domingo, julho 29, 2007

Deu pau...

... no meu cérebro! Ele fazia tanto esforço na hora de dar um "switch" pra trocar de um idioma pro outro que agora tem vezes que ele desencana de funcionar. Escrevi num email pra uma amiga que tenho que "salvar dinheiro"; disse a um amigo que ele tava ficando mais "confidente"; e outro dia fiquei indecisa na loja e falei que ainda "não tinha feito a minha mente".
Já terminou o curso intensivo de japonês, e melhorar que é bom, nada.
Em vez disso, tenho me aperfeiçoado em outras línguas que dão ainda mais nó na minha cabeça.
Querem ver uns exemplos?
Em espanhol, chutar é "bater", e dar uma porrada é "dar um puñetaso"(!). Daí bater punheta é "volar o cometa" (algo do tipo "fazer o cometa voar", hahaha!). Bolo é "pastel", torta também é "pastel" e pastel é... ah, lá não tem pastel. Xícara é "taza", taça é "copa", copo é "vaso".
No português de Portugal, se algo não tem graça diz-se que "não tem piada". E se é muito legal, "é muito giro". Gay é "paneleiro" (porque os gays são muito barulhentos, sabe). Brega é "piroso". Ah! E em espanhol não existe um equivalente pra brega... isso explica muita coisa.
Voltando ao português, vassoura é "esfregão", e adivinhem quem é a mulher do esfregão? A esfregona, é claro! Significa esponja. Será que lá o Bob Esponja chama "Bob Esfregona"?

Kit, direto da Torre de Babel.
P.S. Se eu lembrar de mais alguma, posto aqui ;)

segunda-feira, julho 23, 2007

As mulheres mais toscas do mundo

Cada dia fico mais puta com as mulheres japas. Não é que elas sejam patricinhas e burras, acho q elas são mesmo é retardadas.

1 - Usam quilos de maquiagem (nenhuma sai na rua sem se maquiar, mesmo minhas amigas passam 4 tipos de máscara e 5 cores de sombra - ao mesmo tempo - só pra ir até a farmácia). Mas têm os dentes horríveis.

2 - Usam salto alto mas não sabem andar... têm as pernas tortas e pisam completamente torto, sempre parece que elas vão cair de cima do saltão.

3 - Amigo do meu amigo conheceu uma mina na internet. Antes de se verem pessoalmente, ela pergunta: vc quer ser meu namorado? O cara diz: não! E a próxima mensagem é: vc tem algum amigo que queira?

4 - Duas minas de uns 20 e muitos anos (se bobear, mais velhas que eu) aparecem no bar sempre com a mesma cor de roupa, sobem no sofá e ficam dançando, fazendo uma coreografia ridícula, sempre a mesma, que passaram a semana inteira ensaiando. E dia desses um cara perguntou pra uma delas se ela conhecia a música que estava tocando. Ela disse: sim, é minha música preferida. E ele perguntou quem era o artista. Ela: não sei.

5 - As mulheres nunca pagam a conta. Pedem uma bebida e se não tem nenhum amigo por perto pra pagar pra elas, elas simplesmente não abrem a carteira e dizem q vão pagar depois. E eu tenho que ir cobrar o dinheiro dos caras. Se o cara está dormindo, elas são capazes de acordá-lo só pra pedir dinheiro.

6 - Uma mina q trabalha comigo me mostra um anel: fiz meu namorado comprar pra mim, pq ele nunca gasta dinheiro comigo, sempre fala q não tem dinheiro. Mas estou meio puta pq fui checar e custou só 15 mil ienes (uns 300 reais).

7 - Mina 1: meu namorado não quer que eu trabalhe como hostess! Mina 2: então fala q ele deveria trabalhar mais e te dar dinheiro pra vc não ter que trabalhar com nada!!!

Alice, feliz por não ser japonesa

quinta-feira, julho 05, 2007

Search tools addicted

Já faz pelo menos uns dez anos que eu não sei mais como seria viver sem internet. Primeiro, era para conversar com pessoas e checar as novidades sobre coisas nerds. Depois, viciei em ler notícias, procurar informações, baixar música. Quando as conexões começaram a ficar mais rápidas, a onda era baixar os episódios do meu seriado favorito toda semana (isso muito antes do bittorent, quando os conhecidos que moravam nos Estados Unidos botavam os seriados na net só para os amigos e a gente demorava mais de um dia para conseguir baixar).
Agora, cheguei num nível extremo. Muitas vezes, quando estou conversando com alguém, fico com uma vontade louca de ter internet para checar alguma informação, tirar dúvidas sobre algum ponto polêmico (por exemplo, Edward Bunker escreveu 5 ou 7 livros?) ou procurar no dicionário o significado de alguma palavras. O bom (ou será pior?) é que já estou começando a fazer isso. Às vezes levo o laptop pro bar (que tem conexão wireless) e realmente vou conversando e mostrando, checando informações. Mas ainda não é suficiente. Será que vai demorar muito até a internet ser mais rápida ainda, todos os lugares terem conexão wireless e eu poder checar o que eu quiser no meu celular? Ou melhor, será que um dia eu vou ter um mecanismo de busca conectado ao meu cérebro para procurar qualquer informação que eu precisar no momento? Já pensou que ótimo poder publicar um post no blog só pensando no que gostaria de escrever?

