sexta-feira, novembro 09, 2001

Inaugurando uma série sobre divagações inúteis. Não me perguntem por que eu escolhi o tema "areia" para falar. Agora estou achando estúpido, mas na hora pareceu tão legal...

Sem mais delongas, vamos lá:

Especulações sobre a areia I

Sandman, claro. O "Homem-Areia", surgiu como uma fabula (dos irmãos Grimm, La Fontaine, Esopo ou um desses, não lembro) não muito popular no Brasil, mas bem conhecida na Europa e EUA, sobre o Velho-do-Sono que vem à noite soprar areia nos nossos olhos para que a gente durma e sonhe.
Mas não é desse Sandman (fábula meio bobinha, por sinal) que eu estou falando, e sim da magistral criação de Neil Gaiman, um escritor que adaptou a lenda para os quadrinhos. Numa série fechada (ao contrário da maioria das HQs, que continuam por séculos e além) ele fez simplesmente uma das melhores histórias que eu já vi. Sandman é o rei dos sonhos, uma encarnação do próprio Sonho em si. Lindo, maravilhoso.
E a areia está lá, ora soprada nos olhos, ora em um deserto onde tempo e espaço convergem em nem-uma-coisa-nem-outra, ora nas lendas das Mil e Uma Noites e em outros lugares que eu não me lembro agora.
É uma história muito especial, não só por ter me dado aquele feeling de quando uma história é excelente, bem feita, bem contada (veja meu post The Rest is Silence, de 05/10/2001, para saber do que eu estou falando), mas também por ter sido a única história em que a minha curiosidade foi superada pelo meu medo da história acabar para sempre. Eu demorei mais de três meses para criar coragem de ler o livro final, e o fiz com um aperto danado no coração. Me despedir dessa história está na lista de coisas mais tristes que eu já tive que fazer. Mesmo.

Calliope

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