tão rápido: não sei se fui eu, ou se foram eles. Mas mudou. Um ano parece pouco, mas é o bastante pra fazer uma baita diferença em muita coisa - e em muita gente, principalmente. E, desde que voltei, não consigo, simplesmente não consigo mais reconhecer as pessoas. O que aconteceu por aqui? Em todo lugar que vou, sinto-me como uma ET, parece que estou sempre... sobrando. Todo mundo ali, interagindo, falando de coisas que não sei de onde tiraram - ei, eu conheço vocês de algum lugar?
É, ficar fora de circulação por muito tempo dá nisso. Cada um toma seu rumo e querer reencontrar as coisas do jeito que deixei é egoísta e um pouco egocêntrico demais. "Ah, hoje não posso, marca outro dia aí." Outro, de novo? Aham. "Ih, era hoje? Esqueci, foi mal." Sei. "Na próxima, juro que vou!" Que próxima?! Deixa pra lá.
Mas fico ainda mais assustada quando vejo que até aquelas pessoas com quem achava que teria uma sintonia eterna não batem mais comigo. Aí sou tomada de vez pelo espírito egocêntrico e, pior, acabo me sentindo culpada por tudo isso.
Ei, PFG&Friends! Me ajudem! Vocês são os poucos que ainda não se tornaram estranhos para mim. Digam então, pelo menos, que não é culpa minha, vai?

Kit

segunda-feira, junho 12, 2006

Piadas da Copa

- No jogo da Costa Rica:
O Porras vazou demais, tomou de quatro.

- No jogo da Angola:
Tem um Loko em campo.

- No jogo da Croácia:
Butina, só tá dando chute nos adversários.

- No jogo da Itália:
Grosso, perdeu o gol!

Alice, que não está torcendo pelo Brasil

segunda-feira, maio 15, 2006

TOP 5 nicks do msn de hoje

Rebeliões, metralhadoras de boatos, ruas cheias como em Independence Day (é sério!). O bom de um dia mórbido é o humor mórbido dos amigos no MSN.

1. Às 19h o PCC vai tirar o MSN do ar.
2. PCC - Eu acredito.
3. Não se preocupem: o Chuck Norris vai acabar com o PCC!
4. Bora pra trincheira!
5. Oferecemos vagas para refugiados perdidos na região da Paulista.


Naftalina.

segunda-feira, maio 08, 2006

Trocando as bolas

Os meus amiguinhos da terceira idade andam cada vez mais criativos!
Olha só as últimas que andei ouvindo:

"Vamos ver um casaco na Juliana Marcuiri?"
"Ela usa aquelas calças fusoê super apertadas (...)"
"Você pega um punhal de sal (...)"
"Pra quem tem dor nos ossos, ela pede pra comprar aqueles chaveiros de costeleto (= esqueleto) ..."

Eu se divirto!!!

Kit

quinta-feira, abril 27, 2006

Oh, mundo cruel

Minha tia ouviu numa palestra por aí que essa onda de gayização da população é tudo culpa das mulheres que andam tomando hormônios demais. Esses hormônios são eliminados na urina, vão para os esgotos, viram água tratada ou água de chuva, e aí ficam circulando e pairando no ar e por toda a parte. É por causa disso que as pessoas andam mais sensíveis do que nunca, e os homens estão aflorando cada vez mais o seu lado feminino. Sei lá se isso faz sentido! Será que os hormônios sobrevivem por tanto tempo assim, são imortais? Credo, já pensou se for verdade? Seria um desastre pra nós, mulheres!
Falando em desastre, acho que preciso melhorar minha auto-estima, mas as pessoas ao redor não estão colaborando. O amiguinho de 15 anos da MP disse que sou uma jovem-senhora. Minha crise de idade já passou faz tempo, mas poxa, acho que agora começou a voltar. Já o amigo da minha irmã disse que minha crise atual se deve ao fato de eu ter deixado de ser o futuro da sociedade pra passar a ser problema social. Eu não sou um problema social!
Fora isso, as PFGs andam tão sumidas. Ultimamente meu ciclo de amizades se resume a uma turminha de aposentados e gente da terceira idade. Queria ir pra balada, beber, viajar e, principalmente, trabalhar. Alguém me arruma um emprego aí? Ai, mas depois desse post sem pé nem cabeça acho que ninguém vai querer contratar uma jornalista que escreve tão mal! Melhor parar por aqui.

