segunda-feira, janeiro 29, 2007

Suicídio no trem

Ontem eu estava voltando para casa de trem no final da tarde quando de repente ele pára. Eu entendi que tinha acontecido um terremoto e por isso duas linhas foram paralisadas. Como o cara não falou quanto tempo ia ficar parado e nem disse que logo voltaria, eu resolvi sair do trem e dar uma volta, tomar um café... As linhas só voltaram a funcionar uma hora depois. Fiquei pensando que era um baita de um terremoto e quando cheguei em casa fui checar se não tinha nada caído ou quebrado. Mas, depois, descobri que eu tinha entendido errado. Não era terremoto (jishin) e sim um acidente humano (jinshin jikko): ou seja, alguém pulou na linha do trem e demorou uma hora para conseguirem recolher os pedacinhos do corpo...

Se pensar bem, uma hora até que é pouco. No Brasil demoraria bem mais para voltar a funcionar se alguém se jogasse na frente do metrô. Por outro lado, aqui já é tão comum as pessoas se matarem desse jeito que o pessoal já tem prática em recolher corpos na linha. Aliás, o que mais tem no Japão é suicídio. Até criancinha se mata...

Acho que todo japonês deveria ser obrigado a tomar Prozac pra ficar menos neurótico!

Alice

sábado, janeiro 27, 2007

Há um pouco de Garota Enxaqueca em todas nós

Conversa com um amigo semi-canalha (mas bacana), no msn.

Eu: Argh, isso que você falou é "muito homem".
Ele: E é?
Eu. Claro. Mas não tome como um elogio, como se eu tivesse te chamando de "muito homem", "macho pra chuchu", essas coisas.
Ele: Haha. Claro que não. Eu não sou petulante a ponto de achar que isso seria um elogio. Principalmente vindo de você.
Eu: ....?
Ele: Se você dissesse algo do tipo, normalmente seria seguido de uma crítica.
Eu: Irc! Essa é a imagem que eu passo?
Ele: Sim, é. Mas no bom sentido.
Eu: ...
Ele: Vá lá. É melhor que a minha imagem.
Eu: Isso é.


Naftalina.

P.S. Saudades de a GE ficar pentelhando a gente.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Mudança de sexo no Japão

Hoje descobri que existem 70 mil transgêneros no Japão. Bastante para um país tão cheio de preconceitos (para vcs terem uma idéia, aqui um casal gay NUNCA anda de mãos dadas na rua).
Mas o melhor mesmo foi descobrir quais são as exigências para um transgênero mudar os documentos...

A person may change their gender on the koseki if they are above 20 years old; are presently single; have no child; have no testicles or have persistent lack of testicular function; and have genitalia with similar appearance to that of the opposite gender.

Imagina o cara que fez a mudança de sexo mostrando a genitália pro juiz... Isso sim é FREAK.

Matéria completa aqui: http://search.japantimes.co.jp/cgi-bin/fl20070123zg.html

Alice

terça-feira, janeiro 23, 2007

Há pessoas puras na China

Vi essa notícia e lembrei de vocês (mais especificamente, da Mulher do Padre). Dá até vontade de acreditar na bondade das pessoas. Coisa fofa.

Ladrão devolve celular após SMS comovente


Naftalina.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Um subordinado para amar

Subordinado é uma palavra hostil, mas eu acho engraçado falar assim e ainda não achei coisa melhor. Pois: eu vivo reclamando pra vida de como é difícil encontrar gente pra contratar, certo? Afe, casa pessoa louca, cada gente burra e cada gente até... fedida. Mas há subordinados que são tudo de bom e fazem do escritório um lugar mais lindo e feliz. E achei que valia a pena mencionar algumas coisinhas pra todo mundo imitar e fazer do mundo um lugar mais lindo e feliz também. Lá vai:

1. O subordinado do bem é seu amigo. Ele vai ali na conveniência comprar Smirnoff Ice com você, te arruma VIP pra balada, mas não confunde as coisas. Conta milhões de piadas (sarcásticas!) no MSN, mas vai trabalhar quando precisa.

2. Ele usa roupas legais, é fofo e deixa o ambiente visivelmente agradável. (Tá, é fútil. Mas se for pra olhar todos os dias para alguém, melhor que seja assim, não?)

--> e por último, o mais fantástico e raro de todos os hábitos, e o que inspirou este post:
3. Se ele vê que você está preocupada com o resto da equipe (e em mantê-la), te chama de canto para dizer o quanto está gostando de trabalhar ali. Diz que adora o trabalho, adora a equipe e que pretende continuar com você para sempre! (Tá, exagero meu. Mas é mais ou menos por aí). Tudo pra deixar o clima mais tranquilo, para que você saiba que pode contar com ele.

