terça-feira, abril 09, 2002

O louco da Paulista

No caminho para a estação Brigadeiro do metrô, em plena Avenida Paulista, uma mão se estende na minha frente. Pensei que fosse mais um daqueles caras do "Vamos ao teatro", mas não era. Nem me lembro como o cara se apresentou. Só sei que prestei mais atenção quando ele disse que era jornalista e começou a falar em energia, em conhecer as pessoas certas nos momentos certos. Assuntos que funcionam como isca para mim.
Contou sua vida toda e quando eu disse que era estudante de jornalismo, entrou em delírio. Disse que aquilo não era obra do acaso e que ele estava justamente procurando alguém para trabalhar no seu site e na sua revista, cujo nome não vem ao caso(depois eu explico pq).
Tudo bem. Pedi referências e disse que me informaria sobre a existência do site, afinal, mesmo conhecendo o cara na rua, isso poderia ser mesmo um sinal, uma oportunidade de trabalho ou mesmo o começo de um amizade legal.
Ele me deu um papel com seus dados e pediu meu telefone também. (Esse foi meu grande erro! )
Eu me despedi e comecei a andar em direção ao metrô. Ele me acompanhava e dizia que ia me levar para seu carro e mostrar umas coisas e que poderia me levar para casa tb. Adivinhem o que eu fiz? Não, não peguei carona. Essa perguntinha foi só para causar um suspense. Eu disse que não. Que de metrô seria mais rápido e seguro chegar em casa. Notando a minha desconfiança, o ser estranho começou a falar coisas bizarras. Mostrou a chave do carro e disse que não era um qualquer. Foi nessa hora que ele começou a me irritar. Fui embora e o infeliz me acompanhou até a catraca do metrô.
Logo que chego em casa, o cara me liga. "Oi, rainha. Liguei para confirmar" e desliga. Que medo!
Ai, depois eu continuo essa história que agora tenho que ir senão perco a carona!

Mulher do Padre

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