Kit, de volta! - podia ser mais animada, né? Foi mal!

segunda-feira, abril 24, 2006

Life On Mars - David Bowie

It's a god-awful small affair
To the girl with the mousy hair
But her mummy is yelling "No"
And her daddy has told her to go
But her friend is nowhere to be seen
Now she walks through her sunken dream
To the seat with the clearest view
And she's hooked to the silver screen
But the film is a saddening bore
For she's lived it ten times or more
She could spit in the eyes of fools
As they ask her to focus on

Sailors fighting in the dance hall
Oh man! Look at those cavemen go
It's the freakiest show
Take a look at the lawman
Beating up the wrong guy
Oh man! Wonder if he'll ever know
He's in the best selling show
Is there life on Mars?

It's on America's tortured brow
That Mickey Mouse has grown up a cow
Now the workers have struck for fame
'Cause Lennon's on sale again
See the mice in their million hordes
From Ibeza to the Norfolk Broads
Rule Britannia is out of bounds
To my mother, my dog, and clowns
But the film is a saddening bore
'Cause I wrote it ten times or more
It's about to be writ again
As I ask you to focus on

Sailors fighting in the dance hall
Oh man! Look at those cavemen go
It's the freakiest show
Take a look at the lawman
Beating up the wrong guy
Oh man! Wonder if he'll ever know
He's in the best selling show
Is there life on Mars?

Monica, mudando drasticamente a trilha sonora (changing drasticaly the soundtrack)

terça-feira, abril 11, 2006

November Rain

Ele esta duas horas atrasado pro nosso encontro na inernet e eu estou escutando "November Rain". Aqueles que conhecem meu amor por Axl Rose devem saber o que isso significa. Sim, eu estou ficando bem mais maluca do que jamais fui. Estou PRESTANDO ATENÇÃO na música. "nothing lasts forever, even cold november rain" (nada dura pra sempre, nem a chuva de novembro).

Nada. Nem este amor-quase-impossivel

so por que temer, meus amigos? Se não vai durar, aproveitemos enquante ele existe. Esta sendo bom pra mim. Pra nós.

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He is two hours late for ours internet meeting, and im listening to "November Rain". The ones who know my love for Axl Rose must know whats this means. Yes, im getting much more crazy than i ever been. Im PAYING ATENTION on the song. "nothing lasts forever, even cold november rain".

Nothing. Not even this almost-imposible-love.

So why fear, my friends? If wont last, lets enjou while it exists. Its being good for me. For us.


Monica, que não acredita estar ouvindo a sabedoria de Guns and Roses (who canot belive ist litening to Guns and Roses wisdom)

segunda-feira, abril 10, 2006

Apaixonada - In Love

É verdade, meninas, o medo das mais realistas se realizou. Projeto Azul se tornou Projeto Unico. vamos usar o codinome de Americano (ele é um, afinal de contas). Depois de longas conversas com terapeutas, amigos e principalmente com ELE, descobri que estou apaixonada. Sem nunca te-lo cheirado, tocado ou visto- o ao vivo.

Sim, eu sei, estou com problemas.

Alias, ele agora faz parte do Halll de leitores do blog, por isso não estranhem os posts bilingues.

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Its true girls, the fear of the more realistic one has come true. Project Blue has become Project Only One. Lest use the alias American (he is one, after all). After long conversations with theraphists and most of al, with HIM, i found out im il love. Whithout never have scent, touched or seen him live.

Yes, i know im in trouble.

By the way, he is now one of the readers of this blog, so dont mind the bilingual posts


Monica

terça-feira, abril 04, 2006

Raise Dead

É o nome de uma magia de D&D. se vc nao sabe o que é D&D, dexa pra lah, o que importa eh que eu voltei. Sem namorado, sem cigarros (bem...) sem depressao sem editora e sem emprego (ainda).

Na Eca (ainda, jogando Handbol), nerd (muito) e RPGista (SEMPRE).

Hoje vou ao cinema com Projeto Rosa, e estou na webcam com Projeto Azul. Por enquanto, sem avanços....

ateh a proxima, caros leitores

Monica

segunda-feira, abril 03, 2006

Eu sou uma tiazinha

Pronto, fiquei velha. No fim de semana fiquei emocionada com panos de prato bordadinhos e com a compra de um balde cor-de-laranja (e também com minhas novas canecas em forma de vaquinha -liiiiiindas). Em seguida, as Power Freaks disseram que o meu cabelo novo me deixa com cara de adulta.

Afe, preciso fazer algo bem freak pra compensar.
Vou comprar uma lavalamp.


