segunda-feira, maio 31, 2004

Isso é só um desabafo

Pq lidar com as pessoas é tão difícil? Minha mãe diz que desde sempre eu tenho problemas para me relacionar com os outros, sempre brigava na escola, sempre me cansava dos amiguinhos e queria ficar sozinha e minha mãe sempre achou que eu tinha problemas. Mas quer saber? Acho que o problema são os outros.
Pq eu sempre cuido da minha própria vida. Se brigo com alguém, não saio falando mal dessa pessoa pra todo mundo que eu conheço. Se alguém me magoou, não fico enchendo o saco de todos os amigos dessa pessoa. Se saíram por aí contando alguma coisa que eu não disse pra ninguém que deveria ser segredo, então não vou ficar puta ou tirando satisfação com os outros.
Fizeram tudo isso comigo. As duas últimas coisas, nas últimas duas horas... ou pelo menos fiquei sabendo delas agora. Sério... galera faz essas coisas e depois eu é que sou a problemática, a estranha, a anti-social...

SERÁ QUE É TÃO DIFÍCIL CADA UM CUIDAR DA SUA VIDINHA E NÃO IMPORTUNAR AS OUTRAS PESSOAS?

Alice - que só queria ser amiga de todo mundo, chegar em casa, ver 24 horas, ler seu mangá e dormir...

domingo, maio 16, 2004

Olha o Pixies!!!!





Olha que muito bacana. Meu amigo Paranoid Android não só conseguiu burlar a segurança e entrar com máquina fotográfica no show, como também tirou essa foto linda.

Alice

quinta-feira, maio 13, 2004

Cinco coisas a dizer sobre o show do Pixies

Já que a GE reinaugurou a história das listinhas e trouxe o assunto "Pixies", lá vai:

1 - Foi simplesmente estupefaciente!!!!
2 - A Pedreira é linda, a companhia era ótima.
3 - Fui esmagada, chutada, acotovelada e tenho hematomas até agora.
4 - Tava frio pra caralho, mas eu estava tão feliz que nem liguei.
5 - É o tipo de coisa que só acontece uma vez na vida e que já entrou pra história.

Alice

quarta-feira, maio 12, 2004

Influenciada pela Mulher do Padre

Depois desse último post da MP e depois de algumas coisas que aconteceram essa semana, eu fiquei com muita vontade de mandar uma mensagem para um amigo e dizer que sinto a falta dele e que foi uma merda a gente ter se distanciado tanto.
Mas ainda não tive coragem. Às vezes é tão difícil fazer isso que ela fez, ir atrás da pessoa e dizer o que está sentindo. É tão difícil se permitir essa auto-ajuda. Fico pensando se ele ainda quer ser meu amigo (se realmente quisesse, pq diabos estamos tão longe?). Se ele já não se esqueceu das nossas afinidades e de como era bom conversarmos. E se ele se esqueceu, quer dizer que pra ele não era tão legal quanto para mim.
Daí resolvo esperar ele vir atrás de mim, pra não quebrar a cara, pra não ir atrás de alguém que não quer mais falar comigo. Aí eu penso que ele não tem motivos para não querer mais falar comigo e que o distanciamento foi coisa da vida, da rotina, das agendas discordantes, e acho que talvez ele também sinta minha falta e por isso eu devo escrever.
Mas e se ele não sentir?
...

Alice
Da série Pais que fazem mal aos filhos

Hoje no metrô eu vi uma menina de uns sete anos com uma camiseta em que estava escrita a seguinte frase:
"Ser obediente vale a pena"

...

Alice

segunda-feira, maio 10, 2004

Auto-ajuda

Há algumas semanas, soube através de uma amiga que um antigo colega de sala nosso veio morar aqui em São Paulo. Fiquei muito feliz. Embora não fôssemos muito íntimos – porque nessa época eu era extremamente tímida e anti-social – sempre gostei dele. Ele me fazia sorrir, ou melhor, gargalhar com as suas brincadeiras. Tinha talento para a coisa. Às vezes, quando vejo um programa humorístico, logo penso que ele faria muito melhor. Mas muuito melhor mesmo. O cara era muito bom e isso quando tínhamos uns 12 ou 13 anos, se não me engano. Depois eu mudei de escola e a gente se esbarrou raras vezes, apesar da cidade só ter um shopping.
Semana passada, enviei um e-mail para dar boas vindas ao rapaz e sugeri algumas baladas. Logo veio uma resposta curta e grossa. Só faltou me xingar.
Estranhei, claro. Qual o motivo de tanta revolta?
Respondi educadamente, dizendo que ele era uma das melhores lembranças da minha pré-adolescência e que sempre gostei dele e sempre ia gostar. Pedi desculpas por alguma coisa que o teria magoado e eu não sabia, mas disse que isso não ia mudar o carinho que sempre tive por ele.
Ele logo retornou pedindo desculpas e dizendo que não sabia que eu gostava dele. Explicou o motivo da revolta etc. Fizemos as pazes. Foi aí que eu comecei a pensar em todas as mensagens encaminhadas fatalistas de auto-ajuda que eu deletei sem ler ou que não dei muita importância. Aquelas do tipo “fale para a pessoa tal que vc gosta dela, pq pode ser o último dia”. Meu, até que essas coisas funcionam! Se eu não enviasse o e-mail fofo, dizendo o que sentia, ele ia me odiar para sempre e sem eu saber!