Ai, ai.
E viveram felizes para sempre e não toco mais nesse assunto. Ufa.

Naftalina,
que acha que é chefe (principalmente semi-chefe) que sofre mais.

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Japonês é tudo louco

Não sei se a imprensa brasileira deu destaque pra dois casos que aconteceram nos últimos dias aqui no Japão. Primeiro, um cara de 21 anos matou a irmã de 20, dividiu o corpo em vários pedacinhos e guardou em sacos plásticos. Depois, uma mulher matou o marido, também esquartejou e jogou um pouco em cada canto (enterrou a cabeça no parque, jogou o braço no lixo...).
Veja bem, dizem que o Brasil é violento, mas essas coisas não são frequentes. E os jovens não costumam se matar a todo momento. O Brasil tem bastante bandido, mas o Japão tem muita gente louca.
Um exemplo é a velhinha que mora no andar debaixo do meu. Ela é doidinha. Corre atrás de mim no corredor, fica conferindo meu lixo e tem um café. Só que o lugar é escuro, sujo... nunca vi uma pessoa entrar lá. E não estou exagerando. Nunca vi mesmo! Ainda assim ela passa o dia todo sentada no café, com o cachorrinho do lado. Até aos domingos ela fica lá e no ano novo colocou uma plaquinha dizendo que estava fechado por causa do feriado. Se ela não é louca, ninguém mais é.
E hoje o repórter aqui do jornal onde eu trabalho ligou pra cá desesperado. Ele mora em outra cidade, Nagoya, e o vizinho dele é um cara nacionalista, que odeia estrangeiros. O meu colega aqui é brasileiro, sem nenhum traço japonês. Hoje, o cara surtou. Pegou uma faca (juro!) e ficou gritando e batendo na porta do cara por 40 minutos. Depois cansou e voltou para o apartamento dele. Meu colega ficou apavorado. Assim que o velhinho deu uma trégua ele saiu correndo de casa e ligou pra cá. Se eu fosse ele só voltava lá com escolta e só pra fazer a mala e ir embora de vez. Que medo!
Acho que o problema é que a educação aqui é muito rígida. Exigem tanto das pessoas e ninguém tem a oportunidade de falar, de reclamar e nem de ser feliz. Por isso que as pessoas surtam. Eu tenho que ir embora daqui antes que eu também fique louca. Ou vire vítima de uma dessas pessoas loucas.

Bom, leiam as matérias pra verem que eu não estou mentindo.

Japonesa mata marido e espalha pedaços por Tokyo


Jovem mata e esquarteja a própria irmã


11-year-old hangs self in school toilet


Alice

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Baita cidade feia

Uma das minhas diversões diárias era vir andando para o trabalho e cumprimentar as mulheres bonitonas que eu via pelo caminho, (com sorte, via algum homem bonitão também). "Oi, Ana Hickman! Olá, Mila e Eva Green! Puxa, uma mulher gigante de lingerie... Oi, cara da Luciana Curtis. Oi, Kate (Moss). Ooooooi bonitão de cueca!"

Mas agora tá muito sem graçae triste, porque só vejo um monte de prédios feios com a marquinha quadrada de onde tinha um outdoor. Eita cidade besta.

Naftalina.

domingo, janeiro 07, 2007

Hoje chorei pra caralho

Eh... quase um ano depois, isso ainda tah acontecendo. Com menos frequencia, claro, mas ainda.
Dessa vez foi por causa do testimonial no Orkut. Bobagem. Tava lendo outros textos e aih aparece... Primeiro o da irmã dele, depois o dele. Aih não deu pra segurar mesmo...

Não pensei que ia ser assim tão dificil. Achei até que o pior já tinha ido. Poxa, eu tranquei faculdade, larguei emprego, voltei a ficar deprimida e engordei 15 quilos. Isso não é luto suficiente por alguem?

Eu sei que homem nenhum merece que a gente sofra assim por ele, mas nem acho que este seja o caso. Não estou sofrendo por ele, estou sofrendo por mim. Pelas coisas que eu perdi, os sonhos que não vão acontecer.

Hoje tbm cortei mais um fio do cordão. Faltam poucos, bem poucos agora. Mas realmente já era tempo de eu ter me desvencilhado totalmente da lembrança dessa relaçao.

Ai ai, agora eh esperr pra ver o que acontece...

Monica