Naftalina,
que agora mora sozinha.

quinta-feira, março 02, 2006

Cansada de ficar cansada

Depois de passar os quatro dias de Carnaval em casa, dormindo pelo menos 10 horas por dia e sem ir pra cama depois da meia noite, voltei para o trabalho ainda podre.
Agora é uma hora da tarde e não tenho pique pra sair e almoçar. Queria voltar pra cama, apesar de ter ido deitar ontem às 22h30.
Não vou amanhã no show do Drosophila pq quero dormir. Nem cogitei a possibilidade de ver o Fat Boy Slim porque era longe e cansativo. Desisti do U2 porque estava gripada, cansada, parecia difícil demais chegar até o Morumbi.
Às vezes me sinto vegetando. Levanto cansada, como se tivesse levado uma surra, vou para o trabalho e passo o dia com sono, volto correndo pra casa e só quero deitar. Não tenho pique nem para ligar o computador e quando começo a ler, logo durmo.
Talvez um dia eu acorde tão cansada que resolva desistir de viver. O que até seria bom, pq sempre me disseram que quando a gente morre vai para um descanso eterno. E no momento isso era tudo que eu queria.

Alice

O Golpe

Hoje pela manhã, um rapaz bem vestido, com ar perdido e sotaque caipira pede informações. Diz que está procurando um lugar há horas e nada. Pergunto o nome da rua. Ele se atrapalha e diz que por não saber ler direito, pode ter se confundido. Retira do bolso um papelzinho com o endereço pedindo para q eu leia e junto com ele um bolo de notas de 50 reais.
Sinto na hora aquele frio na barriga. Alguma coisa errada estava acontecendo. Olho nos olhos dele e vejo algo sinistro.
Uma mulher se aproxima e oferece ajuda. Apesar de bem vestida (ela usava um óculos Dior), não tive dúvida: "humm, é golpe!", pensei.
No momento em que os dois começam aquele teatrinho, logo o rapaz mostra um bilhete de loteria para ela e diz ser premiado, que precisa achar esse endereço e retirar o dinheiro.
"Meu, não acredito que isso ta acontecendo comigo!".
Com medo, olho pros lados e a rua deserta. Saio então correndo e digo q estou atrasada. Olho para trás e os dois disfarçam, cada um indo pra um canto. O rapaz então me olha com uma cara perversa e me manda um beijo sinistro.
Ai, como o sangue subiu! Parei e fiquei encarando ele, que se virou e saiu andando tranqüilamente. Pensei em gritar, em chamar alguém, ligar pra polícia e pegar aquele mala. Comecei a ir atrás, mas logo recuperei a sanidade. "Meu, o qq eu to fazendo? Pode ser perigoso!".
Ele dobra a esquina e some. Tudo isso acontece muito rápido, em questão de segundos.
Logo lembro de minha mãe, que sempre me alertava sobre esses golpes toscos dignos de 'cidade alerta' e eu nem dava bola. Bom, agora vejo que pra alguma coisa serviram as dicas.
É bom mesmo ficar atenta, principalmente quando vc acha q essas coisas nunca vão acontecer na sua vida.

Mulher do Padre, que além de atrair loucos, agora atrai golpistas

domingo, fevereiro 05, 2006

Histeria amigável

Sabe quando a gente tá numa balada e encontra as amigas que não vê faz tempo, num acesso de peruice? "Aaaaaaaaaaaaaaaah!!!" - gritamos nós com mãozinhas abanando para cima ou braços para o alto, nos abraçamos e ficamos histéricas de emoção por alguns segundos.

Ontem descobri que a versão masculina da histeria amigável é bem mais divertida.

"Fulaaaaaaaaaaaaaaaaano!!!" - gritam amigos em grupo ao ver um terceiro comparsa. Levantam os braços com os punhos fechados para o alto, ameaçadores. Fazem uma voz cavernosa e rouca, de quem está pronto para abater uma manada de mamutes: "Aaaaaaaaah, viaaaaaaaaaaaaado!" Segue uma linda demonstração de carinho: um soca a barriga do outro, o outro dá um tapão nas costas do terceiro e todos dão aquele abração meio de lado característico.

Se um querido amigo está passando por perto mas não te vê, lasque um tapão nas costas dele! (Se ele for baixinho pode ser uma palmada na orelha, que tem o mesmo efeito carinhoso). Depois que ele cair para a frente e virar enfezado, vai descontar todo o amor em você, do mesmo jeito: "Ciclaaaaaaaaaaaaaaaano, viaaaaaaaaaaaaaaaado!!!"

É linda a amizade entre meninos. Chuif.


Naftalina

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Quer relaxar?

Então experimente:

- Desligar a tv.

- Passear num parque quando der na telha.

- Comer a fruta do pé, principalmente jabuticaba!

- Ir numa horta e escolher o seu almoço.

- Ver o pôr do sol.