Alice, que ainda não sabe se quer ou não nano-receptores acoplados a seu cérebro. Pode doer. E deixar a vida um pouco mais chata...

quarta-feira, julho 04, 2007

Mc Donald's multi-uso

Aqui no Japão ninguém vai no Mc Donald's só pra comer. Se vai com a turminha ou o namorado, ok: um bom bate-papo é suficiente para acompanhar a refeição. Mas se vai sozinho, não pode ficar simplesmente concentrado no seu hambúrguer. Tem sempre alguém lendo jornal, livro ou mangá. Tem menininhos fazendo o dever de casa e mocinhas retocando a maquiagem. Tem os homens de negócios (que aqui chamam de salarymen) digitando algo muito importante no notebook. E tá cheio de jovem apertando botõezinhos no celular. Eu? Bem, eu apenas como o meu lanche. Tento disfarçar lendo o papelzinho da bandeja mas está cheio de kanjis e não tem brincadeiras nem curiosidades legais iguais as que tem no Brasil. Penso em pegar o celular mas não quero importunar meus amigos com mensagens bobas, nem gastar dinheiro navegando na internet e muito menos jogar aquele monte de gamezinhos chatos. Então fico lá, comendo, pensando comigo mesma como o gosto daquele cheeseburger está diferente, tentando espiar o que o véio do meu lado está digitando no laptop dele: uia, é email! Tem até ponto de internet sem fio aqui dentro, legal... Ei! Aquele cara lá no fundo está à toa que nem eu... Fico feliz. Não dá nem cinco minutos e o cara se debruça sobre a mesa, pra tirar a sonequinha da tarde. Fala sério. E olha que não é só no Mc Donald's não, é em toda lanchonete, restaurante ou café. Parece que ninguém gosta de fazer nada enquanto come. Eu, que tenho cérebro de gorda, acho tudo isso bizarríssimo. Porque restaurante, pra mim, é lugar de comer, e só.

Kit, a inútil do Mc Donald's.

domingo, julho 01, 2007

Rodeio!

Um dia, por motivos de trabalho, acompanhei um evento de rodeio.
Os caras estão mais cuidadosos, falam que o animal não sofre, é bem tratado e que os defensores dos animais são muito radicais.
Ok, então deixa eu confinar esses caras, levar num caminhão lotado até um recinto. Lá, fazê-los esperar por horas atrás de um palco ouvindo um som absurdo sertanejo, assustador, fogos de artifício e baboseiras. Como não há espaço, uns acabam sendo pisoteados. Normal. Aí, de repente, eu abro uma portinha e eles vão ter que ir até lá. Ai, mas uns não entendem né? Vamos dar uns chutes pra ver se eles saem? Xii, não funcionou. Que tal uns choques?? Ah, agora sim.
Bom, eles não vão entender que precisam pular pra fazer a gente vibrar. Melhor prender o saco deles e apertar. Pronto, bem apertadinho. Agora eles pulam bonito, nossa demais!
Hum, ainda assim parecem calmos.. melhor dar uns chutes, puxar as orelhas com força, bater na cabeça. Que tal chutar a cabeça deles?? Machucar os olhos, botar o dedo? Pronto, parecem bravinhos. Vamos apertar mais o sedenho. Agora vai.
Uau, que show! O público se diverte. A criança grita comendo algodão doce "olha mãe, que legal!". Que maravilha!
Pouco importa se o animal sofre ou não, o que importa é ter mulherrrr bunita, churrasquinho, cerrrvejaa e Bruno e Marrone, uhuuu! Demais, isso que é vida!
É triste. Muito triste ver pessoas com vidas vazias, sem sentido, divertindo-se sadicamente com tão pouco.
Depois disso, comecei a pesquisar sobre o assunto e achei o Instituto Nina Rosa, que faz um trabalho muito bom em relação aos animais.
Ah, e soube que um dos sedenheiros, aquele cara que aperta o saco do boi, enforcou-se. Não deve ter suportado a infeliz profissão.
Bom, lembrei desse assunto porque ontem ouvi essa música e achei o máximo:

Odeio Rodeio
(Composição: Chico César)


Odeio rodeio e sinto um certo nojo
Quando um sertanejo começa a tocar
Eu sei que é preconceito, mas ninguém é perfeito
Me deixem desabafar

A calça apertada, a loura suada, aquele poeirão
A dupla cantando e um louco gritando “segura peão”

Me tira a calma, me fere a alma, me corta o coração
Se é luxo ou é lixo, quem sabe é bicho que sofre o esporão

É bom pro mercado de disco e de gato, laranja e trator
Mas quem corta a cana não pega na grana, não vê nem a cor
Respeito Barretos, Franca, Rio Preto e todo o interior
Mas não sou texano, a ninguém engano, não me engane, amor

Mulher do Padre