Mulher do Padre

sexta-feira, maio 07, 2004

Ainda existem pessoas boas no mundo

É muito comum ter um dia de cão, em que todo mundo te trata mal, tudo dá errado e vc perde completamente a fé de que as pessoas podem ser boas umas às outras. Pois hoje me aconteceu exatamente o contrário. Durante todo o dia me deparei com muitas pessoas bacanas, que foram legais comigo apesar de eu não as conhecer.
Bom, pra começar, acabei de voltar de um show muito foda de uma banda que acredita em coisas fofas como amor e esperança. Não tem como sair deprê de um show do Teenage Fanclub. Os caras são supersimpáticos, as músicas são lindas e a sensação geral é a de que todo mundo se divertiu pra caralho. E aí, no show, dois caras foram muito legais comigo e com a GE. O primeiro era bem alto e perguntou se não queríamos ficar na frente dele pra ver melhor. Depois, um outro cara me perguntou se eu tava enxergando ou queria que ele se abaixasse. Vcs já viram isso acontecer em show? Muito raro, ainda mais duas vezes na mesma noite!
Aí, no caminho de volta pra casa, acabei calculando mal o espaço entre meu carro e uma caminhonete importada e bati meu retrovisor nela. Eu encostei do lado do cara e pedi desculpas. E não é que ele, em vez de me xingar, falou "imagina, o pior é seu retrovisor" (que tinha desencaixado). Aí ele esticou a mão para fora do vidro e colocou meu retrovisor no lugar. Acreditam? Nossa... eu fiquei boba e muito feliz, com a certeza de que o mundo ainda é um lugar legal com pessoas legais, que podem ser gentis com você. Muito foda isso.
Ah, claro, e pra completar essa minha sensação de que tudo é lindo, amanhã estou indo pra Curitiba ver o PIXIES!!!

Alice, que recuperou a fé nos homens

quarta-feira, maio 05, 2004

Conversa com uma amiga

Ela me ligou de madrugada. Tava carente, meio pra baixo, precisando desabafar.
Queria namorar alguém desesperadamente. Essa foi a impressão que me passou.
Olha em que pé chegou o papo:

Amiga – Eu só tenho uma certeza nessa vida!
MP – Qual?
Amiga – Quero ter muitos filhos! De qualquer jeito, não importa como!
MP – Pra quê?
Amiga – Ah, pra cuidar de alguém, pra ter alguém... Imagina que ele vai ser só meu!
MP – Que egoísta! Você ouviu o que falou?
Amiga – É... ouvi, mas imagina que legal! Blá blá blá
MP – Por que vc não procura uma terapia? Vai acabar depositando toda essa carência nos filhos ou em qq pessoa que se aproximar.
Amiga – Vc acha?
MP – Pensa melhor de onde vem essa carência toda.
E a conversa continua...

Mulher do Padre, imaginando quantos filhos problemáticos podem ter surgido assim

segunda-feira, maio 03, 2004

24

24 Horas voltou a ser bom!!!! Depois de um começo de temporada bem fraco, agora a coisa voltou a ficar legal. UFA!!! Sério, vcs não imaginam o alívio que isso me dá. Eu já estava começando a ficar triste só de pensar que logo eu iria desistir de acompanhar 24 horas e minhas segundas-feiras iam ficar muito mais chatas. Ok, não precisam dizer, eu sei que sou uma nerd viciada em TV. Mas fazer o quê? Desde criança eu preferia ficar em casa vendo desenho a sair pra brincar no parquinho do prédio. Com o tempo, os desenhos foram substituídos por seriados. O auge foi Arquivo X e quando ele acabou fiquei meio perdida. Mesmo. Imagina chegar em casa de quarta-feira e não ter nada pra fazer... ainda bem que logo surgiu 24 Horas. Adoro esse ritual. Chegar em casa mais cedo um dia por semana só para assistir ao seriado. Dez minutos antes já expulsar todo mundo da sala, ajeitar a fita pra gravar o episódio e ficar em frente à TV por uma hora, completamente compenetrada, sem nem atender ao telefone. É meio looser dizer isso, mas me dá uma certa segurança. Pelo menos por 24 semanas no ano minhas segundas-feiras estão garantidas, sei exatamente o que vai acontecer, o que eu vou fazer. E isso meio que me dá um rumo.
Por isso, Sr. Jack Bauer, é bom manter essa série boa até pelo menos o fim desta temporada. Está entendido?

Alice

domingo, maio 02, 2004

Minha hipocondria

Acho que eu tenho uma certa fixação por doenças. Sou a única pessoa da minha idade que eu conheço que vai a algum médico todo mês. Dou até prejuízo pro convênio de tanto que faço consultas e exames.
Nunca me importei muito com isso, acho que até acostumei a pensar em mim como uma pessoa doente. Mas aí, eses dias estava conversando com um médico que disse que fizeram uma pesquisa e descobriram que as pessoas otimistas ou que não acham que tem todas as doenças e vão morrer delas envelhecem muito melhor do que as pessimistas/hipocondríacas. Aí eu fiquei preocupada.
Fora que hoje eu dei uma entrevista pra um amigo que está fazendo uma matéria sobre rinite para uma revista de farmácia. Eu fui a primeira pessoa a quem ele recorreu pra falar sobre isso... Acho que todo mundo já sabe que eu tenho todas as doenças...
Putz, preciso melhorar... ser menos fatalista. Ir menos ao médico. Viver mais saudável.

Alice