- Ir pro alto de uma montanha e deitar sob o céu estrelado.

- Tomar aqueeeeela chuva no meio do mato sem se preocupar se vc vai chegar vivo em casa.

- Ah, e ver a lua cheia nascer...

Essas pequenas coisas fizeram com que meus últimos dias fossem muito mais felizes e têm me transformado em uma pessoa melhor.

Mulher do Padre

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Sobre estatísticas

Gente, a coisa tá muito feia. Acontece que, no trabalho, eu passei para o outro lado: em vez de ser selecionada, estou selecionando pessoas para um emprego. Mas isso não quer dizer muita coisa -só que tem bem pouca gente na empresa e que a chefe não tá com paciência de ver um monte de currículos.

Enfim, coloquei um anúncio no site C, de empregos ligados a Internet. Faz nem duas semanas, acho. E... argh! Perdi a conta de quantos currículos recebi. Só de não lidos hoje de manhã eu já tinha 300. Todos de jornalistas ou wannabes.

Bom, tinha muita gente foda. Gente que eu fiquei com vergonha de entrevistar porque eram muito melhores que eu (mas mesmo assim não deixei de entrevistar, fique claro). Mas pelo menos 50% dos que eu olhei eram porcarias, gente desesperada e sem noção ou que nem jornalista era. 5% apelavam para alguma força superior: "Que Deus me abençoe, e por favor me chame pra uma entrevista pelamordedeus". Argh, descartei todos.

Tem gente que ameaça: "Espero que eu seja um dos selecionados. Mas se não for, saibam que estarão perdendo cinco anos de experiência de um ótimo profissional. E quando estiver no mercado, me lembrarei de vocês". Irc! Só faltou a risada maligna no final. Pro lixo. Tem os mercenários: uma mulher me respondeu só "Por favor, pode me informar um salário? Se for menos de X, eu nem me preocupo em mandar currículo".

E tem gente que dá dó. Recebi hoje uma carta (carta mesmo!) de uma menina de sei lá onde, que mandou currículo, carta de apresentação (à mão) e um artigo que ela escreveu. Ela se formou numa faculdade lá de onde o vento bateu as botas, que deixou ela se formar sem saber que "a muito tempo" é com agá. "Não tenho experiência profissional, mas peço aos senhores da empresa T uma chance! Gostaria que me conhecessem, onde poderiam avaliar minha capacidade como profissional" (na verdade era um pouco mais mal escrito, mas eu não aguentei dar uma corrigidinha).

Ai, que triste.


Naftalina

segunda-feira, janeiro 30, 2006

Diálogo no almoço

- Ah, então o meu ex-chefe era tudo de bom! Mais velho -ele deve ter uns 42-, charmoso, e... casado. Mas era tudo de bom, e blablablablablablaa...
- Ei, vocês ficariam com um cara 20 anos mais velho, assim?
- Hummm....
- Ai, nem pensar! Tem essa coisa de pele. Parece que depois de uma certa idade começa a descolar, urgh!

o_O

Naftalina

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Taimu seeru

Ja comecaram as liquidacoes de inverno nos shoppings de Kumamoto. Sabe como funcionam? A cada meia hora todas as lojas de um determinado andar abaixam os precos das mercadorias entre 20 e 70%. Pelo auto-falante, a locutora anuncia: Cinco... quatro... tres... dois... um... Alguem toca um apito e... "sutaato!" (versao japonesa de "start!"). As vendedoras comecam a berrar e se esguelar, carregando plaquinhas escritas a mao anunciando o valor do seu desconto. Da pra ter uma ideia da muvuca entre os clientes, nao? Eh gente provando roupa fora do provador, mocas finas revirando e baguncando as araras e prateleiras, correndo de loja em loja em busca da barganha perfeita. Depois, vem a fila do caixa. Voce perde pelo menos quinze daqueles trinta minutos pra pagar. E pensa que isso eh so em loja de departamento rale? Que nada, ate nos mais chiques eh assim. As japas pagam qualquer mico pra ficar bonitas e na moda. Toca de novo o apito e... ahn, acabou. Acabou nada, corre todo mundo para o proximo andar. E la vou eu tambem, viva! Cinco... quatro... tres... dois... um... Sutaato!
O terceiro round nao deu pra aguentar. Mas valeu a experiencia. Consegui comprar duas blusas bonitinhas que, pensando bem, nem sairam tao baratas assim. Eh, esse tal de "taimu seeru" (ou "time sale", pra quem eh esnobe e quer mostrar que sabe falar ingles) funciona mesmo. Mas acho que prefiro as liquidacoes silenciosas do Brasil.

Kit, reativando seu espirito consumista.